"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

CHINA E ÍNDIA BENEFICIADAS NO RATEIO PARA CRIAR O BANCO DOS BRICS


 


A propósito da recente criação do banco CRA – banco dos países componentes do BRICS, faço um comentário.
Por mero cálculo aritmético verifica-se que o rateio do investimento dos cinco países se baseou na média de três índices: população, PIB, renda per capita. O aporte de cada um foi: China, 41; Índia, 18; Brasil, 18; Rússia, 18; África do Sul, 5 (bilhões de dolares).

Ocorre que o terceiro índice (renda per capita) teria de ser descartado por dissimular uma falácia. Como ele é a relação entre PIB e população – que já foram devidamente computados nos dois primeiros – a sua consideração é uma redundância que se traduz no notório “dar com uma mão e tirar com a outra”.

Ou seja, neste último indicador a população entra como denominador de uma fração, o que tem o poder de diminuir sensivelmente o correto aporte dos países mais populosos, a China e a Índia, justamente os gigantescos países asiáticos que mais precisam de infraestrutura (para a qual, específicamente, o fundo foi criado). Hermanos vizinhos!

A média legítima seria somente entre a população e o PIB. Ficando assim o rateio: China, 52,4; Índia, 26,3; Brasil, 10,3; Rússia, 9,0; África do Sul, 2,0 (bilhões de dolares).

Como ficou, a China e a Índia deixaram de aportar 11,4 e 8,3 bilhões (22 e 32% de vantagem); Brasil, Rússia e África do Sul, investiram a maior 8, 9 e 3 bilhões (75, 100 e 150% de desvantagem), respectivamente.

Não é a toa que os indianos são os maiores matemáticos do planeta. E adivinhem quem será o primeiro presidente?
Mais uma copa perdida?

21 de julho de 2014
José Ronaldo Saad

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