Affonso Pastore era o braço esquerdo de Delfim em seu segundo mandarinato na economia brasileira na primeira metade da década de oitenta. Os dois fizeram um trabalho histórico, comparável ao do Estado Islâmico, pois implodiram as ruínas construídas pelo planejador central da ditadura, o festejado socialista Mario Henrique Simonsen.
De quebra, para não deixar barato, legaram a hiperinflação que tiranizou a vida dos brasileiros por mais uma década.
Pastore chegou ao poder com fama de craque e ninguém sabe direito porque, talvez porque seu primeiro nome tenha dois fs, ou porque seja mais um dos inúmeros jênios da economia da USP.
Finalmente parece que ele se apercebeu que seu velho mestre Delfim só fala merda e os dois trocaram farpas num desses congressos de energúmenos:
Pastore interviu antes da réplica de Pessoa e disse que a discussão tem que ser empírica, tem que olhar as experiências da Coreia do Sul, do Chile, do Peru.
Ele afirmou que Delfim era um fabiano, um intervencionista. Só que o intervencionismo não dá certo no Brasil como na Coreia, afirmou ele.
Pastore também disse que não há dicotomia entre distribuição de renda e crescimento e que esse é um falso debate no Brasil – tanto que Peru e Chile teriam conseguido aliar as duas coisas em determinados momentos da história recente.
Só que ao final Pastore afirmou que um país que passa dos limites de gastos não consegue isso e que o jeito certo de construir a política econômica se aproximava muito mais do que estava falando Pessoa do que com o que dizia Delfim.
O ex-ministro disse então que partindo de hipóteses erradas, era possível provar qualquer coisa. Pastore retrucou que era possível provar inclusive as teses do Delfim.
A plateia caiu em gargalhadas.
De quebra, para não deixar barato, legaram a hiperinflação que tiranizou a vida dos brasileiros por mais uma década.
Pastore chegou ao poder com fama de craque e ninguém sabe direito porque, talvez porque seu primeiro nome tenha dois fs, ou porque seja mais um dos inúmeros jênios da economia da USP.
Finalmente parece que ele se apercebeu que seu velho mestre Delfim só fala merda e os dois trocaram farpas num desses congressos de energúmenos:
Pastore interviu antes da réplica de Pessoa e disse que a discussão tem que ser empírica, tem que olhar as experiências da Coreia do Sul, do Chile, do Peru.
Ele afirmou que Delfim era um fabiano, um intervencionista. Só que o intervencionismo não dá certo no Brasil como na Coreia, afirmou ele.
Pastore também disse que não há dicotomia entre distribuição de renda e crescimento e que esse é um falso debate no Brasil – tanto que Peru e Chile teriam conseguido aliar as duas coisas em determinados momentos da história recente.
Só que ao final Pastore afirmou que um país que passa dos limites de gastos não consegue isso e que o jeito certo de construir a política econômica se aproximava muito mais do que estava falando Pessoa do que com o que dizia Delfim.
O ex-ministro disse então que partindo de hipóteses erradas, era possível provar qualquer coisa. Pastore retrucou que era possível provar inclusive as teses do Delfim.
A plateia caiu em gargalhadas.
31 de agosto de 2015
in selva brasilis
Fiesp, o Quartel General do Lulo-Petismo
A Fiesp é o sindicato dos empresários de porta de cadeia. Sua função social consiste em fazer lobby junto ao governo para criar reservas de mercado, minimizar a concorrência e garantir rendas de quem não gosta de trabalhar e de empreender. É uma das forças mais retrógradas do Brasil, por isso opera hoje para o PT. Ela tenta salvar a corrupção e incapacidade do governo Dilma pedindo a cabeça pequena, camarão-like, do bancário Levy. Se tivesse um pingo de vergonha na cara a Fiesp pediria o impeachment da gerentona autoritária, burra e incompetente.
Sobre Orwell e o Assassinato de Caráter Promovido Pela Esquerda
Demétrio Magnoli é o único intelectual de esquerda do Brasil que é de fato um intelectual: sabe ler, escrever e articular idéias. Escreve um texto primoroso sobre George Orwell e a tática de difamação, de assassinato de caráter, tão comum e cara aos gorilas comunistas que combatem na guerrilha cultural travestidos de jornalistas, historiadores ou intelectuais: A difamação de Orwell ganhou tração no pós-guerra, logo após sua morte, por iniciativa do Grupo de Historiadores do Partido Comunista Britânico, que contava com figuras como Maurice Dobb, Cristopher Hill, Eric Hobsbawm e Edward P. Thompson. Eles não o perdoavam pela sua crítica implacável aos intelectuais de esquerda que, colocando um sinal de igual entre democracia e fascismo, tinham oferecido suporte ao Pacto Germano-Soviético de 1939. A operação difamatória funcionava menos como vingança e mais como uma queima de arquivo. Nas vésperas da guerra, os intelectuais comunistas britânicos distribuíram panfletos celebrando a aliança entre Stalin e Hitler. Crismar Orwell com a marca do traidor era um expediente destinado a incinerar os textos perigosos, lavando as reputações dos “amigos do povo”. Thompson, em especial, consagrou-se à missão purificadora. Aproveitando-se da circunstância de que um homem morto não pode retrucar, recorreu simplesmente à mentira, acusando-o de ser “obsessivamente” sensível à “menor insinceridade” da esquerda, mas surdo e cego à “desumanidade da direita”. A ideia era relegar o alvo ao esquecimento, o exílio mais pesado para um escritor. No fim, Orwell triunfou. É bem certo que os porcos ainda estão entre nós — continuam a se confundir com os humanos e, inclusive, se multiplicaram. Entretanto, a condenação ao exílio não funcionou. “A revolução dos bichos”, recusada por diversos editores britânicos e americanos que se curvavam aos interditos da esquerda oficial, converteu-se numa das obras definidoras do século XX. É uma obra especial, capaz de encantar uma criança de 11 anos que nunca ouvira falar da Revolução Russa, de Stalin, dos Processos de Moscou, da Guerra Civil Espanhola e de toda essa pilha de cadáveres insepultos nos campos de guerra das utopias ideológicas.
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