Investigada por suspeita de praticar lavagem de dinheiro e conduzida coercitivamente para prestar depoimento na última quinta-feira, a advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), ainda corre o risco de ser presa. O Ministério Público Federal havia pedido ao juiz Marcelo Brêtas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, a prisão temporária de Adriana. O juiz negou o pedido e determinou a condução coercitiva. Na quinta-feira, mesmo dia em que Cabral foi preso, Adriana foi levada à Polícia Federal, prestou depoimento e foi liberada.
RECURSO EM PAUTA – O MPF recorreu da decisão de Brêtas e impetrou ontem novo pedido ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). O desembargador Abel Gomes, relator do recurso, negou o pedido de liminar, mas vai submeter o recurso à 1ª Turma Especializada da corte.
A advogada é investigada por suposta lavagem de dinheiro. Outra suspeita sobre Adriana se refere a contratos firmados pelo escritório de advocacia da qual ela é uma das donas com empresas que prestavam serviço ao Estado durante a gestão de Cabral.
CONTRATOS SUSPEITOS – Segundo a investigação, o escritório da ex-primeira-dama recebeu cerca de R$ 17 milhões em contratos com empresas que prestam serviços públicos
Essa ligação do escritório de Adriana foi revelada pelo Estado em 2010. Na ocasião o jornal contou que, um mês depois de ter seu contrato como concessionário estendido até 2038, o Metrô Rio era representado em ação coletiva pelo escritório da então primeira-dama. Na ocasião, o Metrô Rio afirmou que o escritório de Adriana Ancelmo era um entre os 20 que prestavam assistência jurídica à concessionária.
A reportagem revelou ainda que Adriana representava em 28 processos o grupo Facility, uma das principais empresas fornecedoras do Estado. Na ocasião, o grupo empresarial afirmou que seu contrato com o escritório de advocacia foi firmado antes de Cabral.
HABEAS CORPUS – De acordo com o advogado Raphael Mattos, um dos defensores do ex-governador Sérgio Cabral, a defesa do peemedebista entrará com pedido de habeas corpus na próxima semana, “provavelmente no início dela”. Ele representa Cabral ao lado de Ary Bergher e Aristides Junqueira.
“São dois pedidos de prisão, não é um caso simples”, afirmou Mattos. O ex-governador foi alvo de dois mandados de prisão simultâneos, expedidos pelos juízes Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, e Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como ficou demonstrado aqui na Tribuna da Internet em artigo de Mário Assis Causanilhas, Adriana Ancelmo não era (nem é) somente companheira de Cabral, mas sua cúmplice e laranja, atuando diretamente no esquema de corrupção e dele se beneficiando, às custas da população do Rio de Janeiro. Os juízes precisam se livrar dessa mania de achar que toda mulher é frágil e presumivelmente explorada pelo homem. Todos devem ser iguais perante a lei, diz a Constituição, mas na prática ainda não é isso que ocorre. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como ficou demonstrado aqui na Tribuna da Internet em artigo de Mário Assis Causanilhas, Adriana Ancelmo não era (nem é) somente companheira de Cabral, mas sua cúmplice e laranja, atuando diretamente no esquema de corrupção e dele se beneficiando, às custas da população do Rio de Janeiro. Os juízes precisam se livrar dessa mania de achar que toda mulher é frágil e presumivelmente explorada pelo homem. Todos devem ser iguais perante a lei, diz a Constituição, mas na prática ainda não é isso que ocorre. (C.N.)
20 de novembro de 2016
Deu na Agência Estado
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