"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 8 de abril de 2014

IMPRENSA: ACORDE!



 
Um aviso à grande imprensa do meu país, que, por motivos que poucos conhecem mas que muitos desconfiam quais sejam, certamente ligados a dependência da subvenção oficial que a mantém viva, insiste de modo unilateral num tema polêmico: cesse a lavagem cerebral que está impondo aos leitores e espectadores, visando a mobilizar os jovens de hoje que não viveram os tempos obscuros de 1964, a adotarem uma postura na qual há uma clara intenção de demonizar as forças armadas que, atendendo aos apelos da sociedade da época, à beira da pulverização, conforme fartamente documentado pelos precursores e antepassados dos que hoje assumem posições discutíveis nas redações e estúdios, carregaram sozinhas - os segmentos civis que apoiaram as ações, posteriormente se "ajeitaram" no poder e alguns estão aí até hoje - a responsabilidade das consequências daquilo que tinha que ser feito. 
Pare, querida e ainda livre imprensa, com essa torrente de colagens e montagens porque os seus órgãos de comunicação serão os mais atingidos, se for bem sucedida a ditadura que está solertemente sendo montada por quem  está hoje no poder, ex-guerrilheiros que afirmam hipocritamente, com forte apoio dos atuais impérios jornalísticos, que suas ações àquela época  tinham como objetivo defender a democracia. 
Amada imprensa, caso a estratégia que estão tendo a liberdade de montar, graças aos governos que se seguiram ao "golpe" -termo convencionalmente adotado para enfatizar a desmoralização - e que foram conduzidos, é claro, com alguns erros e exageros, por aqueles que hoje estão sendo apresentados como carrascos, se aquela estratégia for concretizada, os jovens jornalistas que hoje se dedicam a fazer falsos heróis serão descartados como inocentes inúteis, muitos deles mandados para trabalhos no campo ou promovidos a "delegados". E o chopinho, nunca mais... 
Querida imprensa, é preciso entender que a sociedade não está mais conseguindo engolir o blá-blá-blá revanchista e parcial com o qual está sendo bombardeada, mesmo porque o governo há mais de dez anos no poder transformou o país num balaio de crises que está deixando a população em estado de apreensão. 
Vêem-se crises para onde se olha: na educação, na saúde, na segurança, nas estatais em estado falimentar, na classe política mergulhada em corrupção e domada pelo poder central, na justiça completamente dilapidada pelo aparelhamento no âmbito das togas, no apoio a atos totalitários aqui nas nossas fronteiras e na infraestrutura que está tirando o produto brasileiro da competição internacional, entre muitos outros iminentes desastres.
Imprensa do meu país: acorde, enquanto é tempo, 
 
08 de abril de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

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