A previsão é de que já em 2016 o desemprego volte a superar os 10%. Mas a reportagem do Globo chama atenção para a quantidade de lares em que ninguém trabalha, o que levanta graves suspeitas não só sobre o dado real de desempregados, mas a toda a política social do governo, que não estimula a procura por trabalho, a não ser em situações de crise como a atual.
Segundo Samuel Franco, vem aumentando ano a ano a quantidade de lares sem que qualquer indivíduo tenha emprego ou qualquer tipo de renda por trabalho. Já era uma grossa fatia em 2012 (17,4%) quando o governo ainda contava vantagem de sua matriz econômica, chegou a 18,6% em 2014 e atinge 19,3% em 2015. O pesquisador do IETS mostra que 1 em cada 5 lares governados pelo Partido dos Trabalhadores não possui um único trabalhador. Em números absolutos, estamos lidando com 13,1 milhões de lares. Para efeito de comparação, o Bolsa Família era distribuído em 2013 a 14,1 milhões de famílias.
E esse percentual varia de estado a estado. O três casos mais graves são Rio de Janeiro (23,5%), Pernambuco (24,5%) e Alagoas (28%). Segundo Franco, além de desempregados, completam o time os aposentados e pessoas que vivem de renda e de transferência do governo. A conclusão do estudo é de que “certamente” vem aumentando a pobreza no Brasil.
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