Além de “Nelma”, nome que o Ministério Público Federal afirma ter sido utilizado pelo ex-governador Sergio Cabral em um telefone secreto para a negociação de propinas, auxiliares do peemedebista também se valeriam de números com registros de terceiros para cometer crimes. Os investigadores apontam que Carlos Miranda e Wilson Carlos usavam celulares secretos para se comunicarem, segundo o MPF.
O registro do telefone secreto atribuído ao ex-governador foi revelado pelo colunista José Casado. E a existência dos telefones foi revelados por Alberto Quintaes, ex-diretor da construtora Andrade Gutierrez responsável pelo pagamento de propina da empresa.
Em depoimento, ele confirmou que entregava dinheiro vivo a Carlos Miranda, empresário do ramo agropecuário e apontado como operador de Cabral. Miranda usava número registrado em nome de “Boomerang Comércio de Veículos”.
WILSON CARLOS – Já Wilson Carlos, braço-direito e ex-secretário de governo de Cabral, atendia em número registrado em nome de “Luis Claudio Maia”. Ao tentar contato com os telefones citados, O Globo ouviu mensagem dizendo que não era possível completar a ligação para a Boomerang Comércio de Veículos, enquanto os outros dois telefones caíram na caixa postal.
O MPF aponta, ainda, que “os representados utilizavam sofisticados aplicativos de criptografia, como Wickr, Confide e Wire para evitar que as comunicações da organização criminosa fossem interceptadas”, aplicativos de celular usados para não deixar rastros de mensagens enviadas e recebidas.
LINHAS CRUZADAS – O MPF utilizou registros do Sistema de Investigação de registros Telefônicos e Telemáticos (Sittel) para auxiliar as atividades de recepção, processamento e análise de informações acobertada pelo sigilo. O sistema se conecta aos computadores das operadoras de telecomunicações e recebe os registros telefônicos.
A quebra de sigilo revelou que foram feitas 645 ligações entre o número registrado como sendo de Nelma de Sá Saraca e Pedro Ramos de Miranda, assessor pessoal de Cabral, e outras 125 ligações com o número de Luciana Rodrigues Silva, secretária pessoal do ex-governador.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Torna-se mais do que evidente a formação de quadrilha para dilapidar os recursos públicos. Um dos integrantes, conhecido por Pezão, agora está sendo acusado pelo chefe da quadrilha e diz que está tranqüilo. Só pode ser inscrição para o troféu Piada do Ano. Enquanto isso, os servidores não conseguem mais receber salários. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Torna-se mais do que evidente a formação de quadrilha para dilapidar os recursos públicos. Um dos integrantes, conhecido por Pezão, agora está sendo acusado pelo chefe da quadrilha e diz que está tranqüilo. Só pode ser inscrição para o troféu Piada do Ano. Enquanto isso, os servidores não conseguem mais receber salários. (C.N.)
23 de novembro de 2016
Deu em O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário