O governo do PT, após gastos desordenados, com foco na campanha de reeleição de Dilma Rousseff, quando "se fez o diabo", e em programas demagógicos, caçadores de votos , vai iniciar um novo mandato com o país financeiramente quebrado e incapaz de atingir as metas estabelecidas em lei.
Trata-se, portanto, de um grande paradoxo que coloca em risco até a credibilidade do país junto à comunidade internacional.
Qual o recurso empregado pelos estrategistas do Planalto para contornar a situação?
Ao invés de corrigir rumos, resolvem, em mais uma exibição de contorcionismo de fisiologia política do mais baixo quilate, posto que contam com a maioria no parlamento, propor uma alquimia sob forma de nova legislação, aniquilando a já existente, e, mediante a aplicação de uma espécie de semântica financeira, onde os termos "déficits" e "superávits" são englobados sob a denominação difusa de "resultados", legitimar um regime de vale-tudo, segundo o qual os gestores do dinheiro público estarão sempre no caminho certo e não mais se sentirão na obrigação de cumprir metas.
É evidente que se trata de um processo autofágico que, naturalmente, tem suas limitações e, com a continuação, pode conduzir o país a uma perigosa insolvência.
E o desinformado povo brasileiro, inerte , sem saber muito bem o que se passa, parece não se importar com o fato visceral de que toda essa manobra é realizada com recursos seus, pelos quais os agentes públicos, encarregados de custodiá-los, são também responsáveis pela sua aplicação criteriosa.
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.
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