"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 3 de novembro de 2013

ESTATIZAÇÃO, PETROBRAS & OBSERVAÇÕES EQUIVOCADAS

   

Durante um seminário promovido pelo PSDB na Câmara dos Deputados, o senador Aécio Neves afirmou que todos os atuais problemas da Petrobras estão diretamente ligados à perda de eficiência gerada pela partidarização excessiva do PT, o que tem gerado “muita incerteza em relação a novos investimentos.”
 
psdb
 
Durante o pronunciamento na rede nacional, a presidente Dilma Rousseff explicou que o leilão da exploração do pré-sal não pode ser considerado uma privatização, e ela está certa.
 
O atual arranjo, adotado após o leilão da exploração do pré-sal no Campo de Libra, faz com que o consórcio formado por quatro empresas estrangeiras (duas estatais chinesas, uma empresa francesa e uma anglo-holandesa) arremate o lucro adquirido apenas caso petróleo for encontrado.
 
Enquanto algumas empresas toparam participar dessa aliança, a Petrobras continuou detendo 40% de participação no consórcio, o que só foi feito assim que a estatal Brasileira aceitou desembolsar R$6 bilhões para que o contrato fosse efetuado.
Todos sabemos que a Petrobras não tem da onde tirar esse dinheiro, portanto os cofres públicos que provavelmente irão pagar o pato, ou seja, dinheiro de imposto seu, meu e do dono da quitanda estão sendo direcionados para cobrir o investimento.
 
Representantes distintos dos dois maiores partidos políticos do Brasil podem continuar usando os mesmos termos para defender o que viria a ser a forma correta, sob seus pontos de vista, de fazer com que uma empresa estatal dê lucros e gere riquezas para o Brasil, mas nenhum deles conseguiu identificar exatamente o que viria a ser a política correta para que a competividade seja estimulada e a estatal gere algum lucro.
 
dilma e aecio
A solução seria privatizar a Petrobras? Claro. Só isso? Não.
 
A Petrobras é a empresa mais endividada do mundo. Qualquer programa gerenciado pelo governo é ineficiente. A ineficiência é regra, não a exceção.
 
De acordo com Leandro Roque do Instituto Mises, “qualquer gerência governamental sobre uma atividade econômica sempre estará subordinada a ineficiências criadas por conchavos políticos, a esquemas de propina em licitações, a loteamentos de cargos para apadrinhados políticos e a monumentais desvios de verba. 
No setor petrolífero, Venezuela, Nigéria e todos os países do Oriente Médio comprovam essa teoria.”
 
 Setores tocados pelo governo não visam responder aos sinais que recebem de consumidores. Empresas geridas por uma administração governamental são operadas sem que seus presidentes tenham que temer perder dinheiro, já que qualquer prejuízo será coberto por verba estatal direcionada ao setor. Setores geridos pelo governo não fazem lucro pois operam sem receber resposta alguma do mercado e, em muitos casos, como é também o caso da Petrobrás, operam sem ter de competir com outras empresas.
 
A falta de incentivos (sim, isso mesmo, lucros são incentivos tão significativos que fazem pessoas, sejam elas comuns ou donas de empresas, trabalharem com mais dedicação!) e a segurança de se poder contar com fundos infinitos (dinheiro de imposto que Brasileiros comuns, assim como você, pagam) fazem com que a empresa estatal seja ineficiente e fadada ao fracasso.
 
A Petrobras pode continuar existindo, mas sua participação no mercado será apenas minimamente eficiente quando o governo sair de cena e garantir que leis protecionistas percam a validade. Apenas quando outras empresas de energia puderem competir no mercado e o maior número de consumidores possível seja finalmente servido de forma eficiente, é que a Petrobras, então sem nenhum apoio do governo, poderá existir como uma empresa lucrativa.
 
A Petrobras é do povo.
Portanto deixe com que cada Brasileiro receba uma ação da empresa assim que o governo se retirar de cena e deixe os caminhos livres para empresas do setor da energia competirem.
 
E a solução?
A solução não é estatizar, reestatizar, semi-estatizar, pré-estatizar ou pós-estatizar a Petrobras, a solução é fechar o rombo que a administração governamental que está no comando gerou e acabar com a mamata da classe burocrata, fazendo com que o povo finalmente tenha controle sobre o que é dele.
 
03 de novembro de 2013
reacionaria

Nenhum comentário:

Postar um comentário