"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

HÁ DEZENAS DE BRASILEIROS MORTOS EM COMBATE AO LADO DE TERRORISTAS NA SÍRIA

Brian (de pé), chamado de Abu, aparece sorridente na Síria


Fernando Marques, membro do Movimento Democracia Direta do Paraná, ex-integrante da Mathaba (organização kadafista da Líbia) fez um impressionante relato sobre a participação de brasileiros na guerra da Síria. O artigo foi postado pelo site Jornal Água Verde.

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“BRIAN ESTÁ NO PARAÍSO”

Na foto, de pé, à direita, aparece Abu Qassem Brazili (Abu Qassem Brasileiro, em árabe). A irmã do jovem, Bruna, teria recebido a seguinte mensagem “Brian está no paraíso”. Ele é filho de brasileira e foi lutar ao lado de terroristas na Síria.

A chamada grande imprensa brasileira faz um silêncio sepulcral sobre dezenas de brasileiros mortos na Síria e Iraque, lutando ao lado de terroristas. Por que será? Com certeza, porque isso não interessa à pauta definida pelo Pentágono para as agências de notícias norte-americanas que “vendem” notícias para a imprensa brasileira.

Segundo relatos do jornalista e escritor Gilberto Feres Abrão, mais de 40 brasileiros morreram na Síria lutando ao lado dos terroristas até o ano de 2013. Nos últimos anos, esse número salta para mais de 100, mas não há notícias na mídia e os familiares dos mortos preferem não se manifestar publicamente, temendo represálias.

ARREGIMENTAÇÃO – O jornalista contou em um de seus artigos que um clérigo saudita esteve no Brasil, visitando uma das nossas favelas onde há uma pequena comunidade de muçulmanos brasileiros. Estava arregimentando jovens para entrarem nos grupos terroristas que lutam na Síria.

A informação é correta. Por trás da arregimentação de jovens para lutar ao lado dos terroristas do Estado Islâmico (Isis, Daesh) está o governo do Reino da Arábia Saudita, maior financiador do wahabismo.

Entretanto, o número de cooptados pelos extremistas religiosos é pequeno diante de outra fonte, esta sim, muito mais importante em números: desempregados brasileiros, frequentadores de cursos de segurança em diversas bases da CIA em nosso país.

BASES DA CIA – Algumas escolas de segurança que ministram cursos em cidades brasileiras não passam de verdadeiras bases da CIA em território brasileiro – uma delas na Região Metropolitana de Curitiba. Para saber se a empresa é ou não uma base da CIA, basta ver o nome do proprietário ou diretores, na maioria ex-agentes ou militares norte-americanos.

No início da guerra ao Iraque algumas dessas escolas foram denunciadas e o governo brasileiro chegou a interpelá-las sobre o envio de mercenários ao Iraque.

Nessas escolas ,os alunos, depois de formados, são orientados a buscar trabalho no mundo árabe, através de sites previamente selecionados pelos instrutores. São levados à Jordânia, Israel e Turquia, com promessas de emprego para ganhar até 5 mil dólares por mês.

ENGANADOS – Muitos fazem empréstimos, vendem bens, e partem para a Aventura, pensando tratar-se de uma solução para seus problemas econômicos. Ao chegar aos países citados, são levados a alojamentos das “empresas de segurança”, onde os dias passam sem nenhuma proposta concreta. O tempo passa, e pelos instrutores os brasileiros são informados de trabalhos como seguranças em campos de petróleo na Síria e Iraque, sem nenhuma informação de que estarão de fato trabalhando para terroristas.

Levados aos locais de combate, têm os documentos apreendidos, destruídos para não serem identificados, e finalmente são levados à linha de frente, obrigados a combater ao lado de terroristas contra as forças leais aos governos da Síria e Iraque.

“BUCHAS DE CANHÃO” – Nas fotos distribuídas pelos terroristas à imprensa – via Pentágono – os combatentes aparecem bem vestidos, com roupas novas, usando armamento reluzente. Na realidade, são levados ao campo de combate praticamente com a roupa do corpo, obrigados a capturar armamento, mal alimentados, ou seja, verdadeiras “buchas de canhão”.

Na maioria dos casos as famílias sequer são avisadas da morte de seus entes queridos. Ficam na incerteza, sofrendo com a falta de informação.

Esta é a verdade sobre a morte de brasileiros na Síria e Iraque, mas esta verdade não interessa à grande imprensa, porque revela aquilo que as pessoas mais esclarecidas já sabem há anos: o governo norte-americano é o maior financiador de terroristas na Síria e Iraque.



10 de outubro de 2016
Sergio Caldieri

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