"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 30 de novembro de 2014

SEMÂNTICA FINANCEIRA


O governo do PT, após gastos desordenados, com foco na campanha de reeleição de Dilma Rousseff, quando "se fez o diabo", e em programas demagógicos, caçadores de votos , vai iniciar um novo mandato com o país financeiramente quebrado  e  incapaz de atingir as metas estabelecidas em lei. 

Trata-se, portanto, de um grande paradoxo que coloca em risco até a credibilidade do país junto à comunidade internacional. 

Qual o recurso empregado pelos estrategistas do Planalto para contornar a situação?

Ao invés de corrigir rumos, resolvem, em mais uma exibição de contorcionismo de fisiologia política do mais baixo quilate, posto que contam com a maioria no parlamento, propor uma alquimia sob forma de nova legislação, aniquilando a já existente, e, mediante a  aplicação de uma espécie de semântica financeira, onde os termos "déficits" e "superávits" são englobados sob a denominação difusa de "resultados", legitimar um regime de vale-tudo, segundo o qual os gestores do dinheiro público estarão sempre no caminho certo e não mais se sentirão na obrigação de cumprir metas.

É evidente que se trata de um processo autofágico que, naturalmente, tem suas limitações e, com a continuação,  pode conduzir o país a uma perigosa insolvência.

E o desinformado povo brasileiro, inerte , sem saber muito bem o que se passa, parece não se importar com o fato visceral de que toda essa manobra é realizada com recursos seus, pelos quais os agentes públicos, encarregados de custodiá-los, são também responsáveis pela sua aplicação criteriosa.

30 de novembro de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

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