"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

DIRETORA DA H.STERN IA À CASA DE CABRAL LEVAR JÓIAS PAGAS COM DINHEIRO VIVO

À PF, MARIA LUIZA TROTTA CITA 'HOMEM DA MALA' DO EX-GOVERNADOR

MARIA LUIZA TROTTA DISSE À PF QUE CABRAL E SUA MULHER 'SELECIONAVAM' ANÉIS DE BRILHANTES E PEDRAS PRECIOSAS E QUE VALORES DE ATÉ R$ 100 MIL ERAM REPASSADOS À LOJA POR CARLOS MIRANDA (FOTO: REPRODUÇÃO)


Segundo depoimento de Maria Luiza Trotta, diretora comercial da H.Stern, à Polícia Federal, o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e sua esposa, Adriana Ancelmo, pagavam com dinheiro vivo ‘seleção’ de joias, anéis de brilhante e pedras preciosas.

Em depoimento, no âmbito da Operação Calicute, que prendeu o ex-governador do Rio de Janeiro na última semana, Maria Luiza disse que levava as joias na residência de Cabral e que o dinheiro em espécie era levado a uma loja da joalheria, em Ipanema, por Carlos Miranda – apontado como o ‘homem da mala’ do peemedebista.

“Chegou a vender joias no valor de até R$ 100 mil a Sérgio Cabral, tais como anéis de brilhante ou outros tipos de pedras preciosas, sendo o pagamento ainda que em tais quantias realizado em dinheiro”, diz trecho do depoimento.


No dia da prisão do ex-governador do Rio, em 17 de novembro, a PF exigiu de Luiza Trotta em 24 horas ‘todas as cópias de notas ficais de venda realizadas entre H.Stern e Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo’.

“Todas as joias tinham certificados que eram entregues a Sérgio Cabral e/ou esposa, sendo certo que a empresa não guarda cópia de tais certificados por questão de confidencialidade”, declarou. A diretora não soube informar sobre a emissão de notas fiscais.


No depoimento, a diretora da H.Stern disse ainda que passou a atender Cabral ‘pessoalmente’ quando ele ainda estava no comando do Governo do Rio, em 2013.

Em depoimento à PF, no dia em que foi preso, Sérgio Cabral declarou que ‘não se recorda’ das compras das joias.

Cabral é suspeito de comandar um esquema de R$ 224 milhões em propinas. Os valores, segundo investigação do Ministério Público Federal, saíram de obras de empreiteiras contratadas pelo governo do Estado. 
O Ministério Público Federal aponta que o ex-governador recebeu 5% sobre os valores dos contratos durante seus dois mandatos, entre 2007 e 2014.

23 de novembro de 2016
diário do poder

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