"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 6 de maio de 2014

O ESTADO: A FEITORIA ESCRAVAGISTA


Vídeo “A História das Coisas”: como somos escravizados

Hamurabi fez lavrar em pedra, as leis que pautavam as relações do seu povo, não só para harmonizar o seu convívio, mas, principalmente, para proteger as pessoas do Poder do Estado.

O Código de Hamurabi era draconiano, mas estabelecia os limites, os quais nem o soberano podia ultrapassar, conferindo segurança à sociedade, que era livre nos limites da lei.

O Estado Moderno, sob a película poética do Iluminismo, estabelece regras para o convívio da sociedade, mas, não protege as pessoas dos abusos do poder, daqueles que dominam suas estruturas: os governantes, os políticos, os financistas, os mega empresários e a alta administração pública, dos Três Poderes.

Essa lacuna nos mecanismos de proteção da sociedade escraviza as pessoas, que vivem e trabalham, para sustentar as benesses daqueles que dominam as Estruturas do Estado.

Como o Estado é detentor do monopólio da violência e, sócio majoritário de toda a economia, o seu poder submete todos,  à vontade dos “senhores”. Os pobres morrem nas filas dos hospitais, os ricos estão sujeitos a perder tudo, da noite para o dia, os regramentos excessivos e o crime restringem a vida de todos, a juventude não tem perspectivas e os aposentados são espoliados.         Todas essas mazelas ocorrem, para satisfazer o poder dos senhores do Estado, que mantém os brasileiros, artificialmente na miséria, apesar da riqueza mineral e agrícola do país.

Os brasileiros vítimas da sanha confiscatória da Feitoria Escravagista, trabalham cerca de cinco meses por ano, de graça, para sustentar as estruturas do poder, sem receber nada em contrapartida. Porque segurança, saúde e educação, que pelo contrato social seriam exigíveis, são letras mortas, ressuscitadas, apenas, em campanhas eleitorais, que prestam-se, somente, à coonestar o regime escravagista.

Os governantes, os políticos e a alta administração pública, aliados aos trustes e financistas, tendo por instrumento o Estado Escravagista, enriquecem à custa de espoliar o povo.

Essa ilegitimidade é inaceitável, porque a escravidão deve ser repudiada em todas as suas manifestações,  posto que o escravagismo é a pior das tiranias.

Aliado aos governantes, o Sistema Financeiro, capta o capital da sociedade, faz emprestá-lo para o Estado, que lhe paga juros de duzentos e cinqüenta bilhões de reais por ano. Esse lucro é sustentado com mais tributação, que amplia o trabalho escravo. É o circulo tenebroso da escravidão!

O povo escravizado não tem a quem recorrer, só lhe resta ceder ao poder da Feitoria Escravagista e pagar, com “sangue, suor e lágrimas”!!!

Conclui-se, que a exemplo da República, que foi proclamada mas não foi implantada, a Lei Áurea foi assinada mas não é cumprida. Duzentos milhões de brasileiros padecem sob os grilhões do Estado escravagista.

A conscientização desse problema é o primeiro passo para sua solução. Cumpre libertar o povo brasileiro rompendo seus grilhões. O caminho é restabelecer, com os instrumentos que forem necessários, os Objetivos Institucionais do Estado, para que suas estruturas voltem a proteger as pessoas, libertando-as.

06 de maio de 2014
Antônio José Ribas Paiva, Advogado, é Presidente da Associação dos Usuários de Serviços Públicos.

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