"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 1 de julho de 2015


“Eu não respeito delator” Presidente Dilma tentando desqualificar as revelações do empreiteiro Ricardo Pessoa  
ASSESSORIA ENGANOU DILMA COM FALSOS NÚMEROS

Um bando de medrosos e uma má gestora inventaram a economia de fantasia no Brasil. A área econômica do governo enganou Dilma sobre contas públicas em 2014, segundo fonte graduada do Planalto, criando a ‘magia’ de duplicar números. Usavam a mesma fonte de receita para dois cálculos diferentes e sequenciais, mas, ao ser usada no primeiro, a mesma receita não poderia aparecer no segundo cálculo. Mas apareceu e deu a percepção de mais fontes de receita do que existem.
  
BALÃO MÁGICO

“Eles mentem e ela acredita”, diz o assessor, dando nomes aos bois: Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro e Banco Central.
  
ME ENGANA QUE EU GOSTO

O relato do assessor graúdo ilustra a péssima capacidade de Dilma de analisar as informações dos ‘mágicos’ da sua equipe econômica.
  
CAROCHINHA

No Ministério do Desenvolvimento, prevalecia o conto da carochinha: Dilma não era informada das angústias do comércio e da indústria.
  
BANDO DE MEDROSOS

Quando se percebia a manobra enganadora da equipe econômica, eles diziam internamente que, se falassem a verdade, Dilma iria ‘explodir’. 
 
PESSOA CONFIRMA PAGAMENTOS A FILHO DE CEDRAZ

O ministro Aroldo Cedraz tentará o apoio dos colegas do Tribunal de Contas da União (TCU), nesta terça (30), contra revelações de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, de que pagava R$ 50 mil por mês a seu filho, advogado Tiago Cedraz, para obter informações na corte. Além disso, em um caso sobre obras bilionárias na usina nuclear de Angra 3, o escritório de Cedraz teria negociado R$1 milhão com a UTC.
  
UM SANTO

O ministro Aroldo Cedraz processa jornalistas que noticiam denúncias envolvendo a influência do seu filho, Tiago, em seu tribunal.
  
CADÊ A INVESTIGAÇÃO?

Em nota, o TCU tentou desqualificar as revelações do empreiteiro Ricardo Pessoa, e não menciona providências para apurar a denúncia.
  
MINISTRO ACUSADO

Ricardo Pessoa não deixou mal apenas os Cedraz, pai e filho: também apontou sua metralhadora giratória para o ministro Raimundo Carreiro.
  
SÉRIO DEMAIS

A viagem do ministro Joaquim Levy aos Estados Unidos, mesmo contra a vontade dos médicos, decorre do fato de que a parte econômica da visita oficial é importante demais para deixar só na mão de Dilma.
  
O PAÍS NA CABECEIRA

Assim que Joaquim Levy deu entrada no Hospital do Coração, em Brasília, sexta-feira à noite, o País prendeu a respiração. O alívio só apareceu quando ele recebeu alta, horas depois.
  
NO GRITO

A esquerda tentará impedir no grito a votação do projeto que reduz a maioridade penal. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, não parece impressionado: diz que vai votar o projeto hoje (30).
  
ARREGLO

O governo apelou ao presidente do Senado, Renan Calheiros, para segurar a medida provisória do reajuste do salário mínimo. Renan ainda não sinalizou se vai facilitar a vida do Planalto.
  
PREJUÍZO OMITIDO?

Assessoria da Andrade Gutierrez alega que o grupo teve prejuízo de R$ 451 milhões em 2014, mas isso não consta nas demonstrações financeiras padronizadas publicadas no site pela AG Participações S.A.
  
LUCRO MUDOU DE NOME

De acordo com os demonstrativos da holding controladora da Andrade Gutierrez, a empreiteira teve lucro líquido de R$ 1,59 bilhão no primeiro mandato de Dilma. O grupo foi o maior “investidor” na reeleição dela.
  
SOBRANDO DINHEIRO

O Impostômetro registrou ontem a marca de R$ 1 trilhão retirados do bolso dos brasileiros em 2015, mas outras receitas do governo federal são bem mais significativas: já chegaram a R$ 1,4 trilhão.
  
SINAL TROCADO

Velha raposa siberiana em Brasília não deixou de notar: ironicamente, nos duelos de vôlei masculino do fim de semana, a Rússia jogou de azul, os Estados Unidos de vermelho. E os americanos ganharam.
  
PERGUNTA NA LAVA JATO

Dilma respeita delator que, como Ricardo Pessoa, documenta suas delações?
  
PODER SEM PUDOR O GOVERNADOR REPROVADO

Enquanto preparava o livro sobre o avô, a deputada estadual Juliana Brizola (PDT-RS) lembrou da professora aposentada e ex-líder sindical, de 90 anos, que a procurou em seu gabinete para contar que reprovou Leonel Brizola por meio ponto, reencontrando o ex-governador gaúcho décadas depois, numa negociação salarial:

- Guria, como eu podia imaginar que o aluno que reprovei por meio ponto viria a se tornar governador?

