"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

OPERAÇÃO ACRÔNIMO CUMPRE 20 MANDADOS DE BUSCA E CONDUÇÃO

UM DOS ALVOS É BENÉ, DELATOR QUE ESTARIA ESCONDENDO O JOGO

COM FOCO NO GOVERNADOR DE MINAS, A OPERAÇÃO GANHOU FORÇA COM A DELAÇÃO DE BENÉ.

A Polícia Federal deflagrou nas primeiras horas desta quinta-feira (27) a 11ª fase da Operação Acrônimo. Estão sendo cumpridos 20 mandados judiciais em três estados e no Distrito Federal. O principal alvo é Benedito de Oliveira, o Bené, operador de campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT).

Segundo a PF, são 10 mandados de busca e apreensão e 10 conduções coercitivas, quando a pessoa é levada obrigatoriamente para depor e depois é liberada. Os mandados foram autorizados pelo juiz Ricardo Augusto Soares Leite da 10ª Vara Federal de Brasília.

A operação de hoje está focada em dois inquéritos policiais que apuram eventos distintos da investigação. Um deles refere-se à cooptação e pagamento de vantagens indevidas para que empresa de publicidade elaborasse campanhas educativas do Ministério da Saúde, Ministério das Cidades e Ministério do Turismo em 2011 e 2012.

O outro evento investigado nesta fase é fraude em licitação da Universidade Federal de Juiz de Fora, vencida pela gráfica de Bené. Posteriormente, o Ministério da Saúde utilizou a mesma ata fraudada.

As ações de hoje são um desdobramento da investigação que tramita no Superior Tribunal de Justiça, que investiga o governador mineiro. O ministro Herman Benjamin, relator do caso, determinou o encaminhamento de parte da apuração à Justiça Federal de primeira instância, por não envolver investigados com prerrogativa de foro naquela Corte.

Nesta quinta Bené foi levado a depor por supostamente estar escondendo informações na delação premiada. Ele é investigado desde o início da Acrônimo, em 2015.

O empresário é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele já havia sido preso pela PF por associação criminosa, na mesma operação, em 29 de junho, mas foi liberado na ocasião. Com a colaboração de Bené, tanto Pimentel quanto a presidente Dilma Rousseff ficam comprometidos, pois Bené atuou em sua campanha a presidente em 2010.

A Polícia Federal chegou até Bené após comprovar que ele financiou campanhas petistas e da presidente Dilma com dinheiro desviado de contratos firmados com o próprio governo Dilma. Segundo investigações, Bené se aproximou do PT durante o segundo mandato do governo Lula.

Discriminação dos mandados:

Distrito Federal
- 4 buscas e 6 conduções coercitivas
Rio de Janeiro - 1 busca e 1 condução coercitiva
São Paulo - 1 busca
Minas Gerais - 4 buscas e 3 conduções coercitivas


27 de outubro de 2016
diário do poder

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