"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

DIÁRIO DO OLAVO:: RESPOSTAS E COMENTÁRIOS AOS ATAQUES DE REINALDO AZEVEDO A JAIR BOLSONARO


01Reinaldo Azevedo mostrou-se INCAPAZ de refutar qualquer dos meus argumentos. Só usou de deboches e rotulações e no fim preferiu refugiar-se por trás de uma bela desconversa.
DESAFIO publicamente o Reinaldo Azevedo a me mostrar uma única frase na qual o deputado Jair Bolsonaro tenha pregado a implantação de uma ditadura militar no Brasil de hoje.
Repito: UMA ÚNICA.
Olavo:

Como a minha mensagem à coluna do Reinaldo Azevedo não foi publicada até agora, repito:
Dividir a direita em “democratas” e “golpistas” é um simplismo indigno da sua inteligência, caro Reinaldo. Ademais, é um princípio elementar de ciência política não julgar movimentos políticos somente pelos “valores” que eles dizem representar, – isto é, pela imagem que buscam ostentar –, mas pela substância das suas ações e pela qualidade da sua estratégia. Escreverei algo mais detalhado sobre isso, e espero que possamos trocar umas idéias a respeito.
*
*
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Olavo:

Começo de resposta ao Reinaldo Azevedo:
Enviei uma notinha de cinco linhas ao Reinaldo Azevedo e ele já me respondeu com um artigo de noventa e duas, sem esperar que eu lhe fornecesse as explicações mais detalhadas que ali prometia.

A atenção que ele assim me concede é lisonjeira, mas duplica o meu trabalho, obrigando-me a responder à sua contestação antes de voltar ao seu artigo originário que provocou a notinha.

Todo mundo sabe da minha amizade e respeito pelo Reinaldo, cujo trabalho ímpar na grande mídia é de valor inestimável, e de cujas opiniões, em geral, nunca divergi, exceto em pontos de detalhe (v. por exemplo, a terceira nota do artigo “Três notinhas da semana”, publicado em 19 de dezembro de 2014, http://www.olavodecarvalho.org/semana/141219dc.html).

Mas agora ele atribui intenções capciosas, de natureza erística, a uma afirmação de ordem puramente científica que só pode ser contestada pela ignorância ou – hipótese que excluo in limine – por uma dose anormal de má-fé. A afirmação é a seguinte:

“É um princípio elementar de ciência política não julgar movimentos políticos somente pelos ‘valores’ que eles dizem representar, – isto é, pela imagem que buscam ostentar –, mas pela substância das suas ações e pela qualidade da sua estratégia.”

Reinaldo responde:
“É uma tática elementar da tentativa de desqualificação do outro transformar uma opinião ou uma platitude num “princípio elementar”, como se o oponente já estivesse vencido no debate antes mesmo de começar… Sugiro que você releia ‘Como Vencer um Debate Sem Ter Razão’, de Schopenhauer… Olavo sabe muito bem que isso não é ‘princípio elementar’ de coisa nenhuma.”

Como não é, Reinaldo? A distinção fundamental entre o discurso de auto-apresentação e a substância real da política por trás dela está consagrada por uma longa tradição de ciência política que abrange nomes tão variados como os de Karl Marx e Eric Voegelin, passando por Leon Bourdon, Pierre Bourdieu, C. Wright Mills e não sei mais quantos. Na verdade ela remonta a Aristóteles.

Todo analista político tem a obrigação de conhecê-la. Tentar reduzi-la a um truque retórico banal seria ofensivo se não denotasse, antes, ignorância pura e simples.

Prossegue Reinaldo:
“Ele apenas procurou me atribuir o que não escrevi. Não julguei nem julgo o MBL e o Vem Pra Rua apenas a partir do juízo que fazem de si mesmos.”

Isso é manifestamente falso. No seu artigo anterior Reinaldo escreveu:
“As forças políticas no país se dividem em duas vertentes: há as golpistas… e as antigolpistas, nas quais se incluem os dois citados movimentos.”

Com toda a evidência ele está tomando como realidade substantiva a imagem de legalismo democrático que o MBL e o Vem Pra Rua vendem de si mesmos em contraste com o suposto golpismo bolsonariano.

