"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

DELAÇÃO PREMIADA DE EMPRESÁRIO CAUSA ESPANTO

 




‘Coração’ do esquema do Petrolão, Júlio Camargo espanta investigadores
                
Os depoimentos do empresário Júlio Camargo à Justiça Federal, sob delação premiada – garante fonte ligada às investigações – fazem parecer irrelevantes as revelações do ex-diretor Paulo Roberto Costa e do megadoleiro Alberto Youssef sobre o esquema que roubou a Petrobras. Ele não é apenas um executivo da japonesa Toyo Setal, responsável por depósitos no exterior depois convertidos em propina para políticos: “ele é o coração do esquema de corrupção”, diz a fonte.
logo_setal copy

O MPF acredita que Júlio Camargo protagonizou a formação de cartel de grandes fornecedores da Petrobras que alimentaram o Petrolão.
Júlio Camargo é mais que um “executivo”, como tem sido chamado. Ele seria, para os investigadores, líder e articulador do esquema corruptor.
Ao propor delação premiada, Júlio Camargo mostrou que a Operação Lava Jato atingiu em cheio o esquema de corrupção na Petrobras.

O grupo japonês que ele representa tem contratos no valor de R$ 4 bilhões com a Petrobras. Segundo outro delator, o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, contratos dessa natureza, obtidos com fraude em licitação e cartel, rendiam 3% de seu valor para políticos do PT, e título de propina, e 1% para os demais partidos governistas envolvidos no esquema, como PP e PMDB.

Além de haver assumido o compromisso de contar tudo sobre o esquema de corrupção do Petrolão, Júlio Camargo se comprometeu a pagar multa de R$ 40 milhões. Saiu-lhe barato: milionário apaixonado por cavalos, Júlio Camargo é conhecido por levar seus “puro sangue” para competições em aviões climatizados.

Mais artigos sobre:


05 de janeiro de 2015
in coluna claudio humberto
(Publicado: 6 de novembro de 2014)

Nenhum comentário:

Postar um comentário