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“Defender o PT é missão impossível”
Deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) sobre os múltiplos escândalos da era petista


 

Sócios, Duque e Zelada não perderam contato

O ex-diretor Internacional da Petrobras Jorge Zelada almoçou ontem com o filho de Renato Duque, ex-diretor de Serviços, que foi preso em março após transferir da Suíça para Mônaco 20 milhões de euros (R$ 67,6 milhões). Documentos enviados à força-tarefa da Lava-Jato por autoridades de Mônaco apontam que Duque e Zelada controlam contas bancárias de empresas constituídas no paraíso fiscal do Panamá.

Comida portuguesa

Zelada e o filho de Duque almoçaram falando baixo na rua do Ouvidor, nº 10, no restaurante Rio Minho, no centro do Rio de Janeiro.

Nada inocente

Jorge Zelada disse na CPI da Petrobras que de nada sabia, mas ele tem 12 milhões de euros (R$ 40,6 milhões) bloqueados em Mônaco.

Preto no branco

A Lava Jato tem fichas de abertura de contas e assinaturas de Duque e de Zelada em Mônaco, onde deixaram cópias dos seus passaportes.

Sociedade

Atas das empresas que Renato Duque e Jorge Zelada abriram no Panamá indicam os dois como os operadores das contas bancárias.

Lava Jato atinge o coração do governo Dilma

A Operação Lava Jato atingiu o coração do governo Dilma, com a revelação de que dois ministros da sua maior intimidade, Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação Social), também se beneficiaram do esquema de corrupção. Ambos foram delatados, sob acordo de delação premiada por Ricardo Pessoa, dono da UTC e acusado de chefiar o clube de empreiteiras que roubou a Petrobras.

Apenas ‘doação’

Mercadante admitiu o recebimento de R$ 250 mil a título de doação da UTC para campanha, em agosto de 2010, registrada no TRE.

Doação = propina

O entendimento da força-tarefa da Lava Jato é que “doações para campanha” foram uma maneira de pagar propina a autoridades.

Entorno de Dilma

Ex-ministros citados na Lava Jato: Antonio Palocci, Fernando Bezerra, Cid Gomes, Gleisi Hoffmann, Mario Negromonte e Edison Lobão.

Visita chapa-branca

Antes de viajar, Lindbergh Farias (PT) tentou convencer Aécio Neves (PSDB-MG) que a comitiva chapa-branca a Caracas não desrespeitava os colegas hostilizados por milicianos chavistas. Não conseguiu.

Na gafieira

Ninguém mais arrisca o futuro da economia brasileira. Analistas sérios avisam: quem “cravar” previsão, está chutando, delirando ou passando recado. Nem pistonista da gafieira botará de volta “as coisas no lugar”.

Barganha

O jogo de empurra sobre as nomeações do segundo e terceiro escalão do governo federal tem irritado os aliados. Eles avaliam que o Planalto vai segurar os cargos até concretizar todo o ajuste fiscal.

Prazo

Os tucanos estão desautorizados a levantar bandeira do impeachment de Dilma. Ao menos por ora. A ordem é deixar o governo sangrar. Já fizeram isso antes com Lula, que estancou a hemorragia e se reelegeu.

Calote iminente

O governo chinês sinaliza que não vai mais soltar dinheiro para a Venezuela, até porque teme um calote nos US$ 37 bilhões que o China Development Bank enfiou no regime chavista nos últimos sete anos.

Integração

O Exército desenvolve um sistema de comunicação que integra as forças armadas e polícias das principais cidades, em razão das Olimpíadas. Vai desembolsar R$ 7 milhões nesse projeto, o Sisnacc.

Azedou

É grande a mágoa de petistas com Lula após as bordoadas no início da semana. Destaca-se o líder do governo na Câmara, José Guimarães, e o ministro Aloízio Mercadante (Casa Civil). O sentimento é recíproco.

Mea culpa

Na reunião que fez com religiosos, o ex-presidente Lula foi orientado a pedir perdão à base social e unir o partido para recuperar o eleitorado. Ao contrário, Lula disparou contra o PT e multiplicou os desafetos.

Bomba na rede

“Agora só falta colocar o Brahma no engradado…”

PODER SEM PUDOR

A urna transparente


Na campanha presidencial de 1989, Ulysses Guimarães era candidato do PMDB, na época também o partido de Miguel Arraes. Mas numa reunião com lideranças do interior de Pernambuco, Arraes pregou o voto em Lula. À saída do encontro, o assessor Francisco Simões perguntou ao ex-governador:

- E o Dr. Ulysses?

- Que é que tem?

- O senhor não vai votar nele?

- Claro que vou votar no Ulysses!

- Não entendi, dr. Arraes...

