"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 26 de junho de 2016

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

           VAMOS ALÉM DOS REMÉDIOS AMARGOS?

- Deixa eu lhe falar uma coisa. Esses meninos da Polícia Federal e esses meninos do Ministério Público, eles se sentem enviado de Deus.

- É, mas eles são todos crentes. Os caras do Ministério Público são crentes, né?

- É uma coisa absurda. Uma hora nós vamos conversar um pouco, porque eu acho que eu sou a chance que esse país tem de brigar com eles para tentar colocá-lo no seu devido lugar. Ou seja, nós queremos instituições sérias, mas tem que ter limites, tem que ter regras.

(Diálogo entre o Coelhinho da Páscoa e seu amigo Nervoso, captado em uma ligação telefônica, em março de 2016)

A morosidade do judiciário, o senso de impunidade e a consagração de injustiças sociais que prejudicam a sociedade brasileira não incomodam apenas a maioria dos cidadãos "pts da vida" com a ação institucionalizada do crime no Brasil. Felizmente, magistrados com consciência cidadã e senso de cumprimento do dever de ofício como servidores públicos ganham voz na mídia e nas redes sociais para exigir mudanças estruturais e culturais. Releia o artigo: O Exemplo de uma Magistrada

Agora futura "Presidente" do Supremo Tribunal Federal (assume em setembro), Cármem Lúcia, aproveita o congresso da Associação Nacional de Jornalismo Investigativo para chamar a atenção para a dificuldade estrutural de se combater e neutralizar a desgovernança do crime organizado no Brasil. Cármem Lúcia recorreu a uma metáfora de fácil compreensão: "No Brasil, a gente engole o elefante, mas engasga com a formiga. Consegue fazer o impeachment (da presidente da República), mas não consegue tirar o vereador da cidade pequena que todo mundo sabe que roubou ou fez coisa errada".

O jornal O Globo repercutiu: "Cármen Lúcia defendeu o jornalismo e a liberdade de expressão como princípios básicos das democracias. Ela disse que quem assume cargo público tem uma esfera de privacidade menor e citou o caso de jornalistas da Gazeta do Povo que estão sofrendo uma série de processos movidos por juízes do Paraná, que tiveram seus salários revelados em uma reportagem do jornal". A ministra do STF não ficou refém do tradicional corporativismo do judiciário e opinou, sem rodeios: "Todo mundo tem direito à privacidade. Mas quem está no espaço público tem uma esfera de privacidade diferente de quem está em casa. Dizer quanto o juiz ganha não está no espaço da privacidade. É o cidadão quem paga".

A reportagem aproveitou o gancho: "Ainda falando sobre privacidade, a futura presidente do Supremo afirmou que alguns processos precisam correr em segredo, já que sua divulgação pode fazer com que um investigado destrua provas, por exemplo. Segundo ela, porém, essa é uma das poucas exceções ao princípio da publicidade do Judiciário: "Não pode haver sigilo para proteger uma pessoa. O que acontece é que o tempo do direito é diferente do tempo da política ou da economia".

Cármem Lúcia defendeu um princípio bem simples: o Judiciário deve garantir que os processos que estão em andamento cheguem ao fim, atestando todos os direitos, e que os culpados sejam punidos. A ministra do STF resumiu, de forma magistral, aquilo que é o sentimento da maioria esmagadora dos cidadãos brasileiros.

Recentemente, o relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki, já tinha prescrito a necessidade de "remédios amargos" para o combate à corrupção. No entanto, a crise estrutural brasileira (mãe das crises política, econômica e moral) assumiu uma dimensão tão descontrolada que é preciso ir além da amargura do medicamento. Temos de partir para uma quimioterapia em todos os poderes infectados pelas células cancerosas do crime.

Como podemos ir além dos remédios amargos? A resposta não é fácil, mas exige o cumprimento de algumas etapas. Primeiro, é preciso identificar onde o crime atua e denunciá-lo. A imprensa livre e os cidadãos livremente interligados em redes sociais são fundamentais para isto. Depois, é preciso pressionar, de forma legítima, o Ministério Público e o Judiciário para que cumpram seu dever funcional.

Ao mesmo tempo, é fundamental um amplo debate com soluções para reduzir, neutralizar e impedir a corrupção (que é institucionalizada culturalmente). É básico entender que no Brasil, país colonizado e periférico, o crime é comandado de fora para dentro. Nossos corruptos se locupletam, sendo agentes conscientes de esquemas mafiosos globalitários, cujo objetivo é manter o Brasil subjugado, como permanente colônia de exploração.

Só depois que forem identificados os agentes criminosos - e para quais interesses maiores, externos, eles trabalham -, tornando tudo isso público e exigindo que o judiciário funcione, é que vamos mudar o jogo. Sem adotar tais procedimentos, não adianta remédio amargo. Sem conhecimento sobre a função estratégica do crime organizado, seu combate será mero enxugamento de gelo.

Pense nisto! Reflita se você não é, sem saber, um agente que serve ao crime, por ação ou omissão. Depois, reúna pessoas que tenham feito a mesma autocrítica e que desejam mudar o Brasil para melhor. A Revolução Brasileira, em andamento, já assiste a este processo irreversível de verdadeiro combate ao crime.

Resumindo: cada cidadão precisa se comportar como um Rodrigo Janot, um juiz Sérgio Moro, uma corregedora Nancy Andrigui e uma ministra Cármem Lúcia...

Quem não reage rasteja... Serve ao crime organizado e acaba engolido por ele...

Mera coincidência que não existe



Do craque Merval Pereira sobre a reação corporativa dos senadores com a prisão de Paulo Bernardo, um dos ideólogos revolucionários e coordenadores operacionais e financeiros do PT:

"A reação dos senadores em relação à prisão do ex-ministro Paulo Bernardo é corporativa, porque o despacho do juiz que autorização a busca e apreensão na casa dele é muito claro. Ele pede que nada da senadora seja apanhado e os investigadores teriam que anotar tudo que levaram da casa; apenas coisas do marido, que não tem foro privilegiado, poderiam ser levadas. A ordem é muito clara no sentido de preservação da senadora. Mas não tem sentido o marido ser protegido pelo foro da mulher. Ninguém fala sobre os crimes cometidos".

Nem precisa revelar



Gravador perigoso



Cunhar é verbo intransitivo?



Recebe a Guta, Obama



Uma das melhores e mais premiadas produtoras da televisão brasileira, Guta Nascimento, dante da Casa Branca: recebe ela, BaracK Obama...

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!


26 de junho de 2016
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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