Um cataclismo econômico foi desencadeado no mundo por políticos e burocratas ocidentais.
Inacreditavelmente, a atividade econômica no Ocidente colapsou. Populações inteiras foram submetidas a algo semelhante a uma ordem de prisão domiciliar, ficando confinadas em suas casas por semanas, se não meses. Como resultado, milhões tiveram suas vidas completamente alteradas. A maioria dos empresários e trabalhadores autônomos teve seus meios de subsistência comprometidos.
A economia da UE pode encolher mais de 7%, de acordo com a sempre otimista Comissão Europeia. Na crise de 2009, ela encolheu 4,5%. Já o Banco da Inglaterra fala em 14%. Números semelhantes foram previstos para os EUA, cuja economia já perdeu mais de 20 milhões de empregos em um mês.
A devastação econômica imposta sobre as economias ocidentais pelos governos terá consequências por muitos anos vindouros. Ela irá inevitavelmente diminuir a qualidade de vida dos cidadãos por um longo tempo, comprovadamente afetando sua saúde.
É importante entender que esse desastre não é o resultado da pandemia de coronavírus, que é um problema de saúde pública, mas sim da maneira como políticos exaltados e funcionários públicos "excessivamente zelosos" (para dizer o mínimo) reagiram à pandemia. Um número crescente de pesquisadores e profissionais de saúde já afirma abertamente que o número total de casos é muito maior do que se pensava anteriormente, o que significa que o COVID-19 é muito menos mortal do que insistem a mídia e especialistas do governo.
Se tais pessoas estiveram corretas, essas taxas de letalidade revisadas colocam as mortes por COVID-19 em muitos locais em uma taxa semelhante à da gripe, que mata centenas de milhares de pessoas todos os anos ao redor do mundo, sem provocar nenhuma grande reação política.
Tudo isso nos leva à inevitável pergunta: por que essas extremadas e desproporcionais reações ao vírus por parte dos políticos ocidentais, aniquilando suas economias e reduzindo severamente as fundamentais liberdades individuais de milhões de cidadãos?
Obviamente, entre os políticos, há a tradicional incompetência e a total propensão a aderirem ao comportamento de manada. Isso é comum entre praticamente todos os políticos de todos os países. Mas existem outras razões para esse comportamento desastroso e irresponsável. Eis algumas.
Cinco razões para o autoritarismo
Em primeiro lugar, políticos geralmente têm pouco entendimento de como os mercados funcionam. Na esmagadora maioria das vezes, não entendem absolutamente nada de economia.
A maioria dos políticos nunca trabalhou no setor privado ou estudou economia de mercado. Conhecem apenas macetes da engrenagem do setor público e artimanhas sobre como ascender e se dar bem na máquina estatal. Não entendem a complexidade dos mercados e tampouco têm apreço pela maneira como eles tornam possível nosso alto padrão de vida. Essa complexidade inclui um número insondável de transações diárias, inúmeras relações comerciais e uma adaptação sem fim às condições circundantes. Eles realmente não fazem ideia de como tudo isso funciona.
A lógica da política, ademais, determina que os políticos não podem ser vistos como "não fazendo nada". Políticos sempre têm de aparentar "estar fazendo alguma coisa", principalmente quando há uma mídia obcecada exigindo que eles façam alguma coisa (mais sobre isso abaixo). Político que não faz nada no meio de algo que é rotulado como "crise" enterrou sua carreira, ainda que tal inação possa ser exatamente a coisa certa a ser feita tendo em vista o longo prazo.
Isso não é novo; sempre foi uma característica típica de políticos e burocratas. As reações políticas à pandemia de coronavírus confirmaram dramaticamente essa verdade mais uma vez.
Em segundo lugar, e isso é corolário do que foi dito acima, políticos naturalmente fazem cálculos políticos. Por só pensarem em reeleição (ou em novos cargos na máquina pública), eles não querem ser responsabilizados por qualquer coisa que "dê errado". Em uma crise, eles sempre preferem agir a não agir – isto é, mostrar que ao menos fizeram alguma coisa. Consequentemente, acreditam que não poderão ser acusados de ociosidade, negligência, miopia ou insensibilidade.
Por mais deletérias que sejam suas ações, os políticos geralmente não são responsabilizados, e então podem apresentar-se como tendo sido heroicamente firmes em tempos perigosos, agindo com resoluta força e determinação. As políticas econômicas catastróficas dos presidentes Hoover e Roosevelt durante a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial são um exemplo disso.
Terceiro, os políticos às vezes confiam demais em cientistas, que geralmente não têm — e não são obrigados a ter — treinamento em questões sociais. De maneira ainda mais intensa que políticos, os cientistas costumam ter grande dificuldade em compreender o conceito de ordem espontânea do mercado, o que não é surpreendente, uma vez que são seguidores do rigoroso processo científico.
As propostas econômicas francamente embaraçosas de Albert Einstein são um exemplo famoso.