- Você ainda não entende essas coisas. Já pensou se na "minha" urna não aparece nenhum voto pro Ulysses?

quinta-feira, junho 25, 2015


Congresso e TSE juntos - MERVAL PEREIRA

O GLOBO - 25/06

Pode estar sendo inaugurada no país uma maneira civilizada de reduzir a judicialização da política. Parlamentares e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) com assento no Tribunal Superior Eleitoral ( TSE) estiveram reunidos em Brasília, na casa do presidente do Congresso, Renan Calheiros, para uma troca de ideias sobre temas que dizem respeito aos dois Poderes na reforma política.

O ponto mais importante tratado foi a redução do número de partidos, já que todos concordam que a discussão de questões fundamentais fica fragmentada com 28 partidos com representação no Congresso, dificultando decisões de consenso. A proibição pelo Supremo das cláusulas de barreira, que entrariam em vigor em 2007, parece a todos hoje, políticos e ministros, um erro, mas o fim das coligações nas eleições proporcionais pode ser um ponto a ser recuperado pelo Senado para reduzir o total de partidos.

A solução será tratar o assunto num projeto de lei, sugestão do presidente do TSE, Dias Tofolli, já que uma emenda constitucional, por ter sido rejeitada pela Câmara, só poderia tratar do mesmo tema na próxima legislatura. O financiamento de campanhas eleitorais também foi discutido, e o ministro Gilmar Mendes aprovou a forma como foi feita pela Câmara, através de emenda, pois o tema está sendo discutido no STF sob a alegação da OAB de que o financiamento privado seria inconstitucional por desequilibrar a disputa em favor dos candidatos com mais dinheiro para campanha.

O ministro Gilmar Mendes, que pediu vista quando já havia maioria de votos contra o financiamento privado, pretende liberar seu voto assim que o Congresso definir a questão. Com isso, a ação de inconstitucionalidade ficará prejudicada. A limitação das doações eleitorais é um assunto que preocupa o ministro Dias Tofolli, que sugeriu aos parlamentares que impusessem um teto que não desse margem a distorções, como na legislação atual, que fixa em 2% do faturamento da empresa esse limite, considerado excessivo. O presidente do TSE sugeriu R$ 1 milhão por empresa, e houve quem defendesse que cada doador possa financiar apenas um candidato a cada cargo eletivo. Ou um partido, se permanecer a fórmula aprovada na Câmara.

A questão do tamanho dos mandatos continua impedindo uma definição sobre o fim ou não da reeleição. Como não se chega a um consenso, a tendência é permanecer tudo como está - 4 anos para deputados e 8 para senadores -, o que faria com que o presidente da República ficasse também com um mandato de 4 anos, sem reeleição, considerado curto por consenso. Se o impasse não for superado, é possível que a reeleição seja mantida pelo Senado.

Aproveitando a ocasião, o ministro Gilmar Mendes fez campanha para que a Câmara adiasse a entrada em vigor do novo Código de Processo Civil (CPC). Ele alega, com o apoio de vários colegas de tribunais superiores, mas com a oposição da Ordem dos Advogados do Brasil, que o novo Código, ao ampliar a possibilidade de as partes levarem suas demandas ao STF ou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), vai na contramão da reforma do Judiciário, que instituiu a repercussão geral e a súmula vinculante, institutos constitucionais que limitam o número de demandas que chegam à Corte e dão efeito multiplicador às decisões do STF, que precisa decidir apenas uma vez a questão constitucional, com a solução devendo ser repetida nas instâncias ordinárias.

Atualmente, uma vez decidida a questão pelo STF, cabe aos tribunais de origem aplicar o entendimento em cada caso concreto. Feita essa aplicação, a demanda acaba. O novo CPC criou mais um recurso ao STF: caberá a ele examinar se a aplicação do seu entendimento foi feita corretamente, tornando a Corte responsável por revisar, novamente, cada um dos casos repetitivos. Além disso, o art. 988, IV, do novo CPC, torna possível a reclamação direta ao STF contra qualquer decisão, de qualquer instância, que trate de questões constitucionais resolvidas pelo STF. Em vez de adiar a entrada em vigor do CPC, houve um acordo para que o Congresso aprove um projeto de lei que restabeleça o juízo de admissibilidade dos recursos nos tribunais de origem das ações. 


O vício da Mediocridade - JOSÉ SERRA

O Estado de S. Paulo - 25/06

 A característica definidora de um governo ruim é não querer melhorar

Os tropeços do modelo de ajuste econômico implantado pelo governo Dilma não surpreendem. Trata-se de uma frustração anunciada. Como eu disse no Senado no início de março, vaticinando o que viria, estamos diante de um oxímoro perfeito: um ajuste desajustado. Os principais objetivos – promover o equilíbrio fiscal, deter a inflação e melhorar as expectativas dos agentes econômicos – não só não foram atingidos, como ficaram mais distantes.

