Lula e Cabral já se preocupam em serem alvos da devassa da PF nos negócios de Eike Batista
Os surpreendentes desdobramentos da Operação Lava Jato, que indica ligações com escândalos na Petrobras, só preocupam menos Luiz Inácio Lula da Silva do que o agora quase certo ataque direto ao empresário Eike Batista – investigado pela Polícia Federal, por indícios de crimes financeiros. Lula já avalia que o real objetivo é atingi-lo – e não apenas perseguir Eike, alvo da ira de investidores que perderam muitos milhões de dólares com o império X.
18 de abril de 2014
Os surpreendentes desdobramentos da Operação Lava Jato, que indica ligações com escândalos na Petrobras, só preocupam menos Luiz Inácio Lula da Silva do que o agora quase certo ataque direto ao empresário Eike Batista – investigado pela Polícia Federal, por indícios de crimes financeiros. Lula já avalia que o real objetivo é atingi-lo – e não apenas perseguir Eike, alvo da ira de investidores que perderam muitos milhões de dólares com o império X.
Um outro político sob tensão é Sérgio Cabral Filho - outro parceiro muito próximo de Lula e com fortes ligações com Eike. O ex-governador do RJ, que agora tenta uma complicada candidatura ao Senado, sabe que será atingido nos ataques a Eike. Serginho também teme o imprevisível desenrolar da Lava Jato, já que o caso já investiga outro grande amigo e parceiro de negócios: o empreiteiro Fernando Cavendish, que comandava a Delta. A Polícia Federal já o relaciona aos negócios com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e a turma de doleiros investigados por lavagem de dinheiro e outros delitos.
Quem complicou Eike Batista foi a Comissão de Valores Mobiliários. A autarquia do Ministério da Fazenda que fiscaliza o mercado de capitais no Brasil enviou um relatório ao MPF em 19 de março, listando evidências de que Eike tenha cometido três infrações: omissão de fato relevante, manipulação de preços (de ações) e prática não equitativa. Eike corre o risco de ser multado na merreca de R$ 500 mil pela CVM. Pagar tal multa, para aquele que ainda seria um bilionário, é uma “calça curta” – para usar uma expressão tão usada pelo empresário.
O pior é que, desde o dia 7 de abril, a pedido do MPF, Eike é investigado pela Polícia Federal, por supostos crimes financeiros envolvendo negociações de ações, em tese irregulares, realizadas em 2013, que causaram grandes prejuízos a investidores. Objetivamente, Eike se tornou suspeito de prática de três crimes, também denunciados por investidores ao MPF: manipulação de mercado, insider trading (uso de informação privilegiada) e lavagem de dinheiro.
Os crimes de manipulação de mercado e insider trading estão previstos na Lei das Sociedades Anônimas (Lei 6.385/76). Rendem penas de 1 a 8 anos e de 1 a 5 anos, respectivamente. Já a lavagem de dinheiro, definida na Lei do Colarinho Branco (Lei nº 9.613/98), pode produzir uma pena de 3 a 10 anos de prisão. Caso seja julgado culpado, depois de muitos anos de infindáveis recursos, Eike corre sério risco de passar a vergonha de ser condenado a uma pena de até 23 anos de prisão.
Para quem sonhava ser o homem mais rico do mundo, e até já investia em uma ousada operação de marketing para construir uma imagem que lhe permitisse ser candidato a Presidente da República do Brasil em 2018, Eike vive um grande pesadelo – que só não é maior do que o sofrido pelos investidores que apostaram nele, destruindo um patrimônio acumulado ao longo da vida.
PT se vira contra Vargas
Os bem indicados
Reportagem de O Globo de hoje confirma que a diretoria da BR Distribuidora é dividida entre PT, PTB e PMDB.
Pelo loteamento, os cargos de diretoria da BR são ocupados por funcionários de carreira do sistema Petrobras, mas apenas após a indicação e o apoio desses partidos políticos.
Curiosamente, dos quatro principais dirigentes da subsidiária da Petrobras, dois foram indicados pelo senador Fernando Collor (PTB-AL), presidente que sofreu impeachment em 1992 após um escândalo de corrupção.
Os padrinhos
O presidente da subsidiária, José Lima de Andrade Neto, foi indicado ao cargo pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), ligado ao imortal Presidente José Sarney.
Luis Alves de Lima Filho, diretor da Rede de Postos de Serviço, e Vilson Reichemback da Silva, diretor de Operações e Logística, assumiram os cargos em julho do ano passado, apadrinhados pelo senador Fernando Collor.
Andurte de Barros Duarte Filho, diretor de Mercado Consumidor, foi indicado pelo PT.
E o ex-diretor Financeiro, o agora em desgraça Nestor Cerveró, era do senador petista Delcídio Amaral.
Brilha, Brilha, estrelinha...
Danem-se os celulares...
O corregedor do Conselho Nacional do Ministério Público, Alessandro Tramujas Assad, abriu um procedimento para investigar a promotora Márcia Milhomens Sirotheau Corrêa, do Ministério Público do DF.
O CNMP atendeu prontamente ao pedido do Advocado Geral da União, Luis Inácio Adams, (AGU), que fez uma reclamação disciplinar contra Márcia por ela ter sido autora de um pedido de quebra indiscriminada de sigilo de telefones celulares na área do Palácio do Planalto, entre 1º e 16 de janeiro.
O pedido de Márcia, que será intimada na terça-feira por sua ousadia, foi motivado por denúncia de que o reeducando José Dirceu de Oliveira e Silva teria usado o celular de dentro do presídio da Papuda, ao receber uma visita.
Foi-se
Será sepultado nesta sexta-feira, no Cemitério do Morumbi, o empresário Henry Maksoud, que faleceu ontem aos 85 anos.
Famoso por ser dono do Hotel Maksoud Plaza, Henry foi um grande empreendedor, pois fundou a Hidroservice Engenharia, em 1958, e mais tarde, criou o grupo editorial Visão, que publicava a revista “Visão”.
Entre 1988 e 1991, apresentou o programa semanal “Henry Maksoud e Você”, na TV Bandeirantes.
Pedindo penico ao EB?
Recadinho aos arapongas
Por favor, quem grampeia celulares, e-mails e rastreia o computadores, legal ou ilegalmente, deveria, pelo menos permitir duas coisas.
Deixar o computador funcionar direito, e os e-mails trafegarem normalmente, sem tanto atraso...
Permitir que as ligações telefônicas fiquem audíveis, e não caiam o tempo todo, para não atrapalhar as conversas...
E, no mais, deixar quem é honesto trabalhar em paz, torcendo para que o Governo do Crime Organizado pare de operar no Brasil de maneira tão intensa...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
18 de abril de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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