"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 3 de junho de 2014

SÓ RESTA TORCER

 
 

E, finalmente, chegamos ao pior dos mundos: crescimento do PIB raquítico no trimestre e inflação persistente.
 
O que espanta é a manifestação do Ministro da Fazenda, ao apontar a queda do consumo e a restrição ao crédito como os principais fatores determinantes para o resultado. 
 
Mesmo sem possuir cursos sofisticados de teoria econômica, qualquer cidadão com nível mediano de informação desconfia ser equivocado seu posicionamento ao insistir nesses dois aspectos como sendo as molas propulsoras do crescimento. 
 
Das duas uma: ou Guido Mantega é tão incompetente que não é capaz de reconhecer que desenvolvimento baseado em tais parâmetros deve constituir uma estratégia temporária, nunca um princípio básico a ser constantemente perseguido, em detrimento dos realmente fundamentais, mas com pouco apelo populista.
Ou passou a assumir definitivamente um papel preponderante na parafernália de encenações políticas destinadas a enganar o eleitorado de baixo nível, predominante por aqui, visando à reeleição de Dilma, deixando de lado o interesse nacional e postergando a implantação dos fundamentos econômicos corretos que o país implora, condenando-o a mais quatro anos de atraso e perda de prestígio no âmbito internacional. 
 
A primeira hipótese é bastante improvável, face à sua formação acadêmica, certamente impecável.
Resta a segunda, mais plausível, e que ratifica o divórcio entre as necessidades urgentes do Brasil e o apego a cargos, com manutenção de poder a qualquer custo, tão característica da baixa qualidade e da ausência de espírito público de nossas autoridades. 
 
Só nos resta torcer para que o agronegócio continue a salvar a pátria e esperar que os resultados das angustiantes eleições que se aproximam tragam um sopro de esperança.

03 de junho de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

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