Ou as palavras mudaram de sentido, ou isso é, literalmente, “julgar o MBL e o Vem Pra Rua apenas a partir do juízo que fazem de si mesmos”.
[Continua]
*
Josias TeófiloReinaldo mandou Olavo ler um livro que foi traduzido e prefaciado por ele???
Olavo de CarvalhoÉ um vício dos cultores das “nossas instituições”: dar-me as minhas próprias lições, fingindo que me pegaram em contradição. É pose e nada mais.
*
Prosseguindo:
Aliás, se a distinção citada NÃO É um princípio elementar obrigatório, por que Reinaldo se esforça tanto, em seguida, para argumentar que NÃO desobedeceu a esse princípio no julgamento que faz do MBL e do Vem Pra Rua?
 *
Thomaz CarvalhoUma pergunta: O Reinaldo Azevedo fumou maconha nas férias?
O Reinaldo simplesmente criou espantalhos contra o Olavo de Carvalho e o Jair Bolsonaro,tentando fazer o velho jogo semântico que a esquerda adora fazer contra seus adversários.
Parece-me que o Reinaldo não admite nada que fuja do espectro “cucano”, mainstream e legalista. Isso é um erro de menino analfabeto!
Será que eu,um simples bostinha de 21 anos, vai ter que ensinar para um coroa como se derruba o estamento burocrático?.
Ora, será que o idiota não percebeu que nossas instituições “democráticas” estão aparelhadas na mão dessa elite política?.
Sério,quando eu li esses textos do Reinaldo Azevedo,eu pensei que o Sakamoto tinha sido contratado pela Veja.
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Fábio FernandesDeixa o cara criticar carai, ninguém é imune de críticas…
Olavo de CarvalhoUai, e ele é?
Thomaz CarvalhoDesculpe-me,mas isso não é crítica nenhuma. O Reinaldo simplesmente criou espantalhos contra o Olavo e o Jair.
Fábio FernandesMuito menos ele
Olavo de CarvalhoEntão por que devo deixá-lo dizer impunemente o que bem entenda?
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Paula KarolineJá peguei a pipoca..
Taca-lhe pau, Mestre!!!!
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Olavo:
Estaria o sr. Bolsonaro tramando maquiavelicamente o aborto da sua própria candidatura?
*
Prosseguindo:
Pior ainda do que julgar movimentos políticos pela sua simples auto-apresentação publicitária é julgar pessoas pela imagem que outros fazem delas em vez de fazê-lo pelas suas ações reais. A imagem de “militarista” do sr. Bolsonaro é uma coisa, outra totalmente diversa a sua política efetiva. Como poderia o sr. Bolsonaro estar pregando um “golpe militar” se ao mesmo tempo se apresenta como virtual candidato à presidência em 2018? Ou ele quer eleições, ou quer um golpe.
*
No caso de golpe seguido da implantação de um governo militar, o sr. Bolsonaro, um simples capitão diante de tantos generais, não teria a menor chance de ser chefe de governo, talvez nem mesmo ministro.
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No artigo originário do Reinaldo, o absurdo mais patente é este:
“O Artigo 142 da Constituição, com efeito, no seu caput, reserva às Forças Armadas o papel de garantidoras auxiliares da lei e da ordem, desde que acionadas por um dos Três Poderes, mas o pressuposto do texto, basta que se saiba ler, é que tal ação se dê sob o império da hierarquia e da disciplina. Não por acaso, tal artigo deixa claro que a autoridade suprema das três forças é o presidente da República.”

Devo lembrar ao Reinaldo um segundo PRINCÍPIO ELEMENTAR, não só do direito constitucional, mas de toda lógica normativa, segundo o qual as regras mais gerais e abrangentes subordinam as mais particulares, que à luz delas devem ser interpretadas.
O ‘império da hierarquia e da disciplina” manifesta-se, acima de tudo, na independência dos três poderes, e não na autoridade da presidência sobre as Forças Armadas. Se esta fosse absoluta ao ponto de sobrepor-se àquela, a presidente estaria livre para violar a independência do Legislativo e do Judiciário quantas vezes quisesse, sem que estes pudessem recorrer às Forças Armadas. Isso equivaleria à ditadura pura e simples.

