"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 26 de novembro de 2016

MORTE DE FIDEL VAI SEPULTAR O COMUNISMO ATÉ QUE A HUMANIDADE EVOLUA E O RECRIE


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Lenda da esquerda latino-americana, Fidel Castro morreu no fim da noite de sexta-feira, informou seu irmão e atual presidente Raúl Castro. 
Fidel foi o líder histórico da revolução cubana, que, mais de cinco décadas depois de seu triunfo, sobrevive como um dos últimos regimes comunistas do mundo.
Único nome ainda vivo dos grandes protagonistas da guerra fria, Fidel encarnou o símbolo do desafio a Washington: o guerrilheiro de barba e uniforme verde oliva, que fez uma revolução socialista, marxista-leninista, a apenas 150 km do litoral dos estados unidos.
Fidel governou por 48 anos a ilha, mas continuou sendo o líder máximo e guia ideológico da revolução mesmo quando, doente, delegou o poder a seu irmão Raúl, cinco anos mais velho, em 31 de julho de 2006.
SIERRA MASTRA – No dia 1 de janeiro de 1959, Fidel Castro, à frente do em exército de “barbudos”, derrotou o ditador Fulgêncio Batista, após 25 meses de luta nas montanhas de Sierra Maestra. Este dia foi o começo de um pesadelo para Washington e uma era de polarização na América Latina.
Em seu comando, Cuba participou do momento mais quente da guerra fria, converteu-se em santuário da esquerda, inspiração e sustentação de grupos armados que enfrentaram regimes de direita e sangrentas ditaduras, na época financiadas pelos Estados Unidos em seu afã de frear o avanço do comunismo.
O PATRIARCA – Fidel dirigiu com pulso firme o destino dos cubanos, para uns um pai insubstituível, para outros com um orgulho messiânico. Em seu governo nasceram 70% dos 11,2 milhões de habitantes da ilha.
Seus opositores o viam como implacável ditador que acabou com as liberdades, submeteu os cubanos a penúrias econômicas e não admitiu a decadência. 
Mais de 1,5 milhão de pessoas partiram para o exílio, principalmente para Miami, nos Estados Unidos.
Mas, para seus seguidores, ele sempre foi um paradigma da justiça social e da solidariedade para com o terceiro mundo, elevando cuba à potência mundial no esporte, com os níveis de saúde e educação mais elevados da América Latina.
ETERNO GUERRILHEIRO – De personalidade excepcional, complexa e esmagadora, para ele nada passava indiferente. Opositores na ilha e no exílio, incluindo alguns “fidelistas”, traçam um retrato contrastado: inteligente, ambicioso, audaz, voluntarioso, corajoso e autoritário.
Fidel nasceu na oriental aldeia de birán, no dia 13 de agosto de 1926, terceiro dos sete filhos do imigrante espanhol Angel Castro e da camponesa cubana Lina Ruz.
Fidel foi educado e disciplinado desde pequeno por jesuítas, mas moldou sua rebeldia inata na Universidade de Havana, onde se graduou em Direito em 1950.
aos 26 anos – Iniciou a revolução cubana aos 26 anos quando, com pouco mais de cem homens, tentou invadir, no dia 26 de julho de 1953, a segunda fortaleza militar da ilha, o Quartel Moncada.
Sua famosa frase “a história me absolverá”, dita quando foi julgado por essa ação, mostrou o quanto compreendia do poder destas palavras. Foi um dos maiores oradores dos últimos 50 anos, famoso por seus discursos absurdamente infinitos.
Ficou exilado no México e retornou com 81 homens, entre eles o argentino Ernesto Che Guevara e seu irmão, em um desastroso desembarque no dia 2 de dezembro de 1956 para iniciar a guerra que derrotou batista.
SOBREVIVENTE – Sua história e a da revolução se confundem numa só. Sobreviveu a uma invasão da Baía Dos Porcos, em 1961, à crise dos mísseis em 1962 e à desintegração da União Soviética, que sustentou militarmente e economicamente a ilha por mais de três décadas.
Onze homens da Casa Branca tentaram asfixiar o governo comunista por meio de um embargo econômico, vigente desde 1962, considerado “criminoso” por Havana e, segundo os opositores de Fidel, utilizado por ele como justificativa para o desastre da economia.
De acordo com as forças de segurança cubana foram 638 complôs orquestrados contra Fidel Castro, principalmente pela Cia.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 

É o fim de uma era. Com a morte de Fidel, a revolução cubana irá para o espaço e surgirá a democracia, que Fidel aniquilou ao transformar o comunismo numa mera ditadura. 
Por isso, pode-se dizer, sem medo de errar, que o mundo jamais experimentou um regime verdadeiramente comunista. Até agora, o que houve foram apenas ditaduras supostamente comunistas, com perseguição a oposicionistas, censura à imprensa e tudo o mais. 
Marx e Engels jamais aprovariam nenhum dos regimes comunistas até agora implantados, que se transformaram na negação de suas ideias. 
A morte de Fidel vai sepultar o comunismo, até que a humanidade evolua e possa recriá-lo com novas feições.  (C.N.)

26 de novembro de 2016

IstoÉ

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