Ao passo que o político ao menos tem total consciência dos sutis tons de cinza na formulação de políticas e do fino equilíbrio entre satisfazer várias partes interessadas, o cientista geralmente tem boas intenções, mas vê o mundo em preto e branco.
Assim, se for perguntado a um cientista como parar a propagação de uma pandemia, ele provavelmente responderá que a melhor e mais eficiente maneira é ordenando o confinamento estrito de toda a população em suas casas por semanas. É isso que o influente "Conseil Scientifique" da França recomendou, e pode muito bem ser verdade de um ponto de vista puramente científico (embora isso agora tenha se tornado totalmente debatível).
O problema surge quando políticos seguem entusiasticamente essas opiniões sem considerá-las à luz de suas consequências políticas e econômicas.
As duas primeiras razões mencionadas acima podem explicar por que os políticos tendem a depositar confiança excessiva nos cientistas: políticos não estão familiarizados o suficiente com a economia de mercado para compreender completamente as consequências de agir com base em pareceres puramente científicos, e pode ser do seu interesse agir com base em tais conselhos, já que fazer algo – qualquer coisa – é fundamental.
Uma quarta razão pela qual os políticos agiram de forma tão imprudente para combater a disseminação do COVID-19 é certamente a pressão política sob a qual estão sujeitos. Em tempos de (presumível) crise, um eleitorado inconsciente e politicamente sem instrução se volta a eles em busca de orientação, ou até em busca de ordens para seguir.
Mas a pressão vem não apenas do povo, o que talvez seja normal em uma democracia, mas também de políticos estrangeiros. Nenhum líder quer ser superado por seus colegas estrangeiros e ser visto como tendo o plano mais fraco para enfrentar a crise. Nesse caso, Boris Johnson, do Reino Unido, reverteu suas políticas, e Stefan Löfvén, da Suécia, vem dando indicações de que irá ceder a algumas pressões externa (embora ainda não o tenha feito, o que é extraordinário).
Mas a pressão mais forte sobre os governos provavelmente vem da mídia, especialmente, nos tempos atuais, da onipresente internet e suas redes sociais. Os políticos agora são constantemente examinados, investigados e responsabilizados, algo que não ocorria com a geração anterior. Escrutinar políticos é essencial, mas sempre há o risco de desdobramentos anti-liberdade.
Além disso, a mídia convencional, voltada para as massas, é propensa a dramatizar e exagerar eventos, pois isso contribui para mais audiência. Mas também porque os jornalistas não são virologistas. A grande mídia geralmente tende simplificar os fatos e interpretá-los erroneamente, de maneira propositada ou não. Um exemplo disso é a taxa de mortalidade do COVID-19, que é constantemente relatada como muito maior do que é, pois apenas casos declarados são usados (a chamada taxa de mortalidade de casos).
De maneira mais geral, a atitude predominante da mídia é que absolutamente tudo deve ser feito para salvar uma pequena minoria de toda a população, mesmo que isso custe um futuro sofrimento econômico para centenas de milhões de pessoas.
Este é o clássico dilema socialista e intervencionista: até onde isso vai? Onde tudo isso pára? Em um mundo de recursos escassos, quanto dinheiro do pagador de impostos o estado deve gastar para tentar salvar uma vida (e prejudicar centenas de milhões de outras)?
Por último, é necessário ter uma explicação mais sombria e cínica para a reação política à pandemia: o poder em tempos de crise.
O estado nunca perde a chance de aumentar seu poder. As crises são consideradas grandes oportunidades políticas e, portanto, têm sido usadas inúmeras vezes na história pelos governantes. Este foi o caso durante e após a Primeira Guerra Mundial e a Segunda Guerra Mundial, bem como após o 11 de setembro, com a aprovação no Congresso da Lei PATRIOT. Mas isso também se aplica a crises menores, como o pânico atual. Os pacotes de estímulo econômico que estão sendo propostos agora beneficiarão novamente os banqueiros corporativistas, como aconteceu durante a crise financeira.
Para concluir
O fato de a maioria dos governos ocidentais ter decidido imitar a ditadura chinesa ao impor um severo bloqueio da sociedade deve ser um alerta para as almas inocentes que ainda acreditam, mesmo após o julgamento de Julian Assange, que o Ocidente ainda protege a liberdade individual.
Uma perigosa e assustadora escalada do poder político pode estar a caminho em um sistema econômico já frágil. As consequências políticas do confinamento generalizado de milhões de pessoas terão consequências duradouras no equilíbrio de poder entre estado e sociedade.
Embora a ordem "democrática liberal" ocidental nunca tenha realmente existido, exceto no nome, é claro que agora foi dado um passo decisivo em direção oposta a ela.
Essa crise econômica, desencadeada por políticos, também poderia levar, esperançosamente, a um entendimento mais claro da população de que mudanças constitucionais são necessárias em muitos países, a fim de limitar os poderes estatais em todos os cantos do globo.
Ao passo que o político ao menos tem total consciência dos sutis tons de cinza na formulação de políticas e do fino equilíbrio entre satisfazer várias partes interessadas, o cientista geralmente tem boas intenções, mas vê o mundo em preto e branco.
