"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

CÂMARA INSTALA A CPI DO BNDES, QUE PREOCUPA A CPI DO BNDES, QUE PREOCUPA O PT



Marcos Rotta (PMDB) e José Rocha (PR), presidente e relator da CPI
Sob promessas de “serenidade” e investigação “imparcial”, a Câmara dos Deputados instalou nesta quinta-feira a CPI para investigar os empréstimos do BNDES, sem a presença do PT nos dois principais cargos de comando. Com uma chapa única concorrendo, os deputados elegeram Marcos Rotta (PMDB-AM) como presidente e José Rocha (PR-BA) como relator. Por um acordo costurado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o PT ficou de fora do comando.
Cunha é hoje adversário declarado do governo. Ele afirma haver uma dobradinha sigilosa entre o Planalto e o Ministério Público Federal para incriminá-lo na Operação Lava Jato. Adversários afirmam, entretanto, que ele usa o embate político como cortina de fumaça contra as investigações.
O deputado Rotta defendeu que o clima político de crise não deve contaminar a CPI, mas afirmou que há uma intenção de obter informações sigilosas dos empréstimos do BNDES. “Não vamos proteger nem perseguir quem quer que seja”.
Já o relator defendeu “serenidade” e afirmou que vai trabalhar com “responsabilidade e sobretudo com compromisso com o país”.
AGRAVAR A CRISE
Nos bastidores, parlamentares comentam que a CPI pode agravar a crise do governo Dilma Rousseff, ao revelar as condições dos empréstimos do BNDES.
O petista Afonso Florence (BA), um dos vice-líderes do governo, minimizou a exclusão do PT e disse que se deveu a um acordo de lideranças, porque o partido já tem a relatoria da CPI da Petrobras. Florence afirmou que o sigilo em operações do BNDES leva em conta regras internacionais.
“A estratégia de desenvolvimento de empresas desfruta de sigilo em qualquer lugar do mundo civilizado”, afirmou.
A partir de agora, a CPI já começa a receber requerimentos dos parlamentares. Na próxima semana, deve começar a votar os primeiros requerimentos e o plano de trabalho.

07 de agosto de 2015
Aguirre Talento
Folha

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