O Reinaldo que me desculpe, mas sua leitura do texto constitucional é grosseira e inaceitável não só do ponto de vista lógico, mas até gramatical.
*
Lucio Hoffmann:
Liberoides em êxtase com os ataques do trotskista Reinaldo de Azevedo ao Bolsonaro e ao Olavo de Carvalho. Essa, é a nossa diferença. Nos, os conservadores, não adoramos a Rede porque ela é oposição ao PT. Para nós, nao vale qualquer coisa para ganhar a briga, muito menos se aliar a porcos!
*
Gracita Salgueiro:
O arrogante do “rei-da-cocada-preta” agora resolveu dar aulas ao Olavo de Carvalho e pior: mandando-o ler um livro que Olavo prefaciou…
Imbecil, quanto mais alto o Ego e a auto-glorificação, mais feia a queda!
E por isso eu aguardo pacientemente…
*
Devo lembrar aos leitores que o Reinaldo Azevedo é um comentarista de mídia, aliás excelente, enquanto eu sou autor de trabalhos científicos na área de ciência política que já receberam aplausos de estudiosos como Alejandro Chafuen, Martin Pagnan, Mendo Castro Henriques, Jody Bruhn, Amy Colin, Paulo Mercadante, Jeffrey Nyquist e não sei mais quantos. NÃO digo isso para me fazer de importante em face dele, mas para RESSALTAR ENFATICAMENTE A DIFERENÇA ENTRE A RETÓRICA JORNALÍSTICA E O DISCURSO DE ANÁLISE CIENTÍFICA. O simples cotejo de opiniões ditas numa dessas linguagens e na outra pode ser ocasião de inumeráveis confusões.
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A unidade de um movimento político só pode ser de dois tipos: ou é doutrinal-ideológica, ou é puramente estratégica. Excluída a primeira hipótese, cadê a estratégia unificante? Como ela não existe, o pessoal chama de “unidade” a mera abstenção de divergências, a qual, por sua vez, impede a formação de uma estratégia unificada. Assim não vai.
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Cada movimento separado lançou seus slogans e propostas sem NENHUM diálogo prévio com os demais, sem ter nem mesmo a vaga idéia de uma estratégia unificada. Por exemplo, a discussão entre impeachmentistas e intervencionistas já brotou como conflito público, sem nenhuma tentativa de análise conjunta prévia. Eu adoraria ter ajudado os vários movimentos nessa tentativa, mas os seus líderes são sábios demais para fazer perguntas.
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Marcelo Vitorino:O MBL foi criado para isso. Para quem não se lembra, sua estréia no Teatro dos Horrores Nacional foi a marcação de uma passeata no Largo do Batata no mesmo dia em que o Revoltados OnLine faria uma na Paulista, com o argumento de que não queriam se misturar com os “militaristas”, “golpistas” etc. O segundo foi fazer coro com a mídia contra Eduardo Bolsonaro por ter ido armado à passeata de outubro, e o terceiro trazer o Alloysio Nunes para os braços do povo. Nada do que veio depois fugiu dessa linha, de modo que até hoje não entendo como alguém ainda consegue se enganar quanto às intenções de um movimento que sempre foi claro quanto a isso.
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Sinceramente, se você tem o Olavo de Carvalho à sua disposição, preferir consultar o Cato Institute ou o Miguel Reale Jr. é VEADAGEM.
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Ninguém está brigando. Apenas não abdico do meu direito de ensinar aquilo que já comprovei saber.
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Não tenho a menor dúvida de que todas as divergências entre os vários movimentos PODEM ser conciliadas numa estratégia unificada, mas para isso seria preciso não somente discuti-las, mas analisá-las cientificamente, o que os líderes de movimentos não têm NENHUMA qualificação para fazer. O que divide a direita é o amadorismo presunçoso dos autonomeados concorrentes do Olavo de Carvalho.
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Muitos desses líderes de movimentos não querem ouvir quem tem razão, mas quem lhes dá dinheiro. Não nasceram para ser líderes, mas servos dos mais ricos.
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A divisão da direita entre “golpistas” e “democratas”, tal como a propõe o Reinaldo Azevedo, é simplista, grosseira e inaceitável. Resistência popular é golpe? Desobediência civil é golpe? A convocação das Forças Armadas pelo Poder Legislativo, como a sugere o dr. Ives Gandra, é golpe?
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Até agora o Reinaldo não respondeu a nenhum dos argumentos que apresentei. Nada tenho contra as boas relações, mas não se deve, em nome delas, perder o foco das discussões.
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Para mim, as questões que levanto são MORTALMENTE SÉRIAS e estão muito acima de polêmicas jornalísticas. Quem não entende isso, só tome no cu se quiser: eu não mandei ninguém.
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Dizem que o Obama é ator, mas acho que, do curso de teatro, ele só cursou a disciplina Cu 101.
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Reinaldo Azevedo: Você deveria ter a coragem de entrevistar o Bolsonaro para saber quais são as idéias e propostas REAIS dele. Acabo de conversar com ele por telefone (é a segunda vez em muitos anos), e ele está chocado com as opiniões que você lhe atribui.
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O MBL está alardeando uma pesquisa do IBOPE segundo a qual 67 por cento dos brasileiros querem o impeachment da Dilma. O dado, em si, é real, mas enquadrado numa premissa falsa. A pesquisa só colocou duas alternativas: com Dilma ou sem Dilma. Não perguntou, por exemplo, se o povo preferiria o simples impeachment da presidente ou a cassação imediata dos mandatos dela E do Temer.
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Bloqueei um tal de Leonardo Thomé Pires SEM POSSIBILIDADE DE RETORNO, por ter dito que na minha resposta ao Reinaldo não argumentei, só desqualifiquei o interlocutor. Vá mentir na casa do caralho.
Quem for amigo dele, por favor me exclua.
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A possibilidade ou impossibilidade de nos livrarmos do esquema comunolarápio preservando intacta a classe política — eis uma questão fundamental que tem de ser analisada de maneira objetiva e científica, sem escolhas emocionais prévias a favor das “instituições”, da “intervenção militar” ou do que quer que seja. Já estou com o saco cheio de gente que toma partido antes de saber sequer colocar o problema e, quando lhe oferecemos alguma objeção, já nos inscreve no partido contrário.
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A inveja anti-olavética é uma DOENÇA MENTAL. Só que remunerada.
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Impeachment é decisão DA CLASSE POLÍTICA. É impossível lutar pelo impeachment sem fazer da classe política a agente fundamental do processo, retirando-a portanto, “a priori”, do rol dos suspeitos. Algum impeachmentista tem ao menos a coragem de admitir essa conseqüência inevitável da sua escolha?
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É fácil dizer que o impeachment “será só o começo”, mas qual deputado ou senador entregará a cabeça da Dilma se estiver seguro de que a dele será a próxima?
Lutar pelo impeachment é, queiram ou não, SALVAR A CLASSE POLÍTICA.
Pelo tipo de pessoas que protagonizam o impeachmentismo — FHC, Reale Jr. e tutti quanti — isso já deveria estar claro desde o primeiro minuto.

