"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

DILMA GARANTIU A COLLOR DIRETORIAS DA BR - AFIRMA CERVERÓ


Dilma criou um feudo para Collor dentro da Pretrobras

O ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, um dos delatores da Operação Lava Jato, declarou à Procuradoria-Geral da República que o senador Fernando Collor (PTB-AL) lhe disse, em setembro de 2013, que a presidente Dilma Rousseff havia garantido ao parlamentar que ‘estavam à disposição’ dele, Collor, a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora. Em depoimento prestado no dia 7 de dezembro de 2015, Cerveró relatou os bastidores das indicações para cargos estratégicos na Petrobrás, principalmente na BR Distribuidora, apontada pelos investigadores como ‘cota’ pessoal do ex-presidente Collor (1990/1992).
Em um trecho de seu relato, Cerveró citou duas vezes a presidente Dilma. “Fernando Collor de Mello disse que havia falado com a Presidente da República, Dilma Rousseff, a qual teria dito que estavam à disposição de Fernando Collor de Mello a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora. Fernando Collor de Mello disse que não tinha interesse em mexer na presidência, e nas diretorias da BR Distribuidora de indicação do PT”, declarou o ex-diretor, condenado na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro.
Cerveró disse ter ouvido o relato de Collor sobre suposto encontro com Dilma durante uma reunião em Brasília, que teria ocorrido, segundo o delator, em setembro de 2013. Na ocasião, Cerveró estava empenhado em se manter no cargo de diretor Financeiro e Serviços da BR Distribuidora – subsidiária da Petrobrás -, que assumiu após deixar a área Internacional da estatal petrolífera. Ele disse que Pedro Paulo Leoni o chamou para uma reunião com Collor na Casa da Dinda, residência do ex-presidente.
Segundo o ex-diretor, Collor disse na reunião que “não tinha interesse em mexer na presidência1”, e “nas diretorias da BR Distribuidora”. Cerveró afirmou que tais nomes eram indicação do PT – presidente José de Lima Andrade Neto; diretor de Mercado Consumidor Andurte de Barros Duarte Filho e ele próprio, como diretor Financeiro e de Serviços.
O ex-diretor da Petrobrás afirmou que ‘ironicamente agradeceu’ a Collor por ter sido mantido na BR e citou um ex-ministro de Collor na Presidência, o empresário Pedro Paulo Leoni Ramos, o PP. “Depois, (Pedro Paulo Leoni) disse ao declarante que Fernando Collor havia ficado chateado com a ironia do declarante, uma vez que pareceu que o declarante estava duvidando de que Fernando Collor de Mello havia falado com Dilma Rousseff. Nessa ocasião, o declarante percebeu que Fernando Collor realmente tinha o controle de toda a BR Distribuidora.”
A FORÇA DE COLLOR
Cerveró disse que, então, entendeu a força de Collor na BR. “Nessa ocasião o declarante percebeuque Fernando Collor de Mello realmente tinha o controle de toda a BR Distribuidora”, afirmou. “Fernando Collor de Mello e Pedro Paulo Leoni Ramos mantiveram o declarante no cargo para que não atrapalhasse os negócios conduzidos por ambos na BR Distribuidora; que esses negócios eram principalmente a’ base de ‘distribuição de combustíveis de Rondonópolis/MT e o armazém de produtos químicos de Macaé/RJ.”
COLLOR, DILMA E LEONI
Em outra ocasião, em que seu nome foi ligado à BR Distribuidora, Fernando Collor negou enfaticamente ‘ter exercido qualquer ingerência – muito menos pressão – sobre a Petrobrás ou sua subsidiária BR Distribuidora’.
O Planalto não vai comentar o assunto.
A assessoria de imprensa de Pedro Paulo Leoni informou que não vai comentar a delação do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró.

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