O comportamento da inflação derrubou as projeções e ela chegará perto dos 10% ao longo do ano. Isso era previsível, dado o tamanho dos reajustes dos preços administrados – energia, combustíveis e transporte –, além da resiliente indexação da economia.

As metas fiscais eram irrealistas e o déficit primário aumentou de 0,6% a 0,8% do PIB (12 meses) entre dezembro e abril. O déficit nominal cresceu de 6,2% a 7,5%% do PIB no mesmo período. Isso também era previsível, graças, de um lado, à queda das receitas do governo (perto de 5% real), derivada da recessão, e, do outro, à aloprada política de juros.

Desde que Dilma se reelegeu, o reajuste acumulado da taxa de juros (Selic) chegou a 2,75 pontos porcentuais. Os aumentos prosseguiram, apesar de a economia continuar desabando, de não haver pressão de demanda e de a diferença entre as taxas brasileiras e as do exterior serem imensas (cerca de 0% nos EUA e na Europa). São aumentos fúteis, mas que, além de derrubarem os investimentos e a atividade econômica, levando junto empregos e arrecadação, entram na veia do déficit público: o custo anualizado para o Tesouro da elevação dos juros é da ordem de R$ 38 bilhões!

O ônus social e político do ajuste desajustado para o governo Dilma ainda está por se manifestar plenamente. O desemprego, que saltou de 4,9% para 6,4% entre abril de 2014 e abril deste ano, caminha para 9% até dezembro, segundo projeção do professor J. R. Mendonça de Barros, que estima a queda do PIB de 1,5% a 2% em 2015 e crescimento zero em 2016. Alguém duvida que, como consequência, a crise política se agravará ainda mais no segundo semestre?

Aliás, se há um terreno em que o desempenho do governo deixa a desejar, é precisamente o das expectativas, que, no mundo econômico de hoje, funcionam cada vez mais como profecias que se autorrealizam. A sinalização de caminhos – frentes de expansão capazes de puxar a economia – é essencial para que políticas de ajustes funcionem melhor. Mas isso é tudo o que o governo não faz. Sem esforço, podemos identificar três frentes possíveis e necessárias: exportações, infraestrutura e petróleo.

No comércio exterior continuamos galhardamente aprisionados na Papuda da união alfandegária do Mercosul, segundo a qual renunciamos à nossa soberania comercial: qualquer acordo de livre-comércio com outro país precisa ser aprovado pelos sócios: Argentina, Uruguai, Paraguai e, agora, Venezuela.

Quanto à infraestrutura – portos, aeroportos, ferrovias, estradas, hidrovias, energia, que turbinam o custo Brasil –, tardiamente se anunciou um plano, dificultado pelos juros elevados, que afastam parceiros privados, e pelos cortes de 36% dos investimentos federais. E para culminar, o toque cucaracha: o novo anúncio substituiu a alucinação do trem-bala Rio-São Paulo pela Ferrovia Transperuana, que supostamente abriria o caminho do Pacífico à economia brasileira. Só que sai mais barato exportar a soja do Brasil Central para a China via Porto de Santos ou Paranaguá que pela ferrovia do Pacífico: US$ 46 menos por tonelada, segundo Blairo Maggi. Mas miragem do projeto não é inofensiva: ao contrário, contribui para tirar a seriedade do anúncio e a piorar as expectativas.

No setor do petróleo, tudo ia bem até o acesso de megalomania que acometeu os governos petistas em relação à empresa, com os imensos e desastrosos investimentos em refinarias (prejuízos de R$ 80 bilhões), o loteamento político de cargos estratégicos e o arrocho dos preços dos combustíveis (prejuízos de R$ 60 bilhões) – estratégia oportunista para segurar a inflação. Assim a dívida líquida da Petrobrás chegou a R$ 330 bilhões, equivalentes a cinco vezes a geração de caixa operacional da empresa. Tanto é que a atual diretoria da estatal programou a venda de ativos da ordem de US$ 14 bilhões!

Em 2010, e como estratégia da eleição presidencial, o regime de concessão para a exploração do pré-sal foi substituído pelo de partilha. Estabeleceu-se que a Petrobrás deveria ser o operador único de cada área licitada e financiar pelo menos 30% do investimento necessário. Entre as discussões e definições sobre a mudança de método, e as dificuldades da Petrobrás para cumprir a nova obrigação, o Brasil ficou cinco anos sem leilões (2008-2013), levando a uma semiestagnação da indústria petrolífera.

Por isso mesmo, apresentei no Senado projeto que retira a obrigatoriedade de a Petrobrás ser a operadora única do pré-sal e de bancar 30% dos custos de investimentos. Hoje ela não tem dinheiro nem capacidade para cumprir esse papel. Garanto que os dirigentes mais responsáveis da empresa apoiam a medida, que, por outro lado, permitiria dinamizar a exploração do pré-sal. Aliás, a Petrobrás pôs em marcha um plano de venda de ativos de quase US$ 14 bilhões!