Pela desproporção entre o modesto ganho popular e a vantagem incalculável que uma classe política apodrecida obterá do sacrifício da Dilma, tenho hoje a CERTEZA de que a salvação dos políticos — e não o fim do império comunolarápio — é o objetivo central do empreendimento, ao preço relativamente módico de cortar uma cabeça oca já praticamente falecida.
Ieda Mara Dietrich:
IMPEACHMENT É O PRIMEIRO PASSO,Olavo de Carvalho, quem for é CONTRA o Impeachment TEM O DEVER CÍVICO, DE APRESENTAR UMA PROPOSTA MELHOR… OU TER UMA MELHOR PROPOSTA…senão é quase covardia ir contra…. estamos afundando COM A DILMA, TODOS OS QUE ESTÃO NO BRASIL
Olavo:
Proposta melhor: o processo de anulação das eleições e cassação dos mandatos, já em curso no TSE. Todo o apoio popular deveria ser mobilizado em favor disso, e não do mero impeachment.
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No momento em que o fim do império comunolarápio deixou de ser um clamor popular para se tornar um jogo de intrigas parlamentares, a classe política inteira saiu do banco dos réus para subir à cátedra dos acusadores e juízes. Quem fez isso? O MBL.
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Olavo de Carvalho compartilhou a publicação de Priscila Garcia.
“Dilma edita medida provisoria 657-14 na calada da noite para que o Delegado Geral da Policia Federal seja indicado sempre pelo presidente.”
Algum representante das Forças Armadas se digna a tecer um comentário, ou não? Ah, os generais acham que é “falta de educação”, tendi… Repetem que “as instituições estão todas funcionando perfeitamente”, sei, sei, sei…
Capaz de transferirem o Jaques Wagner da Casa Civil pra ser Delegado Geral da PF, né não? Bom, depois que o bebum cafona foi chefe de VOCÊS, milicos, não vejo por que não…
Vocês continuam com o comunista mesmo, com o qual declaram ter tanta “afinidade de objetivos”.
E o Jaques Wagner já começaria a sua atuação de “dotô-delegado-chefe” sob a égide daquele grande LEMA petralha que ele citou outro dia: o “quem nunca comeu melado, quando come se lambuza…”
Olavo:
@ReinaldoAzevedo: Você deveria ter a coragem de entrevistar o @DepBolsonaro para saber quais são as idéias e propostas REAIS dele.
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Alguém aí diz que é pecado ir contra o impeachment sem oferecer uma proposta melhor. Proposta melhor: o processo de anulação das eleições e cassação dos mandatos, já em curso no TSE. Todo o apoio popular deveria ser mobilizado em favor disso, e não do mero impeachment.

Não sou contra o impeachment, mas só o aceito como prêmio de consolação se tudo o mais falhar.
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Dizem que o Obama é ator, mas acho que, do curso de teatro, ele só cursou a disciplina Cu 101.
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Na ausência de uma estratégia unificada, todas as táticas que deveriam ser hierarquizadas e articuladas se tornam opções isoladas e absolutas, matéria de “pró” e “contra”. Você é “a favor ou contra”? Cambada de jumentos.
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Nada tenho contra as boas relações, mas não se deve, em nome delas, perder o foco das discussões.
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Não se criou uma estratégia unificada porque vários movimentos, em vez de tentar formular uma no debate com os outros, já saíram à frente vendendo suas agendas como se, isoladas, fossem a salvação nacional. Um amadorismo CRIMINOSO.
E o primeiro que fez isso foi o MBL.
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Até o momento, o único grupo que tem se abstido de querer ser o primeirão são os monarquistas. São de um comedimento exemplar. Ajudam os outros movimentos e não se oferecem como solução nacional. Parabéns.
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1) Já estou com o saco cheio de gente que toma partido antes de saber sequer colocar o problema
2) E, quando lhe oferecemos alguma objeção, já nos inscreve no partido contrário.
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Será muito difícil entender que falar de “aparelhamento das instituições” e depois raciocinar como se estivéssemos numa democracia normal é coisa de idiota?
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O Reinaldo lança indireta atrás de indireta e depois diz que não quer debate. Acho que não quer mesmo. Está lutando no terreno que lhe é mais confortável.
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Desafio o Reinaldo para um debate franco, e ainda lhe concedo a vantagem de trazer o Marco Antonio Villa de escudeiro. O Villa e quem mais ele quiser.
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Antes de me acusar — a mim — de divisionismo, lembrem-se de que o MBL planejou em março uma passeata no Largo da Batata para boicotar a do Masp, e fui eu quem, sozinho, conseguiu restabelecer a unidade do movimento.
*
Antes de me acusar — a mim — de divisionismo, lembrem-se de que desde março de 2015 proponho um debate geral para a formação de uma estratégia unificada, e só encontro carreiristas empenhados em impor cada um a sua agenda especial.
*
Em vez de argumentar, o Reinaldo prefere me chamar de vaidoso. Vejam na tela as gesticulações dele e as minhas, e saberão quem é o vaidoso. O estilo é o homem.
*
Se continuarem me respondendo só com mesquinharias, poses de bom-mocismo, insinuações pérfidas e fofocas em vez de levar a sério as questões que levanto, a partir de março não direi mais uma só palavra sobre a política brasileira e mandarei todos tomarem no(s) cu(s) como parece ser do seu ardente desejo.
*
12 de janeiro:
 Olavo:
DESAFIO publicamente o Reinaldo Azevedo a me mostrar uma única frase na qual o deputado Jair Bolsonaro tenha pregado a implantação de uma ditadura militar no Brasil de hoje.
Repito: UMA ÚNICA.
*
Não é de hoje que a hostilidade irracional do Reinaldo Azevedo ao deputado Bolsonaro o induz a faltar com a verdade.

Escrevi em 19 de dezembro de 2014:
Está aberta a temporada de caça ao deputado Jair Bolsonaro. Na verdade, sempre esteve, não sendo essa portanto a razão pela qual volto ao assunto. A razão é que agora os tiros vêm da mais inesperada das direções: a coluna do Reinaldo Azevedo. E vêm com aquela persistência inflexível do atirador que não aceita como troféu senão a completa destruição do alvo ou, na mais branda das hipóteses, a sua definitiva humilhação pública.

Numa de suas últimas postagens, o colunista da Veja firmou sua posição: ou o sr. Bolsonaro pede desculpas à sua colega Maria do Rosário, ou merece ter seu mandato cassado. Cassar o mandato de Maria do Rosário? Nem pensar.

Já disse, e reafirmo, que sou amigo do Reinaldo Azevedo e não deixarei de sê-lo por causa de uma opinião errada, depois de tantas certas e valiosas que ele já publicou. Mas esta de agora é tão errada, tão absurda, tão indefensável, que eu falharia ao meu dever de amizade se não alertasse o colunista para a injustiça que comete e o vexame a que se expõe.

