"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

FORMAS DE LUTA PARA A TOMADA DO PODER


“Onde existir um governo que tenha subido ao poder por alguma forma de consulta popular, fraudulenta ou não, e mantenha pelo menos uma aparência de legalidade constitucional, é impossível a implantação da luta armada, por não estarem esgotadas as possibilidades de luta cívica”(Che Guevara)

Sabe-se que o marxismo-leninismo não vincula o movimento revolucionário a nenhuma forma particular de luta e que desenvolve diferentes formas e métodos de atuação. Cada vez mais leva em conta que a escolha dos meios para libertar um país e a sociedade não mais dependem exclusivamente do proletariado e de seus aliados, o que lhes impõe a necessidade de dominar todas as formas de luta.

A teoria revolucionária engendrada pelo marxismo-leninismo não exclui nenhuma forma de luta, quer pacífica, quer não-pacífica, uma vez que cada tipo de luta depende apenas do nível de consciência e de organização das massas e da correlação das forças sociais e políticas.

A única questão é determinar quando e em que situação é necessário recorrer a uma ou outra forma de luta.

Aventureirismo perigoso e inconseqüente é como os comunistas definem o recurso à luta armada antes que as condições objetivas e subjetivas estejam amadurecidas, tornando sua utilização inoportuna e inconseqüente.

A luta armada, como princípio do marxismo-leninismo, é inerente aos partidos comunistas de todo o mundo, e apenas uma questão de oportunidade. Segundo Lênin, “a classe revolucionária, para realizar sua tarefa, deve saber dominar todas as formas ou aspectos de luta, sem a mínima exceção, e deve estar preparada para a mais rápida e inesperada substituição de uma forma de luta por outra”.

Aqueles que conduzem a luta contra os partidos comunistas devem ter presente que a ciência do marxismo ortodoxo descarta como ambíguos os raciocínios que admitem a possibilidade dos comunistas assumirem o Poder, numa sociedade burguesa, pela via evolutiva, assegurando sua hegemonia na economia, na cultura, nas Forças Armadas, na Educação e na própria Igreja, dispensando uma transformação revolucionária da sociedade, a destruição das estruturas do Estado-burguês e a implantação da ditadura do proletariado.

A resistência da burguesia em ver-se despojada do poder político e econômico, e de seus bens, é que impõe a necessidade da luta armada, como ficou claro em diversas conferência internacionais comunistas sobre a tática.

O surgimento de condições em que o proletariado através de sua vanguarda, o Partido Comunista, seja capaz de impor à burguesia a transformação do poder político e econômico sem resistência e sem recurso à violência contra-revolucionária, é acreditado apenas pelos inocentes-úteis, os companheiros de viagem, os oportunistas, os acomodados, os omissos e os desinformados.

04 de maio de 2015
Carlos I.S. Azambuja

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