"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

DECÊNCIA E VIRTUDE CÍVICA. AS HISTÓRIAS QUE NÃO SE CONTAM...

O VENTO QUE VENTA AGORA, NÃO É O VENTO QUE VENTAVA ANTES…

 
Ernesto Geisel e Garrastazu Medici
Ernesto Geisel e Garrastazu Medici
 
Em uma ocasião, durante seu governo, foi construída uma estrada moderna unido as cidades de Bagé e Livramento. O Presidente Médici tinha uma fazendola (digo isto porque ela é realmente pequena), herança de seus avos. Acontece que esta fazendola, quando do projeto inicial, não estava no eixo desta estrada moderna.

 Médici foi consultado para saber se gostaria, se com um pequeno ajuste, a estrada viesse a passar na fazendola. A reação do Presidente foi imediata; proibiu que se fizesse alteração no projeto com este objetivo.

 Em outra ocasião, sabedor que haveria um aumento no preço da carne, por repasses de vantagens do Governo, mandou que seu filho Sérgio vendesse uma “ponta” de gado, que já estava pronta, ANTES do aumento, para que não viessem a dizer ele se beneficiou com o aumento.

 O Presidente Médici não morreu pobre, afinal veio da classe média e nela permaneceu. Morreu com o mesmíssimo patrimônio que tinha ao chegar à Presidência. Seus filhos, noras, netos e demais familiares jamais tiraram vantagens econômicas pelo cargo de seu parente ilustre. Este e outros exemplos nos enchem de orgulho, de ter o presidente Médici deixado este legado de honra, civismo e respeito ao Povo Brasileiro.

O Presidente Geisel visitou a Alemanha. O prefeito Stobbe subiu a escada do avião e recebeu Geisel no alto da escada e desceu com ele. Eu estava em baixo e havia dias antes feito a visita habitual ao Prefeito. Quando cumprimentei Geisel, o Prefeito disse mais ou menos isso em alemão: “Presidente, o seu Cônsul deve ser muito importante, pois acabou de chegar e já trouxe o Presidente a Berlim”. Geisel sorriu. Uns meses depois a filha Lucy esteve em Berlim num programacultural. Acompanhei-a durante o dia. Perguntei a ela se o pai falava alemão.
Respondeu que não, talvez tivesse uma vaga noção. Explicou que sua mãe falava alemão, mas que o pai de Geisel era muito rigoroso e no tempo da guerra, como era proibido falar alemão, seu avô (o pai de Geisel) fazia questão que se falasse só português em casa e não ensinou alemão aos filhos.
ASSIM SÃO ESSES “ESTRANHOS” “MILICOS”!
Não sei se Amália Lucy Geisel ainda estará viva. Pouco mais velha do que eu, tinha alguns problemas de saúde.

 Pois bem: ela era Professora do Colégio Pedro II e, mesmo quando o pai era Presidente, ia de casa ao trabalho de ônibus. Cansei de encontrá-la neles, ela e eu a caminho do centro do Rio. Meu pai chamava isso de “os três dês do milico”: decência, decoro, discrição”. Primeiro, morreu o Cel. Mário Andreazza.
E falava-se horrores do Andreazza… Que estaria riquíssimo, que teria ganho de presente das empreiteiras, um edifício na beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, que não tinha mais onde guardar dinheiro. Quando Ministro dos Transportes, foi responsável pela construção da ponte Rio-Niterói, obra que teve empréstimo inglês de 2 bilhões de dólares (Sim! Dois bilhões! De dólares!). Por ocasião de sua morte, seus 37 colegas de turma tiveram de fazer uma vaquinha para que o corpo pudesse ser ransladado para o Rio Grande do Sul.

 Portanto, depois de gerenciar tanta verba pública, bem administrada, diga-se de passagem, morreu pobre. Já em 2003, foi a vez de Dona Lucy Beckman Geisel. Seus últimos anos de vida, viveu de forma pobre e discreta. Morreu em acidente de carro na lagoa Rodrigo de Freitas. Ano passado, foi a vez de dona Dulce Figueiredo, que ficou viúva em 1999, do último Presidente militar. Em 2001, devido a problemas financeiros, teve que organizar um leilão para vender objetos pessoais do marido. Foi a forma que encontrou para sobreviver dignamente.

 Faça suas comparações com os políticos de hoje e compare o estilo de vida do último presidente brasileiro, de sua mulher, que freqüentam o mais caro cabeleireiro do Brasil, as mais caras butiques, os mais caros cirurgiões plásticos, gastou os mais altos valores do cartão de crédito (corporativo), que não precisava prestar contas.

 Nunca fez um trabalho social pelo Brasil. Só o que fez foi viajar com o marido por todos os lugares do mundo, às expensas do suor dos brasileiros trabalhadores (isto quando a amante Rosimeire não viajava com o presidente). Seus filhos enriqueceram da noite para o dia.
Isto é que são políticos “populares”.
Tirem suas conclusões.
 
18 de abril de 2014
Anhanguera
in blog do Giulio Sanmartini

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