"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 31 de maio de 2015

GOVERNADOR MINEIRO DIZ QUE INVESTIGAR SUA MULHER É UM ERRO



Pimentel: convite do Senado (Foto: AE)
Pimentel diz que documentos inocentarão a esposa
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), chamou de “erro clamoroso” a investigação de uma empresa da primeira-dama na Operação Acrônimo, da Polícia Federal, e disse que apresentará esclarecimentos ao órgão que permitirão excluir Carolina Oliveira do inquérito.
Pimentel convocou a imprensa para uma entrevista no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, na tarde deste sábado (30). Ele disse que o mandato de busca e apreensão no apartamento alugado em Brasília em nome de sua mulher foi expedido com base em uma fundamentação inverídica.
“O mandato de busca e apreensão foi expedido com base numa alegação, numa definição inverídica, absolutamente inverídica. Portanto, a Carolina está sendo vítima de um erro, um equívoco que eu tenho certeza que vai ser corrigido”, disse.
COMO CIDADÃO…
Visivelmente abatido, Pimentel afirmou que prestava esclarecimentos à opinião pública não como governador, mas como cidadão, e que, na segunda-feira (1º), irá apresentar à Polícia Federal os documentos necessários para que Carolina seja excluída do inquérito.
“Os esclarecimentos que vamos levar às autoridades competentes, ao juiz, ao Ministério Público e à própria Polícia Federal são mais do que suficientes para permitir a exclusão da Carolina desse inquérito”, disse.
Pimentel disse ainda que não acredita que haja “má-fé” por parte da PF na investigação e que confia na Justiça brasileira.
Carolina não participou da coletiva, segundo o governador, por orientação médica, já que está grávida e teria ficado muito abalada com os fatos recentes.
FALA O ADVOGADO
O advogado de Carolina Oliveira, Pierpaolo Bottini, negou que a Oli Comunicação, que pertence à sua cliente, seja uma empresa de fachada, conforme aponta relatório da PF obtido pelo jornal “O Globo” e pela revista “Veja”.
A Oli Comunicação é investigada sob suspeita de ter sido usada por um grupo criminoso que atuaria em campanhas políticas do PT.
Bottini disse que a firma nunca prestou serviços para empresas públicas nem para partidos políticos e que esteve ativa apenas de 2012 a 2014. Ele afirmou que a empresa ocupou o imóvel até julho de 2014 e que, depois, uma das firmas do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, preso nesta sexta-feira (29) pela PF sob suspeita de associação criminosa, funcionou no mesmo endereço.
AMIGO DE PIMENTEL
Bené, como é conhecido, atua no ramo de gráfica, publicidade e organização de eventos e é ligado ao PT e ao governador Fernando Pimentel. Desde 2005, suas empresas receberam ao menos R$ 525 milhões em contratos com o governo federal.
Durante a operação, a PF fez buscas em um apartamento em Brasília usado até o ano passado como residência da mulher de Pimentel.
Um levantamento da Folha apontou entre os principais clientes das empresas de Bené os ministérios da Saúde, com R$ 105 milhões, das Cidades (R$ 56 milhões) e do Desenvolvimento Social (R$ 21 milhões).
Na campanha de Pimentel de 2014, o PT pagou R$ 3,2 milhões por serviços prestados pela gráfica de Bené.

31 de maio de 2015
Adriano Boaventura
Folha

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