"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

VEJA DENUNCIA O PLANO CONTRA A LAVA JATO




Talvez pela proximidade do Carnaval, a piada recorrente em Brasília é que o governo de Michel Temer rasgou a fantasia. O chiste decorre da leitura mais óbvia dos últimos acontecimentos: tudo conspira, dentro e fora do governo, para sabotar ou pelo menos restringir o alcance da Lava Jato. Com o aval do Planalto, acusados de corrupção ocuparam postos-chave no Congresso – como Edison Lobão, presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado -, assumindo o controle sobre a tramitação de qualquer projeto. Também uniram forças com o governo para dar apoio à indicação de Alexandre de Moraes ao Supremo Tribunal Federal, vaga na qual terá papel de protagonista no julgamento da Lava Jato.
SILÊNCIO DAS RUAS – Os sinais da cruzada pela impunidade estão no governo, no Congresso e no Supremo e até na Polícia Federal. A explicação é uma só: o silêncio das ruas, que faz com que movimentos de cerco à operação sintam-se mais à vontade. Tanto que o novo capítulo do abafa reúne próceres dos três poderes.
O vale-tudo contra a operação, agora à luz do dia, conta ainda com ações sem estardalhaço, como o desmonte da força-tarefa da PF, com a remoção de personagens centrais, como o delegado Márcio Anselmo, que desvendou a relação do doleiro Alberto Youssef com a Petrobras, marco zero da Lava Jato, e irá para a corregedoria da PF no Espírito Santo.
MORO CONTRA-ATACA – Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes criticar “as alongadas prisões que se determinam em Curitiba”, o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na capital paranaense, defendeu nesta sexta-feira o uso das prisões sem tempo para terminar na investigação. “Se a firmeza que a dimensão dos crimes descobertos reclama não vier do Judiciário, que tem o dever de zelar pelo respeito às leis, não virá de nenhum outro lugar”, afirma Moro.
Durante o julgamento de um recurso do ex-tesoureiro do PP João Cláudio Genu no STF, negado pelo relator da Lava Jato na Corte, ministro Edson Fachin, na última terça-feira, Gilmar Mendes disse que “temos um encontro marcado com as alongadas prisões que se determinam em Curitiba. Temos que nos posicionar sobre esse tema, que conflita com a jurisprudência que construímos ao longo desses anos”.

11 de fevereiro de 2017

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Como se sabe, “elogio em boca própria é vitupério”, diz o velho ditado, mas às vezes é preciso colocar as coisas em seu devido lugar. Despretensiosamente, a Tribuna da Internet passou a ser muito lida nas redações da grande mídia, tornando-se referência e servindo de pauta para muitas matérias. Foi o que ocorreu na sexta-feira na Folha, com uma importante reportagem baseada em nossa denúncia sobre o esquema para inviabilizar a Lava Jato, montado pelo Planalto com apoio da quase totalidade dos partidos. Agora é a Veja que repercute nossa denúncia e a matéria até se inicia sob inspiração do título de um artigo postado aqui na última quinta-feira (“Às vésperas do Carnaval, Temer rasga a fantasia e comanda o bloco da corrupção”). Dizem os colegas da Veja que “a piada recorrente em Brasília é que o governo de Michel Temer rasgou a fantasia”. Mesmo que não citem a Tribuna da Internet como fonte das notícias, é muito bom e importante esse congraçamento entre jornalistas que trabalham em defesa dos interesses nacionais. As informações aqui da TI estão disponíveis a todos, podem ser usadas e reproduzidas à vontade, embora muitas vezes não haja citação do autor (como o futuro ministro do Supremo costuma fazer). O mais engraçado em tudo isso foi a criação de mais um espaço na internet que reproduz as matérias da TI na íntegra (existem muitos blogs que o fazem), mas a foto que colocaram para ilustrar as matérias é do Newton Carlos, nosso grande amigo e companheiro, com quem trabalhamos no Diário de Notícias, na Última Hora e no Pasquim. A troca da foto é uma espécie de Piada do Ano, em versão interna. (C.N.)

11 de fevereiro de 2017
Deu na Veja

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