Novamente o PT pode salvar a pele de Renan Calheiros.
Leia aqui a matéria de Veja, em 2007, que mostrou como o PT manobrou para salvar Renan Calheiros. Hoje, 8 anos depois, a história se repete.
Renan Calheiros (PMDB-AL) foi mencionado pelo ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, em sua delação premiada para a Operação Lava Jato. O senador peemedebista também foi citado por outros colaboradores da Justiça e por empreiteiros em seus depoimentos. Um dos negócios mencionados envolvem Renan em acerto com o doleiro Alberto Youssef para que o fundo de pensão dos Correios, o Postalis, comprasse R$ 50 milhões em debêntures (um título que confere a seu detentor um direito de crédito contra a companhia emissora) emitidos da Marsans Viagens e Turismo, que tinha Youssef como um dos investidores.
O fundo de pensão dos Correios é controlado pelo PMDB e PT. Em julho, os quatro integrantes da cúpula do Postalis tiveram sua exoneração pedida por dois conselheiros. A acusação é que a interferência dos partidos políticos no Postalis levou a “operações suspeitas” que explicam o rombo de R$ 2,2 bilhões acumulado de 2013 a junho de 2014.
Se Renan for eleito presidente do Senado, pode ser derrubado do cargo pela segunda vez em função de denúncias de corrupção. Em 2007, o alagoano teve que renunciar ao posto em meio às investigações da Operação Navalha. Enfrentou processo de cassação e só foi absolvido pela proteção dada a ele por senadores petistas, especialmente Tião Viana (PT-AC), Ideli Salvatti (PT-SC) e Aloisio Mercadante (PT-SP). Mesmo que não tenha conseguido provar que vendia bois para pagar a pensão da amante Mônica Veloso, com quem tem um filho. Na verdade, quem pagava o mensalão da concubina era a construtora Mendes Junior, uma das envolvidas no escândalo do Petrolão.
Resta saber se os senadores vão manter no poder um nome que envergonha a política brasileira. O outro candidato é o senador Luiz Henrique (PMDB-SC). Com Renan envolvido na roubalheira da Petrobras é bem provável que o Senado passe, novamente, a vergonha de ver o seu presidente enfrentar um novo processo de cassação. Mas, ao que tudo indica, o PT e seus aliados mensaleiros estarão lá, para protegê-lo e manter um dos mais poderosos arrecadadores da República. No entanto, se por acaso ele for cassado, o PT só tem a ganhar: a primeira vice-presidência está reservada ao partido.
01 de fevereiro de 2015
in coroneLeaks
01 de fevereiro de 2015
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