Ao relembrar um episódio ocorrido há 11 anos, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) conseguiu mais uma vez, mobilizar a esquerda inteira contra si.
Fazendo as acusações de sempre - machista, homofóbico, misógeno, sexista, racista, torturador, fascista – a esquerda conseguiu que a vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, apresentasse denúncia (risível, por sinal) ao Supremo Tribunal Federal contra o deputado, por suposta incitação ao crime de estupro e por ameaças à deputada Maria do Rosário. É um claro delírio interpretativo da situação.
Na fala de Bolsonaro fica implícito o fato de que ele considera Rosário simplesmente asquerosa. E, de fato, ela é. Mas não houve nenhum tipo de ameaça. Apenas uma grosseria, talvez fora de hora, mas coberta pela imunidade parlamentar. Não existe na fala algo que corrobore que houve “quebra de decoro parlamentar”. A liberdade de expressão de um parlamentar prevê fazer uma piada estúpida ou responder adversários de forma ríspida sem que se seja tratado como um criminoso.
Quebra de decoro é elogiar, como fez Rosário, o relatório de uma comissão mentirosa que prega rever a Lei da Anistia, uma das bases para toda a nossa ordem constitucional e legal atual. É praticamente propor um golpe. Falta de decoro é roubar, corromper ou dilapidar o patrimônio público, coisas nas quais o partido desta senhora parece estar se especializando.
Qualquer coisa seria usada contra Bolsonaro, até mesmo a menção de uma briga ocorrida há mais de uma década atrás. O deputado mais votado do Rio de Janeiro está na mira da esquerda justamente porque ele é assertivo e bate onde dói. Ele barrou praticamente sozinho o famigerado “kit gay”, unificou a bancada evangélica em várias questões contra o governo, chamou atenção para os desmandos na Comissão de Direitos Humanos e elegeu vários deputados no vácuo da sua votação, o que o dá força para exigir de seu partido mais apoio e sustentação.
Justamente por não ser inofensivo e ter um grande eleitorado, que o PT e suas linhas auxiliares estão investindo tão forte contra ele. Se não dá para impedir que ele seja eleito, há de se recorrer ao “tapetão”.
Veja bem. Não estou aqui defendendo o deputado. Sua votação recorde, sua reputação ilibada e todos os registros de suas ações já são suficientes. O que está se fazendo aqui é defender o equilíbrio e a verdade e, assim, restabelecer o senso de proporções. E, nesse episódio, como em diversos outros, todos aqueles que se voltam contra Bolsonaro, estão a favor da mentira ou simplesmente estão fazendo o jogo da esquerda.
E a verdade é uma só: não há equivalência moral entre um ato grosseiro (uma ironia ácida) e entre um crime de difamação perpetrado por Maria do Rosário (a deputada o acusou novamente de estuprador, dentre outros crimes). Pior: não dá para fazer equivalência entre um deputado e a “organização criminosa” - nos dizeres do senador Aécio Neves - que o ameaça de cassação.
O PT e suas linhas auxiliares colocam em risco a democracia e todo o sistema político brasileiro. Bolsonaro é apenas uma voz isolada. Ao nivelá-lo com qualquer um de seus antagonistas, quem ganha são os últimos, pois têm suas imoralidades suavizadas. Esse foi o grave erro cometido, por exemplo, pelo editorial do Estadão do dia 12 de dezembro, quando comparou Bolsonaro ao sinistro Gilberto Carvalho.
Caso eu fosse o deputado do PP, processaria agora mesmo Maria do Rosário, Jandira Feghali, Manoela D’Ávila e Rui Falcão, as principais personalidades que o acusaram de cometer crimes (racismo e estupro, por exemplo). Adicionalmente, acionaria a Justiça contra o cartunista Aroeira e o deputado Jean Wyllys por associá-lo ao nazismo. São causas praticamente ganhas.
Em todo o caso, Bolsonaro foi extremamente imprudente e infeliz pelo timing de sua declaração. Inoportuno, desviou o assunto principal de sua fala (a denúncia da absurda Comissão da “Mentira”), ao mesmo que forneceu munição para os esquerdistas criarem todo um teatro circense para tentar cassá-lo – embora não haja a mínima base legal para isso –, para se auto-vitimizarem e posarem de defensores das mulheres, quando a única coisa que fazem é pregarem o ódio indiscriminado, mas sempre seletivo.
A fúria da esquerda é sempre seletiva: quando foi revelado por César Benjamin que Lula disse-lhe que pensou em estuprar um companheiro de cela, não houve nenhuma reação. Quando o professor esquerdista Paulo Ghiraldeli falou que a jornalista Rachel Sheherazade deveria ser estuprada, não se ouviu um pio da esquerda.
Em tempo, é bom lembrar. O governo petista é aquele que quer “diálogo” com os terroristas do Estado Islâmico (ISIS), notórios estupradores os quais, inclusive, negociam mulheres e menores de idade como escravas sexuais. Também foi este governo que utilizou uma pesquisa do IPEA para fazer proselitismo e endossar a patética campanha “nenhuma mulher merece ser estuprada”. Maria do Rosário é aquela cujo cunhado era, de fato, um estuprador de menores. Ela mesma é defensora de menores estupradores, considerados “vítimas da sociedade”. Gleise Hoffmann, que estava entre as senadoras que entregaram o requerimento de representação contra Bolsonaro, é a mesma que acobertou o seu próprio assessor pedófilo, segunda a imprensa.
O PC do B, partido de Jandira Feghali, idolatra a China comunista e inspira-se em Mao Tsé Tung, um estuprador contumaz de mulheres, em especial, das camponesas vulneráveis e de menores de idade. É, portanto, um partido que se diz contra estupro, mas que idolatra um notório estuprador. Já Bolsonaro, ao contrário, é propositor de projetos de lei para diminuir a maioridade penal e endurecer a pena para estupradores. O contra-senso é evidente, como fica claríssimo na fala do deputado:
Em todo o atual episódio, só houve um verdadeiro “estupro” por assim dizer: Maria do Rosário “estuprou” a verdade quando, em seu discurso, teceu loas à indecente Comissão da “Mentira”. Já virou rotina. A política brasileira hoje é, basicamente, o “estupro da verdade” pela extrema-esquerda.
Rodrigo Sias é Mestre em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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