"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

VERGONHA!

Novamente o PT pode salvar a pele de Renan Calheiros.


Leia aqui a matéria de Veja, em 2007, que mostrou como o PT manobrou para salvar Renan Calheiros. Hoje, 8 anos depois, a história se repete.

Renan Calheiros (PMDB-AL) foi mencionado pelo ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, em sua delação premiada para a Operação Lava Jato. O senador peemedebista também foi citado por outros colaboradores da Justiça e por empreiteiros em seus depoimentos. Um dos negócios mencionados envolvem Renan em acerto com o doleiro Alberto Youssef para que o fundo de pensão dos Correios, o Postalis, comprasse R$ 50 milhões em debêntures (um título que confere a seu detentor um direito de crédito contra a companhia emissora) emitidos da Marsans Viagens e Turismo, que tinha Youssef como um dos investidores. 

O fundo de pensão dos Correios é controlado pelo PMDB e PT. Em julho, os quatro integrantes da cúpula do Postalis tiveram sua exoneração pedida por dois conselheiros. A acusação é que a interferência dos partidos políticos no Postalis levou a “operações suspeitas” que explicam o rombo de R$ 2,2 bilhões acumulado de 2013 a junho de 2014.

Se Renan for eleito presidente do Senado, pode ser derrubado do cargo pela segunda vez em função de denúncias de corrupção. Em 2007, o alagoano teve que renunciar ao posto em meio às investigações da Operação Navalha. Enfrentou processo de cassação e só foi absolvido pela proteção dada a ele por senadores petistas, especialmente Tião Viana (PT-AC), Ideli Salvatti (PT-SC) e Aloisio Mercadante (PT-SP). Mesmo que não tenha conseguido provar que vendia bois para pagar a pensão da amante Mônica Veloso, com quem tem um filho. Na verdade, quem pagava o mensalão da concubina era a construtora Mendes Junior, uma das envolvidas no escândalo do Petrolão. 

Resta saber se os senadores vão manter no poder um nome que envergonha a política brasileira. O outro candidato é o senador Luiz Henrique (PMDB-SC). Com Renan envolvido na roubalheira da Petrobras é bem provável que o Senado passe, novamente, a vergonha de ver o seu presidente enfrentar um novo processo de cassação. Mas, ao que tudo indica, o PT e seus aliados mensaleiros estarão lá, para protegê-lo e manter um dos mais poderosos arrecadadores da República. No entanto, se por acaso ele for cassado, o PT só tem a ganhar: a primeira vice-presidência está reservada ao partido.

01 de fevereiro de 2015
in coroneLeaks

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