Que a resposta do sr. Bolsonaro à sra. Maria do Rosário foi “uma boçalidade”, como a qualifica Reinaldo Azevedo, é certo e ninguém duvida. Mas o sr. Bolsonaro a pronunciou em resposta, não a “outra boçalidade”, como pretende Azevedo, e sim a uma falsa imputação de crime, que é por sua vez um crime. Reinaldo Azevedo exige que a boçalidade seja punida e o crime fique impune.

Como todo debatedor teimoso que se empenha na defesa do indefensável, Reinaldo se vê forçado a apelar a expedientes argumentativos notavelmente capciosos que, em situações normais, ele desprezaria.

Um deles é proclamar que a resposta do sr. Bolsonaro a Maria do Rosário transforma o estupro em uma “questão de mérito”. Quer dizer, pergunta Reinaldo, que, se Maria do Rosário merecesse, Bolsonaro a estupraria? Isso é deformar as palavras do acusado para lhe imputar uma intenção criminosa. Na verdade, Bolsonaro disse: “Se eu fosse um estuprador…” O restante da frase, portanto, baseia-se na premissa de que ele não o é, e só pode ser compreendido assim. Reinaldo parte da premissa inversa para dar a impressão de que o deputado fez a apologia do estupro. Com isso, ele endossa o insulto lançado pela deputada Maria do Rosário e usa essa premissa caluniosa como prova de si mesma. Raciocinar tão mal não é hábito de Reinaldo Azevedo, mas, como se sabe, o ódio político move montanhas: montanhas de neurônios para o lixo.

Pior ainda: tendo recebido centenas de objeções sensatas e racionais na área de comentários do seu artigo – inclusive as minhas –, ele não responde a nenhuma, mas tenta dar a impressão de que toda a oposição à sua versão dos fatos vem de “seguidores de Bolsonaro”, exemplificados tipicamente nos signatários de uma petição raivosa que exige a demissão do colunista de Veja. Fui ver a petição, e sabem quantos signatários tinha? Sete e não mais de sete (talvez agora tenha oito ou nove). Ao fazer desses sete os representantes da maioria que não pedia cabeça nenhuma, Reinaldo procedeu exatamente como os repórteres pró-petistas que, na massa de dezenas de milhares de manifestantes anti-Dilma, pinçaram cinco ou seis gatos pingados adeptos da “intervenção militar” para criar a impressão de que a manifestação era essencialmente golpista.
http://www.olavodecarvalho.org/index.html
*
Olhe aqui, Reinaldo: Deboche é argumento de puta.
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Pedro Henrique Medeiros:
Vou gastar várias linhas apenas para responder — como um brasileiro indignado com o governo e manifestante que sou — ao primeiro parágrafo do ‘Tio Rei’.
Em seu primeiro artigo* na coluna de seu blog na VEJA após voltar de férias, Reinaldo Azevedo dividiu as pessoas que protestam contra o atual estado de coisas no Brasil entre “anti-golpistas” e “golpistas”. Aos primeiros ele colou a pecha de “inimigos da democracia” (sic) para contrapor aos segundos, que seriam os ‘democratas’.
Voltemos à realidade e aos fatos. Por “anti-golpistas” leia-se ‘devotos das instituições’, ou seja, os legalistas que ainda acreditam que há independência entre os três poderes; que a Constituição atual ainda é válida e defensável; os crentes da vitória de um processo de impeachment; os amigos dos socialistas fabianos do PSDB (FHC, Serra, Aloysio Nunes); os adeptos da bicudagem (aliança com Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr.).
Para o balaio dos “golpistas” sobrou a galera que pede intervenção militar, mas Reinaldo ignora o fato de que a Intervenção Militar é tão constitucional quanto o impeachment. Ao mesmo tempo, Reinaldo também faz uma leitura totalmente ignorante do artigo 142 da CF ao afirmar que a presidência está acima das Forças Armadas neste caso em específico. Tio Rei é daqueles que ainda vêem o episódio de 1964 como um Golpe e não como um Contra Golpe, totalmente constitucional e com apoio do povo.
Tem um monte de gente que pensa como o Reinaldo chamando o Olavo de Carvalho de Golpista por aí — liberais e libertários, principalmente –, por causa de duas postagens deste último em seu perfil no Facebook. A primeira falando que o Cunha tinha uma semana para convocar as forças armadas antes de ser removido da câmara por uma liminar do Teori; a segunda é um e-mail do dr. Ives Gandra falando que é constitucional uma intervenção militar, tendo em vista a interferência do STF nas decisões da Câmara.
Muitas pessoas (analfabetas funcionais como o Fabio Ostermann) interpretaram esses posts do Olavo de Carvalho como tomada de decisão e posicionamento, e não como uma simples análise dos fatos. É com gente assim do MBL que o Reinaldo conversa e tenho a impressão que Reinaldo colocou Olavo no balaio dos golpistas.
Todos os outros que pensam o contrário do grupo dos ‘democratas’, ou seja, aqueles que não acreditam mais na validade das tais instituições; que não acreditam mais na independência dos três poderes; que não acreditam mais na validade da Constituição; que não acreditam mais numa vitória do processo de impeachment e que não acreditam na estratégia da bicudagem são totalmente ignorados por Reinaldo. Para ele, essas pessoas que seguiram uma ‘terceira via’ não existem.
Reinaldo parece não entender as motivações e a estratégia destes últimos que optaram pela Resistência Popular e pela Desobediência Civil.
Falta-lhe dados.
 Olavo de CarvalhoCorretíssimo.
Boa resposta.
*
Reinaldo, sempre fiz o possível para preservar a nossa amizade, mas não posso colocá-la acima de um dever elementar de honestidade. O que você há tempos vem fazendo com o Bolsonaro é difamação porca, é cachorrada, é vigarice. Eu não toleraria isso nem na minha mãe. Com esse procedimento você está dando um final vergonhoso a uma carreira honrosa. Para quê? A quem você pretende agradar com essa porcaria?
*