Assim, se for perguntado a um cientista como parar a propagação de uma pandemia, ele provavelmente responderá que a melhor e mais eficiente maneira é ordenando o confinamento estrito de toda a população em suas casas por semanas. É isso que o influente "Conseil Scientifique" da França recomendou, e pode muito bem ser verdade de um ponto de vista puramente científico (embora isso agora tenha se tornado totalmente debatível).
O problema surge quando políticos seguem entusiasticamente essas opiniões sem considerá-las à luz de suas consequências políticas e econômicas.
As duas primeiras razões mencionadas acima podem explicar por que os políticos tendem a depositar confiança excessiva nos cientistas: políticos não estão familiarizados o suficiente com a economia de mercado para compreender completamente as consequências de agir com base em pareceres puramente científicos, e pode ser do seu interesse agir com base em tais conselhos, já que fazer algo – qualquer coisa – é fundamental.
Uma quarta razão pela qual os políticos agiram de forma tão imprudente para combater a disseminação do COVID-19 é certamente a pressão política sob a qual estão sujeitos. Em tempos de (presumível) crise, um eleitorado inconsciente e politicamente sem instrução se volta a eles em busca de orientação, ou até em busca de ordens para seguir.
Mas a pressão vem não apenas do povo, o que talvez seja normal em uma democracia, mas também de políticos estrangeiros. Nenhum líder quer ser superado por seus colegas estrangeiros e ser visto como tendo o plano mais fraco para enfrentar a crise. Nesse caso, Boris Johnson, do Reino Unido, reverteu suas políticas, e Stefan Löfvén, da Suécia, vem dando indicações de que irá ceder a algumas pressões externa (embora ainda não o tenha feito, o que é extraordinário).
Mas a pressão mais forte sobre os governos provavelmente vem da mídia, especialmente, nos tempos atuais, da onipresente internet e suas redes sociais. Os políticos agora são constantemente examinados, investigados e responsabilizados, algo que não ocorria com a geração anterior. Escrutinar políticos é essencial, mas sempre há o risco de desdobramentos anti-liberdade.
Além disso, a mídia convencional, voltada para as massas, é propensa a dramatizar e exagerar eventos, pois isso contribui para mais audiência. Mas também porque os jornalistas não são virologistas. A grande mídia geralmente tende simplificar os fatos e interpretá-los erroneamente, de maneira propositada ou não. Um exemplo disso é a taxa de mortalidade do COVID-19, que é constantemente relatada como muito maior do que é, pois apenas casos declarados são usados (a chamada taxa de mortalidade de casos).
De maneira mais geral, a atitude predominante da mídia é que absolutamente tudo deve ser feito para salvar uma pequena minoria de toda a população, mesmo que isso custe um futuro sofrimento econômico para centenas de milhões de pessoas.
Este é o clássico dilema socialista e intervencionista: até onde isso vai? Onde tudo isso pára? Em um mundo de recursos escassos, quanto dinheiro do pagador de impostos o estado deve gastar para tentar salvar uma vida (e prejudicar centenas de milhões de outras)?
Por último, é necessário ter uma explicação mais sombria e cínica para a reação política à pandemia: o poder em tempos de crise.
O estado nunca perde a chance de aumentar seu poder. As crises são consideradas grandes oportunidades políticas e, portanto, têm sido usadas inúmeras vezes na história pelos governantes. Este foi o caso durante e após a Primeira Guerra Mundial e a Segunda Guerra Mundial, bem como após o 11 de setembro, com a aprovação no Congresso da Lei PATRIOT. Mas isso também se aplica a crises menores, como o pânico atual. Os pacotes de estímulo econômico que estão sendo propostos agora beneficiarão novamente os banqueiros corporativistas, como aconteceu durante a crise financeira.
Para concluir
O fato de a maioria dos governos ocidentais ter decidido imitar a ditadura chinesa ao impor um severo bloqueio da sociedade deve ser um alerta para as almas inocentes que ainda acreditam, mesmo após o julgamento de Julian Assange, que o Ocidente ainda protege a liberdade individual.
Uma perigosa e assustadora escalada do poder político pode estar a caminho em um sistema econômico já frágil. As consequências políticas do confinamento generalizado de milhões de pessoas terão consequências duradouras no equilíbrio de poder entre estado e sociedade.
Embora a ordem "democrática liberal" ocidental nunca tenha realmente existido, exceto no nome, é claro que agora foi dado um passo decisivo em direção oposta a ela.
Essa crise econômica, desencadeada por políticos, também poderia levar, esperançosamente, a um entendimento mais claro da população de que mudanças constitucionais são necessárias em muitos países, a fim de limitar os poderes estatais em todos os cantos do globo.
Esperemos que esta seja a lição aprendida pelos milhões confinados em suas casas, presos pela vontade arbitrária do estado.
03 de dezembro de 2020
Finn Andreen
03 de dezembro de 2020
Finn Andreen
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