Soberania ameaçada? Invasão das transnacionais? Tudo delírio. A Petrobrás detém reservas equivalentes a 40 vezes sua produção anual! Mais ainda, a lei de 2010 permite que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) entregue à empresa, sem licitação, áreas que considere estratégicas. Meu projeto não mexe nisso nem no regime de partilha. (Ou seja, se aparecer um Kuwait dentro ou fora do pré-sal, o CNPE pode imediatamente entregá-lo à Petrobrás.)

Meu propósito é ajudar a recuperação da Petrobrás e a dinamização da produção nacional de petróleo. Uma contribuição à melhora das expectativas sobre a economia brasileira, mas o Palácio do Planalto se opõe.

A característica definidora de um governo ruim é não querer melhorar. O governo ruim se intoxica com a própria mediocridade. Vicia-se nela.


COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“A soltura permitirá a reorganização das atividades ilícitas” 
Desembargador João Pedro Gebran Neto, negando liberdade a Otávio Azevedo, da AG

 

LULA AVALIA PROMOVER ‘EXPURGO’ NO PT E SE SAFAR

O ex-presidente Lula tem sido aconselhado por setores do próprio PT a promover um “expurgo”, de inspiração stalinista, de petistas acusados de corrupção. O expurgo seria por meio de desligamento “voluntário”, sempre “em nome do projeto”, ou com a expulsão dos que não aceitem a solução. O objetivo do expurgo seria tentar safar o próprio Lula no caso Lava Jato e viabilizar sua nova candidatura presidencial, em 2018.

COMEÇOU A OPERAÇÃO

Lula resistiu ao expurgo, mas suas recentes críticas ao PT e seus elogios ao “projeto” sinalizam que ele passou a considerar a ideia.

O GRANDE EXPURGO

O expurgo no PT é inspirado no “grande expurgo” promovido de forma violenta pelo ditador Joseph Stalin no Partido Comunista soviético.

EXPURGO À BRASILEIRA

O expurgo sob exame no PT não cogita utilizar, claro, os mesmos métodos de Stalin, que mandou matar 98 dos seus 139 companheiros.

REFERÊNCIA PETISTA

Stalin – tirano idolatrado por figurões do PT – assassinou dois terços do PC, entre 1934 e 1939, incluindo o dissidente Leon Trotsky.

SP: PF PERICIA DOCUMENTO QUE IMPLICA PREFEITO

Documentos que atestariam uma movimentação financeira suspeita de familiares do prefeito de São Caetano (SP) foram levados à Polícia Federal, em São Paulo, para perícia. Esses documentos contam a história da abertura de uma empresa, em Miami, em nome da mulher e do filho de 19 anos do prefeito. Em poucos meses, a empresa Pinheiro Brokers Company faturou US$ 1,7 milhão (R$ 5,2 milhões).

NAS MÃOS DA PF

Na PF, os documentos entregues para perícia receberam o protocolo Siapro SR/DPF/SP 08500.041146/2015-71.

PREFEITO: ‘SÃO FALSOS’

O prefeito de São Caetano, Paulo Nunes Pinheiro (PMDB), diz que os papéis são falsos e os atribui ao antecessor José Auricchio Jr (PTB).

FORMA DE CHANTAGEM

O chefe de gabinete do prefeito garante que é tudo mentira, “uma forma de chantagem”. E que até boletim de ocorrência foi registrado.

LEGADO DO PT

Blog dedicado a tecer loas ao tesoureiro petista João Vaccari Neto, que está recolhido aos costumes na penitenciária de Curitiba, enfatiza que defendê-lo “é defender o legado do PT”. Mensalão e petrolão?

SÓ O MOTORISTA É OFICIAL

Defensora da inclusão, a ministra Tereza Campello (Combate à Fome) nem sempre tem tempo de levar a filha ao exclusivo colégio Seriös, de Brasília. Mas o motorista oficial usa o carro particular da distinta.

A CÂMARA SOU EU

Criticado por ignorar a comissão que analisou a reforma política, desautorizando o relator Marcelo Castro (PMDB-PI), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, apresentou Proposta de Emenda à Constituição (PEC) extinguindo comissões que analisam... PECs.

EXISTEM EX-GAYS?

Ficou lotada ontem a audiência pública proposta pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP) para ouvir depoimentos de “ex-gays”. Mas os curiosos queriam apenas conferir o que julgavam não existir.

FATOR VITAL

O Planalto acusa de “ingratidão” Vital do Rêgo, ministro do Tribunal de Contas da União: acha que ele vai pegar pesado nas pedaladas fiscais. Mas Vital deve sua nomeação no TCU a Renan Calheiros, não a Dilma.

RUMO AO PLANALTO

Publicamente, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) desconversa sobre sua eventual candidatura à Presidência da República em 2018. Mas, no papo reservado, ele se revela cada vez mais animado.

