"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

PT CRIOU UM MÉTODO CORRUPTO DE GOVERNAR, DIZ DILMAR MENDES


Em seminário promovido pela OAB-SP nesta segunda-feira, 14, na capital paulista, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse que o problema da corrupção crescente no País não está vinculado às doações privadas para as campanhas eleitorais – proposta aprovada na reforma política votada pelo Congresso Nacional na semana passada – mas ao “método de governança”.
‘Como pedir sacrifícios às pessoas quando elas estão indignadas com a corrupção?’, disse Gilmar Mendes sobre o aumento de impostos, acrescentando: “Os fatos revelados em relação à Petrobras são suficientes para contar uma história sobre uma forma de governar, um método de administração.Isso pouco tem a ver com financiamento do sistema eleitoral, mas com método de governança”, disse o ministro.
Ainda segundo Gilmar Mendes, a Operação Lava Jato sinaliza que foi criada no Brasil “uma forma de governar corrupta em toda a sua extensão. “Contaminou-se todo o tecido político. Estruturamos um modo corrupto de fazer política”, afirmou.
“LARANJAL” DA OAB
Em sua exposição, o ministro do STF comentou, ainda, a Ação Direta de Inconstitucionalidade impetrada pela OAB na Corte. Segundo ele, neste pedido, a instituição “engendra um laranjal”. “(Segundo a proposta) todos poderão doar a mesma quantia, independentemente da sua capacidade financeira. Isso significa que o cidadão rico de São Paulo, banqueiro, e o receptor de Bolsa Família podem doar a mesma quantidade de recurso. Se o teto fosse R$ 10 mil, seria o mesmo para todos. Já no pedido, se engendra um laranjal”.
Mendes também criticou o ajuste fiscal promovido pelo governo. Segundo ele, é a legitimidade do governo que está em foco neste momento. “Como falar em aumento de impostos nesse contexto geral, pedir sacrifício das pessoas no momento que elas estão indignadas com a corrupção? É uma questão de legitimidade do governo que está em xeque”.
Além de Gilmar Mendes, também participaram do seminário “Saídas para a crise” o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e cientistas políticos.

15 de setembro de 2015
Elizabeth Lopes e Pedro Venceslau
Estadão

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