*

12.01.2016:
Idolatria, vaidade e encerrando com o Reinaldo:

TODO intrometido que entrar aqui com a conversa de “idolatria”, “seita”ou coisa parecida, ou que questionar desrespeitosamente a minha fé religiosa, bem como quem aplauda esse tipo de mensagem, será BLOQUEADO SEM POSSIBILIDADE DE RETORNO. Não quero miniaturas dos Veadascos por aqui. Acabo de bloquear três: Marcelo Heberts e mais dois.
*
Qualquer pastor protestante da TV Record, qualquer imigrante muçulmano afetado de priapismo ousa proclamar a autoridade soberana da sua religião. Só o Papa parece ter vergonha da sua.
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1) A palavra “mestre”, que alguns carinhosamente me dirigem, pode dar margem a confusões, seja acidentais, seja mal intencionadas.
2) Com toda a evidência NÃO SOU um mestre espiritual. Mestres espirituais sem ritos, iniciações e vínculos formais de obediência não existem
3) Não sou sequer um diretor espiritual, função que, na Igreja Católica, é reservada aos sacerdotes ordenados.
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Flávio Lindolfo Sobral:
Não vou citar o professor Olavo de Carvalho para não provocar ataques de pelanca nessa gente dos movimentos, porém, ajudem-me: qual desses “líderes” citou com a devida relevância alguma vez um Joaquim Nabuco, um Gilberto Freyre, um Gustavo Corção, um Meira Penna ou um poeta ou um romancista brasileiro que buscou desvendar o Brasil? Só quero “Hum”! Quando você descobre que um comunista como o Aldo Rebelo, não só defendeu contra os uspianos como também demonstrou conhecer realmente o trabalho do Mestre de Apipucos, o Gilberto Freyre, e esses vultos do antipetismo ou desconhecem ou menosprezam os conterrâneos que dedicaram suas vidas a entender esse país, não espere nada de onde não há coisa alguma.
Olavo:
Flávio Lindolfo Sobral Bravo! Essa cambada despreza a cultura nacional porque a ignora. O Aldo Rebelo, intelectualmente, é mais sério do que todos eles juntos.
Esses fulanos só lêem o que o Cato Institute manda.
*
Reinaldo Azevedo mostrou-se INCAPAZ de refutar qualquer dos meus argumentos. Só usou de deboches e rotulações e no fim preferiu refugiar-se por trás de uma bela desconversa. Mas não esquecerei que, no curso da discussão que não houve, ele me acusou de praticar um truque erístico, quando eu estava apenas mencionando um preceito científico universalmente admitido, e, logo após ter dito que nenhum de nós era notícia, mostrou que essa afetação de modéstia era puro fingimento, ao encerrar sua performance me chamando de vaidoso — alegação digna de uma candidata a miss.
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Flávio Lindolfo Sobral:
O clamor nacional não apareceu por causa do trabalho do MBL, ou do Vem Pra Rua ou dos Revoltados, como também não apareceu nas “Jornadas de Junho” de 2013 contra esse governo. Ele vem de um tempo bem anterior, quando as ações dessa organização criminosa que nos governa já se faziam sentir – e só fez crescer desde então. Um ano após a reeleição de Lula, em 2007, o petista foi alvo de uma execração pública contra um governante como nunca se viu em canto nenhum do mundo (https://www.youtube.com/watch?v=dpI07He6aXg). Dilma ainda em seu primeiro mandato receberia mesmo tratamento (https://www.youtube.com/watch?v=ht_z_MvVFYw). Quando os líderes petistas começaram a evitar a população diretamente, foram surpreendidos com o panelaço (https://www.youtube.com/watch?v=qei8IFRz_Bg) e em quaisquer recintos aqui (https://www.youtube.com/watch?v=v-lETXPdRSA e https://www.youtube.com/watch?v=JAsx1QaIz7Y) ou fora do país (https://www.youtube.com/watch?v=gNw-GBg-5Bc). O Movimento Passe Livre, em meados de 2013, proporcionou, sem mérito e interesse algum, um canal de vazão para esse antipetismo latente na população, tornando contra as manifestações originariamente a favor do governo petista, espalhando-se pelo país (https://www.youtube.com/watch?v=038xkZKPzcc). É claro que as tomadas das ruas pelo povo iria acontecer, mais cedo ou mais tarde. Como se encontra escrito no parágrafo único do Artigo 1º da Constituição Federal de 1988 revisada pelas ruas: todo antipetismo emana do povo, que o expressa por meio de qualquer canal sem prestar contas a partido, grupelho ou autonomeados líderes, senão a si mesmo. Foda-se!
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É IMPOSSÍVEL realizar o impeachment sem, no mesmo ato, SALVAR A CLASSE POLÍTICA, à qual são entregues, por esse meio, o protagonismo e os méritos do empreendimento. A esquerda pouco perde com a remoção da Dilma, que já se tornou uma figura incômoda até para o Lula, mas o povo brasileiro perde TUDO ao ver o seu ideal de reconstrução nacional reduzido a mais uma festinha cívica das Incelenças de sempre.