COBRANÇA DE LÍDICE

A senadora Lídice da Mata (PSB-BA), que lidera a bancada de esquerda no Senado, cobra da mesa diretora a constituição da CPI da CBF, proposta pelo correligionário Romário (RJ).

FIM DA TRÉGUA

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que tinha acenado a bandeira branca para Dilma, voltou a criticar o Planalto. Acusa o governo de promover o retrocesso econômico e social com o arrocho fiscal.

PENSANDO BEM…

…o pioneirismo é mesmo a marca do PT: nunca antes na história do homo sapiens um partido chegou ao poder para ser preso.

PODER SEM PUDOR

SOBRINHO FARRISTA

Garotão nomeado chefe de gabinete do tio governador do Ceará, certo dia, foi detido numa blitz no carro oficial do chefe, com duas mulheres que conheceu numa boate. Deu a carteirada, gritando de dentro do automóvel:

- Sou o governador, não quero ninguém aqui!

O tio foi informado do incidente e cobrou explicações.

- Mas, tio, o que eu podia fazer, naquela situação? - indagou.

- Poderia se identificar como sendo o Menezes Pimentel, que é viúvo.

Naquela época em que Viagra era um sonho ainda distante, o senador Menezes Pimentel tinha mais de 90 anos.

quarta-feira, junho 24, 2015


A Revolução Cultural de Lula - MERVAL PEREIRA

O GLOBO - 24/06

Não é sem razão que o líder do PT José Guimarães teve coragem para se levantar contra as críticas de Lula ao PT. Ele faz parte de uma elite política que galgou degraus na hierarquia partidária a partir da abertura de vagas provocada pela prisão dos principais líderes do partido.

Quando um assessor seu foi preso num aeroporto com dólar escondido na cueca, José Guimarães não era ninguém em nível nacional, onde reinava seu irmão Genoino, condenado no mensalão e posteriormente anistiado pela presidente Dilma.

Alguns anos depois do mensalão, lá está Guimarães no primeiro plano. E logo agora vem Lula querer uma revolução interna? Lembro- me bem de uma cena icônica do alpinismo social que tomou conta das figuras proeminentes do PT assim que chegou ao poder.

Numa mesa do restaurante Antiquarius, no Rio, o recém- eleito presidente da Câmara, João Paulo Cunha, hoje em prisão domiciliar, o professor Luizinho e outras figuras menos conhecidas na época ( talvez até mesmo o próprio José Guimarães) tomavam um porre de licor francês, embriagados de poder.

Guimarães pode nem saber direito, mas está estrebuchando contra o que pressente ser uma manobra de Lula contra seus interesses. "O PT precisa urgentemente voltar a falar pra juventude tomar conta do PT. O PT está velho. (...) Fico pensando se não está na hora de fazer uma revolução neste partido, colocar gente nova, mais ousada, com mais coragem. Temos que decidir se queremos salvar nossa pele e os nossos cargos, ou nosso projeto. E acho que precisamos criar novo projeto de organização partidária neste país".

Fora o ato falho de falar em "livrar nossa pele", quase uma confissão, Lula está tentando fazer sua pequena Revolução Cultural dentro do PT, e pode sobrar para gente como Guimarães. A Revolução Cultural foi comandada pelo então líder do Partido Comunista Chinês, Mao Tsé-Tung, para neutralizar o fracasso do plano econômico Grande Salto Adiante, que gerou a morte de milhões de pessoas devido à fome generalizada.

A oposição crescente a Mao no interior do partido foi atacada pelos "comitês revolucionários", formados por jovens radicais que seguiam cegamente o pensamento de Mao e desmoralizavam os intelectuais e membros mais antigos do partido que o criticavam.

Não chegamos a esse ponto no PT, mas, à sua maneira, Lula, como faziam os jovens chineses com os críticos de Mao, está pondo metafóricos chapéus de burro em Dilma e em todos os petistas que, como Guimarães, acham que ele, no momento, mais atrapalha do que ajuda com essas sessões de terapia pública que tem feito.

E não é à toa que o senador Lindbergh Farias voltou a ser o cara- pintada de outrora para defender Lula das críticas de Guimarães. Uma disputa de gerações petistas, boa para Lula, que está tentando salvar a sua pele, fingindo que quer salvar o PT.

Todo o desvario de Lula nos últimos dias tem a ver com a Lava-Jato, que o pega em momento de fragilidade do governo, do PT e de sua própria figura, antes inatacável, hoje exposta às críticas da opinião pública.

Por isso mesmo, o truque que deu certo diversas vezes hoje tende a não dar. Toda esta crise petista tem a ver com Lula, foi ele quem levou o partido para acordos políticos deletérios, em nome de um pragmatismo político que cobra seus custos.

