"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 14 de março de 2015

PRESSÃO TOTAL

Com base no artigo 85 da CF, Bolsonaro protocola pedido de impeachment de Dilma Rousseff


jair_bolsonaro_11O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) protocolou na Câmara dos Deputados na última quinta-feira (12) um pedido de impeachment da presidente Dilma Vana Rousseff. A base legal é o artigo 85 Constituição Federal de 1988, inciso V.
“Art. 85 – São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I – a existência da União;
II – o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III – o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV – a segurança interna do País;
V – a probidade na administração;
VI – a lei orçamentária;
VII – o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.”
De acordo com Bolsonaro, “mais do que despreparo, mostra-se evidente a omissão da denunciada ao deixar de adotar medidas preventivas e repressivas para combater o câncer da corrupção em seu governo, mantendo, perto de si e em funções de alta relevância da administração federal, pessoas com fortes indícios de comprometimento ético e desvios de conduta. Deixou de agir em defesa da sociedade da qual é responsável máxima na administração pública”.
O pedido será analisado pela equipe técnica da Câmara dos Deputados. Caso aceito, o pedido será levado para análise de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da casa e responsável por acolher ou rejeitar o pedido. O presidente da Casa, há algum tempo, declarou que não é a favor do impeachment, porém revelou a próximos que seria impossível segurar o processo caso a possibilidade ganhe força a partir dos protestos de 15 de março.
O artigo 86 da Carta Magna, por sua vez, é claro ao definir os procedimentos subsequentes à admissibilidade do processo de impeachment e imediata aceitação por parte do Supremo Tribunal Federal, como segue:
“Art. 86 – Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
§ 1º – O Presidente ficará suspenso de suas funções:
I – nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;
II – nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
§ 2º – Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
§ 3º – Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.
§ 4º – O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.”
No mesmo dia, o partido do deputado Paulinho da Força (SP), Solidariedade, anunciou que pretende usar os atos de domingo para fortalecer a campanha pelo impeachment. O objetivo do partido é reunir 1 milhão de assinaturas para entregar ao Congresso um pedido formal.
Enquanto isso, o PSDB decidiu apoiar as manifestações. Apesar disso, o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional da legenda, afirmou que não comparecerá no ato, assim como outros tucanos. 
(Por Danielle Cabral Távora)
14 de março de 2015
ucho.info

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