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O impeachment é um remédio, sem dúvida, mas é o último, o mais fraco, o mais arriscado e o mais decepcionante dos remédios.
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Desde o início tenho afirmado: fazer o impeachment da Dilma é reconhecer a legitimidade do seu mandato, forçando o povo brasileiro a engolir, PELA SEGUNDA VEZ, a farsa da apuração secreta. Isso não é vitória. É, na melhor das hipóteses, um prêmio de consolação muito vagabundo, HUMILHANTE NO MAIS ALTO GRAU.
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Não há vaidade nenhuma em entender que as minhas realizações intelectuais existem e as do Reinaldo Azevedo não.
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Deveria eu, por um paroxismo de modéstia insana, fingir que “O Jardim das Aflições”, “Aristóteles em Nova Perspectiva”, “Visões de Descartes”, “A Dialética Simbólica” e trinta mil páginas de apostilas transcritas não passam de croniquetas políticas da Veja?
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A vaidade é um mero cronista de mídia se fazer de gostosão para cima de mim.
Dunning-Kruger quatro cruzes.
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Mudando de assunto : Nas últimas décadas, desde o advento dos Lacans e Deleuzes, o prazer de ler livros franceses está indo para as picas. Hoje em dia até os melhores — um Jean-Luc Marion, um Quentin Meillassoux, um Marcel Gauchet — escrevem complicado como se fossem alemães recebendo mensagens de extraterrestres.
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O movimento conservador no Brasil está apenas nascendo. Desentendimentos e fofocas não passam de dores do parto. Por favor, nesta fase, cuidado para não fazer da “unidade” um fetiche. Karl Marx criou a Primeira Internacional cortando as cabeças de todos os seus concorrentes de esquerda. Churchill unificou a Inglaterra esculhambando com o Partido Conservador. Bom-mocismo nunca deu força a ninguém.
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Olavo: Na mosca.
RECEBO MUITAS MENSAGENS indagando-me a respeito da “liderança” “política” (termos que ponho entre aspas mil!) do jovem Kim Kataguiri.
Bem, a hora conturbada parece-me propícia para uma resposta, que a propósito é bastante simples: fecho com Aristóteles e digo, com todas as letras, que a política, ciência arquitetônica do bem comum para cujo exercício se requerem sólidas virtudes éticas e dianoéticas, NÃO É para jovens.
As raríssimas exceções históricas confirmam a regra.
Numa sociedade saudável, a posição dos jovens na política jamais pode ser a de protagonistas.
Se fosse uma inteligência prodigiosa, o que está muito longe de ser o caso, Kim não escaparia à necessidade de adquirir formação para tornar-se um político de verdade.
Uma formação que passa pelo aprendizado da virtude da prudência, em primeiro lugar, seguida de outras.
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Princípio básico da economia: É mais fácil pagar mais quando você tem do que menos quando você não tem.
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Agora é a minha vez de encerrar a discussão. Se, como diz o Reinaldo, nem eu nem ele somos a notícia, se notícias eram o Bolsonaro, o impeachment, o MBL, a intervenção militar, etc., por que não responder com argumentos objetivos a cada uma das minhas afirmações? Por que não provar que o deputado Bolsonaro prega uma ditadura militar, que a Marcha para Brasília foi um primor de estratégia, que o impeachment trará mais dano ao esquema petista do que benefícios à classe política, etc. etc.? Por que não provar, contra mim, a tese absurda de que a autoridade da presidente sobre as Forças Armadas é um princípio superior à independência dos poderes? Por que preferir, em vez disso, me atribuir intenções erísticas que jamais tive e tecer considerações sobre a minha abominável vaidade comparada à sua linda independência de jornalista que não é pautado por ninguém? Por que responder a argumentos objetivos no tom de quem revida um ataque pessoal que ninguém lhe fez? Por que transferir a discussão para o plano do confronto de egos, se não pus na mesa ego nenhum e sim argumentos irrefutáveis? Resposta: precisamente porque os argumentos eram irrefutáveis e é sempre mais fácil, em vez de respondê-los, tentar sujar a imagem de quem os apresenta.
Eu não faria isso nem com o meu pior inimigo. Já não sei mais o que o Reinaldo entende por amizade.
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Não vejo necessidade de discutir se o Reinaldo é esquerdista enrustido, se é um traidor, se é isso, se é aquilo outro. Deixo essas conjeturações para os que o odeiam, entre os quais não me incluo.