O aparelhamento do Estado, uma das características do governo petista desde o primeiro momento, foi uma estratégia montada por Lula e José Dirceu para tomar conta do poder central. A ampla coalizão partidária sem nexo programático e sem cobranças morais, que acabou em mensalões e petrolões, saiu da cabeça de Lula e Dirceu, que muito antes de o PT chegar ao poder central já praticavam essa promiscuidade entre o público e o privado nas prefeituras controladas pela sigla.

A morte do prefeito Celso Daniel, exemplar da consequência extrema desse tipo de política fisiológica, precedeu a eleição de Lula para a Presidência em 2002 e o mensalão de 2005.

Dilma, que para Lula estaria com ele no "volume morto", foi criação única e exclusiva do ex- presidente; a "nova matriz econômica" começou a ser colocada em prática na metade de seu 2 º governo, e deu no que deu.

Lula agora tenta dissociar- se dela e do PT, que está "velho" e só pensa em "empregos, em vencer eleições". No último momento, com um salto triplo carpado, o grande canastrão tenta dar uma reviravolta política no destino decadente que se avizinha. 

segunda-feira, junho 22, 2015


Fini! - RICARDO NOBLAT

O GLOBO -22/06

"Dilma está no volume morto. O PT, abaixo do volume morto. Eu estou no volume morto". Lula 

Começar por onde? Pelo aumento do desemprego? Ou da rejeição a Dilma, agora na casa dos 65%? Pela decisão do Tribunal de Contas da União de pedir explicações ao governo sobre manobras fiscais? A decisão pode dar vez a um processo de impeachment contra Dilma. Ou começar pelo desabafo de Lula detonando Dilma, o PT e ele próprio? Ou ainda pela prisão surpreendente dos dois maiores empreiteiros do país?

A PRISÃO DOS empreiteiros remete à Queda da Bastilha. Só havia por lá sete presos quando o povo de Paris tomou-a de assalto. Os presos foram libertados. A cabeça do diretor da prisão desfilou pela cidade espetada na ponta de uma lança. A Bastilha era um símbolo do poder absolutista dos reis. Sua queda virou um marco da Revolução de 1789 que mudou a França e repercutiu no mundo todo.

ATÉ QUE A Bastilha fosse destruída, tinha-se como inconcebível que a ralé pegasse em armas para varrer o regime. Os reis eram figuras divinas. Por aqui, parecia inconcebível que Marcelo Odebrecht, herdeiro de um império que faturou R$ 107 bilhões no ano passado, fosse parar na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, obrigado a comer quentinhas. Ele e o presidente da Andrade Gutierrez.

E NÃO SÓ pela fortuna que Marcelo amealhou, capaz de realizar todos os seus desejos de consumo, e também os desejos das próximas gerações dos Odebrechts. Mas, principalmente, pelas conexões políticas e econômicas que Marcelo estabeleceu com políticos e governantes daqui e de uma dezena de países. Lula virou seu empregado. E, junto com Dilma, refém do que Marcelo sabe.

SE O MAIS poderoso empresário brasileiro decidisse colaborar com a Justiça, a República literalmente cairía. Imagine se viessem à luz detalhes de um dos encontros de Marcelo com Dilma no ano passado, quando ele fez um circunstanciado relatório sobre os bastidores dos negócios entre as empreiteiras e a Petrobras? Por essa e outras, ele jamais imaginou que seria preso.

EM NOVEMBRO último, durante encontro com os executivos do Grupo Odebrecht em Costa do Sauípe, na Bahia, Marcelo se sentia tão inatingível que os aconselhou: "Se algum de vocês for preso, conte tudo. Que eu me apresentarei e contarei tudo" Não se animem! O maior patrimônio de Marcelo, a essa altura, não é a Odebrecht. É sua memória. E os documentos que guarda. Não falará.

LULA ESTÁ furioso com a companheira Dilma. Ele a acusa de não ter usado o poder do cargo para impedir que a Operação Lava-Jato, comandada pelo juiz Sérgio Moro, chegasse até onde chegou. Mas como Dilma poderia atender à vontade de Lula se ela se reelegeu com base em mentiras, lidera um governo cada vez mais fraco, e seu desempenho só é aprovado por 10% dos brasileiros?

O FATO É que Lula cobra de Dilma o que ela não pode dar. Ou talvez não queira dar. Poucas coisas boas ficarão do período Dilma. Uma delas, a justa fama de não ter atrapalhado o combate à corrupção. As críticas de Lula a Dilma, compartilhadas com os religiosos que o visitaram no Instituto Lula, deixam nu um político que não entende a real dimensão da crise do PT e da esquerda.

A CRISE DERIVA de erros cometidos por Lula e Dilma. O pai da crise é ele. A mãe, ela. De nada adianta Lula sugerir a Dilma que vá para a rua falar com o povo. Ela não tem o que dizer. O PT, tampouco. Envelheceram o discurso e os métodos do Sr. "Brahma," como Lula foi chamado por alguns empreiteiros. É um ciclo político que se esgotou. Apenas isso, e nada mais.


COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

Mesmo contra, Levy terá de defender ‘pedaladas’

O ministro Joaquim Levy (Fazenda) anda constrangido com a ordem que recebeu do Planalto: defender o crime financeiro conhecido por “pedaladas fiscais”. Tem dito a amigos que foi chamado para “consertar o futuro” e não para justificar os erros de outros. O ministro acha a manobra contábil criminosa, mas terá de usar sua credibilidade para ajudar Dilma a se safar de punições da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Blindagem
Mediante acordo de “blindagem” no TCU e na Justiça, o ex-secretário do Tesouro, Arno Augustin, assumiu responsabilidade pelas pedaladas.

Constrangimento
Arno Augustin é investigado no crime das “pedaladas”, mas foi só um auxiliar. Pela Lei, a responsabilidade e as contas são da presidente.

É crime
Em cada dez auditores do Tribunal de Contas da União e a maioria dos ministros se convenceram da conduta criminosa das “pedaladas”.

‘O céu é o limite’
Mais um pouco e acabam em CPI as ofertas de emissários do governo para que ministros do TCU alterem posição no caso das “pedaladas”.
E-mail suspeito na Odebrecht cita um certo ‘André’
O chamado mercado morre de curiosidade para saber quem é o André citado no e-mail que é uma das provas que levaram à prisão de Marcelo Odebrecht, presidente da poderosa empreiteira. O e-mail faz referência ao sobrepreço de US$ 25 mil por dia em um contrato de operação de sondas. Na época, já estava em operação a Sete Brasil, do banqueiro André Esteves, fornecedora de sondas à Petrobras.

Chave de cadeia
O e-mail suspeito é de Roberto Prisco Ramos para Marcelo Odebrecht, Fernando Barbosa, Marcio Faria e Roberto Araújo, vários deles presos.

Sobre-preço
O e-mail tem o tom de relatório: “Falei com o André em um sobrepreço no contrato de operação da ordem de $20-25000/dia (por sonda)”.

Manipulação
Em outro trecho, o e-mail sugere “envolver” a UTC e OAS, para que não se tornem concorrentes em “afretamento e operação de sondas”.

Burras cheias
Preso, sexta-feira, Marcelo Odebrecht preside, a empreiteira que mais faturou na era Lula e Dilma, de quem é amigo próximo. No total, a Odebrecht faturou 53% dos R$ 71 bilhões gastos com empreiteiras.

Eles voltarão
Os malucos chavistas não perdem por esperar. Só faltou os senadores agradecerem a anta Nicolás Maduro pela repercussão mundial das hostilidades em Caracas. Breve, muito breve, a comissão vai voltar.

Tungados
O impostômetro já bateu a marca de R$ 950 bilhões arrecadados, e o ano nem sequer chegou à metade. E pensar que grande parte dessa tunga aos contribuinte já foi tungada pelos esquemas de corrupção...

PP faz cara feia
O PP se reúne, esta semana, para discutir e oficializar o desembarque do blocão de partidos aliados do governo na Câmara. Cansou de ser “linha auxiliar” do PMDB, partido para o qual tem perdido cargos.

Tomando mais um
Para azedar ainda mais as relações com o PP, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), vai entregar ao vice Michel Temer sua indicação para a direção da CaixaPar. A estatal é feudo do PP.


Demaquilante
Parlamentares duvidam que Dilma consiga convencer o TCU a aprovar as contas do seu governo. Dizem que se nem a romaria de políticos e ministros conseguiu, não será Dilma, “miss simpatia”, que o conseguirá.

Conversão carioca
Ex-assessora de FHC, a jornalista Ana Tavares, agora radicada no Rio, rompeu com o Santos, desde a venda de Neymar, para se converter a um novo e também glorioso alvinegro: o Botafogo.

Merecido
Um raro idoso a não ser prejudicado pelo Trio Malvadeza (Carlos Gabas, Nelson Barbosa e Joaquim Levy), o cavalo Galeto recebeu uma bonita homenagem pelos 30 anos de serviço à Polícia Militar do DF.

Caminho das Índias
A Lava-Jato da PF descobriu que o apelido de Lula na OAS, do “amigo sogro”, era “Brahma”. No caso, “deus” líquido e certo do esquema.


o poder sem pudor ‘Cobras’ à espreita
Jânio Quadros nunca teve muito apreço por jornalistas. Considerava-os como a serpentes. No final dos anos 80, prefeito paulistano, ele foi à casa do deputado estadual Fauze Carlos (PTB) para se encontrar com o presidente nacional do partido, Paiva Muniz. Deparou-se com dois jornalistas, que, claro, logo pediram uma “conversa rápida”.
— Ah, são só dois?...
Os repórteres se animaram, mas só até ele completar, às gargalhadas:
— ...e não dá para um comer o outro, e ficar um só?

domingo, junho 21, 2015


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