Atenho-me a um dado objetivo e amplamente comprovado: o Reinaldo tem uma agenda, que é “a estabilidade das instituições”. Das mesmas instituições que ele diz estarem completamente aparelhadas, prostituídas, apodrecidas.

Essa agenda é tão frágil e inconseqüente que não se pode assumi-la sem cair, mais cedo ou mais tarde, nos mais grotescos ilogismos e na urgência de camuflá-los mediante poses e trejeitos.

That’s all, folks.
Marcelo HerbertsAmigo, não se precisa ter conhecimento enciclopédico da filosofia humanista para só então considerar-se habilitado para debater à altura com o Olavo sobre alguma questão. É perfeitamente possível um cristão de cultura mediana como eu refutar posições teológicas sedizentes cristãs do Olavo. Corrolário: não preciso passar 50 anos de minha vida estudando filosofia para só então me atrever a questionar algo que o Olavo diz! admirá-lo sim, mas não com uma devoção semi-religiosa.
Marcelo Heberts : Você nunca refutou coisa nenhuma, não é capaz de refutar e nem sabe o que esse verbo significa. Refutar é uma coisa, ranhetar é outra. Vá estudar, menino. E vá me chamar de “sedizente cristão” na sua página, que ninguém lê, não na minha. Você é um pseudocristão, um sepulcro caiado, um fariseu em toda a linha. Sua linguagem, toda composta de chavões pejorativos, já mostra o que você é. Estou bloqueando você e uma tal de Nilda Andrade.
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Nunca rejeito a amizade de quem a oferece, nem a peço de volta a quem a retira
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Se você quer ser meu amigo, seja. Se não quer, não seja. Eu estou satisfeito nos dois casos.
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Não mereço um centésimo da amizade e do amor que recebo. Não será por falta dessas coisas que hei de perder o sono. Perco o sono rezando para que Deus retribua o que não pude retribuir pessoalmente.
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Houve uma época na minha vida em que, excluída a família, eu só tinha dois amigos: a minha empregada Zuleide e o dr. Roberto Campos. Amarei os dois por toda a eternidade, por mais amigos que tenham vindo depois.
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Depois conheci o Paulo Mercadante, um amigo tão bom, tão maravilhoso, que a amizade dele gerava outras, e logo eu estava cercado de amigos por toda parte.
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Uma amizade que nasce é como um diamante que brota do solo. Uma que acaba é apenas algo em que a gente não pensa mais.
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A última vez que briguei por motivos puramente pessoais foi aos dezenove anos, quando dei uns sopapos num sujeito que se meteu a gostoso com a minha namorada — coisa da qual depois muito me arrependi, pois a namorada era uma pentelha e deveria ter ficado com ele.
Quando você pensa que é o pica das galáxias, é aí mesmo que você está se fodendo.

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Só o amor que recebo do Jack já ultrapassa de longe os meus méritos. Nunca vi um menino tão louco pelo vô.
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Minha mais recente amiga é Rafaella Gappo. Que moça mais linda, porca miséria!
Mario UmetsuNão fui elogiado pelo professor. Quero cota.
Olavo de Carvalho Se você quiser, posso dizer que você é lindo, mas aí alguém vai querer comer você.
Rafaella GappoProfessor, você não sabe o quanto eu te admiro e respeito. Muito obrigada pelo elogio!
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Também entrou na minha lista de amigos o prof. Desidério Murcho, filósofo português radicado no Brasil — uma grande honra para mim.
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Repito:
Olavo de Carvalho
14 de fevereiro de 2013 ·
Na mensagem do Padre Pio, prestem atenção ao detalhe de que as catástrofes futuras, segundo ele, terão sua origem remota na “guerra de 1950”. A Guerra da Coréia começou em junho daquele ano. Dias atrás, a Coréia do Norte, cujo regime político existe como produto direto daquela guerra, anunciou que já tem sua bomba atômica. Os que alardeiam que o comunismo não existe mais sentirão em breve — se não sentiram ainda — o coice do cavalo morto.
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A palavra “mestre”, que alguns carinhosamente me dirigem, pode dar margem a confusões, seja acidentais, seja mal intencionadas.
Com toda a evidência NÃO SOU um mestre espiritual. Mestres espirituais sem ritos, iniciações e vínculos formais de obediência não existem. Não sou sequer um diretor espiritual, função que, na Igreja Católica, é reservada aos sacerdotes ordenados.
Sou apenas o que sou: um escritor, filósofo e professor. Não deixem que o carinho que sentem por mim se torne ocasião involuntária para a ação de pessoas que propositadamente confundem o sentido literal efigurado.das palavras.
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Perguntar não ofende: Por que pessoas que têm à sua disposição os mais poderosos meios de comunicação, às vezes até patrocínios milionários, temem alguém que não tem nada disso?
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Será que me excluir meticulosamente de todos os órgãos de mídia não bastou para acalmar essa gente? Será que começaram a perceber, finalmente, que o poder de um escritor nada tem a ver com os meios materiais de que ele dispõe? É coisa que qualquer estudante com alguma formação literária sabe, mas para alguns é uma novidade alarmante.
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O poder de um escritor é o poder da palavra escrita quando vem da raiz das coisas, da experiência viva da realidade, das “impressões genuínas”, como dizia Saul Bellow. Um escritor de verdade desce fundo no seu próprio coração para saber quem é e conseguir dizer as coisas como de fato as vê, não como uma imaginação trêfega e assanhada as inventa ao sabor de gostos e preferências.
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Se o sr. Bergoglio tivesse um pingo, já não digo de fidelidade à Igreja, mas de simples vergonha na cara, assumiria a liderança da resistência à invasão islâmica, como Pio XII assumiu a da resistência ao nazismo e João Paulo II ao comunismo.
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Os inimigos da Igreja conseguiram finalmente fazer um Papa à altura das suas ambições. Não sei se a eleição do sr. Bergoglio foi ou não legítima, se legalmente ele é um Papa ou antipapa. Mas sei que, substantivamente, ele age como um antipapa.
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Um pastor não vende as suas ovelhas por uns aplausos da mídia inimiga.
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Como católico, não tenho autonomia espiritual, não sei me dirigir a mim mesmo no caminho do céu, preciso de um Papa. E sei reconhecer um quando o vejo.
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As ovelhas reconhecem o pastor, mas algumas andaram comendo folhas de maconha.
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Só a Igreja Católica pode liderar a resistência aos invasores, mas muitos ocidentais preferem os invasores e ela própria parece menos interessada em liderar do que em deixar-se arrastar pela moda.
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O Trump pode liderar a resistência nos EUA, mas não há um Trump europeu, nem asiático, nem africano, nem latino-americano.
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O Brasil, com a retomada da sua consciência cristã nos últimos anos, pode desempenhar um papel grandioso na resistência aos invasores, Mas para isso é preciso muito mais do que um ridículo impeachment da moribunda.
13 de janeiro de 2016

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