Suprimir a verdade é a raiz de todo mal
Originalmente publicado em inglês em 2016, o Epoch Times tem o orgulho de republicar “Uma perseguição diabólica sem precedente: um genocídio contra o bem na humanidade” (editores Dr. Torsten Trey e Theresa Chu. Clear Insight Publishing, 2016). O livro ajuda a entender a extração forçada de órgãos que ocorre na China, explicando a causa fundamental dessa atrocidade: o genocídio cometido pelo regime comunista chinês contra os praticantes do Falun Gong.
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Capítulo 3: Suprimir a verdade é a raiz de todo mal
Por Chang Chin-hwa
Abraham Lincoln disse uma vez: “Informe o povo sobre a verdade e o país estará seguro.” O regime comunista chinês, no entanto, não apenas controla estritamente a mídia na China continental, destruindo a liberdade de expressão e a comunicação dos fatos, sua mão negra opressora alcançou até as sociedades livres. Sem liberdade, a verdade não pode ser divulgada, a consciência e a humanidade não existirão e o mal será desenfreado. De fato, a falta de liberdade é a maior desgraça de qualquer sociedade.
Vamos começar com um exemplo em Taiwan:
Mídia livre se torna porta-voz da propaganda
Em agosto de 2010, advogados taiwaneses de praticantes do Falun Gong apresentaram acusações criminais sem precedentes contra Huang Huahua, ex-governador da província chinesa de Guangdong, que estava programado para liderar uma delegação de negócios em Taiwan. As acusações apresentadas ao Supremo Ministério Público de Taiwan incluíram o crime de genocídio e violação de dois tratados da ONU: o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, que Taiwan adotou em 2009. Os advogados solicitaram que o seu papel na perseguição aos praticantes do Falun Gong fosse investigado e que ele fosse preso enquanto estivesse em Taiwan. Guangdong é uma das províncias da China onde a perseguição ao Falun Gong é mais severa. A extensão da crueldade é impressionante, com uma pesquisa recente confirmando 75 mortes e numerosos feridos como resultado de tortura. Desde que Huang assumiu o cargo de secretário do Partido Comunista em Guangzhou, a capital da província de Guangdong, ele esteve diretamente envolvido no comando, conspiração e organização da perseguição. Um exemplo é que um praticante taiwanês do Falun Gong foi detido durante sua visita à família na China continental.
Taiwan sempre afirmou ser uma nação “fundada nos direitos humanos”. No entanto, três em cada quatro principais jornais de Taiwan não cobriram as acusações feitas contra Huang e todas as principais emissoras comerciais de televisão também não apresentaram nenhuma reportagem.
De fato, não é incomum que a mídia de Taiwan e até as sociedades ocidentais deixem de denunciar a brutal perseguição ao Falun Gong. Alguns até se tornam porta-vozes do Partido Comunista Chinês (PCC) ao espalhar as mentiras do Partido.
Por que a mídia não está relatando os fatos sobre o Falun Gong? Por que a imprensa não é mais livre em uma sociedade livre? Que meios a China vermelha empregou para forçar a mídia em uma sociedade livre a sucumbir ao seu poder? Que impacto isso tem na sociedade? Vamos primeiro discutir a questão do controle do PCC sobre a mídia em uma sociedade livre.
Supressão da mídia livre: quatro métodos empregados pelo PCC para controlar a mídia no exterior
1. Adquirir propriedade e transformar a mídia em sua porta-voz
O Want Want Media Group em Taiwan é um bom exemplo. Em 2008, o China Times, um dos jornais populares de Taiwan, declinava rapidamente devido à concorrência acirrada, ao rápido desenvolvimento da internet e a sua própria má administração. Tsai Eng-meng, um magnata de Taiwan que vive na China continental, comprou a empresa a um preço (surpreendentemente) alto. Tsai era originalmente um empresário cujos conglomerados comerciais compreendem lanches, bebidas, imóveis, seguros, serviços financeiros, administração, hospitais, hotéis, etc., mais de 90% do seu lucro vem do mercado chinês continental (Legislatura, 2011). A revista Forbes o listou recentemente como o homem mais rico de Taiwan e um dos mais ricos da China continental. No entanto, de acordo com um artigo da revista The Economist publicado em abril de 2013, o Want Want foi listado como uma das maiores empresas financiadas por subsídios do governo chinês. Segundo a revista britânica, o subsídio que o Want Want recebeu do Partido Comunista Chinês totalizou 11,3% do lucro líquido da empresa em 2011. Podemos ver a estreita relação entre o incentivo do PCC e o sucesso do grupo Want Want.
Uma reportagem especial publicada na edição de fevereiro de 2009 da World Magazine de Taiwan citou um diálogo em uma publicação interna da Want Want: “Informando o diretor, nós compramos a China Times [Corporation].” Segundo esta reportagem, Tsai gastou NT$ 20,4 bilhões (cerca de US$ 70 milhões) para adquirir a China Times Corporation (que inclui seus jornais, um canal de notícias a cabo e um canal de TV sem fio). Ele relatou isso a Wang Yi, o diretor do Escritório China-Taiwan, um mês após a transição. Tsai também disse que o grupo de mídia seguiu exemplarmente suas “ordens superiores” para propagar a prosperidade da pátria-mãe (isto é, da China continental). Wang Yi respondeu: “Se você tiver alguma necessidade no futuro, nosso escritório certamente fará o possível para apoiá-lo.” (Lin Xingfei, 2009)
O diálogo acima mostra que o Want Want, como uma corporação subsidiada pela China, pagou um preço alto para adquirir a mídia, não apenas para fins comerciais, mas também políticos, para servir os interesses corporativos e do governo chinês. A academia se refere a essa relação como mídia “subserviente”. De fato, isso aconteceu não apenas em Taiwan, mas também em Hong Kong e outros países. Nos últimos anos, a aquisição completa ou de participação controladora das mídias de língua chinesa no exterior foram gradualmente consolidadas por esses empresários subservientes. Nas sociedades livres e democráticas, a mídia enfatiza a objetividade e a neutralidade, relatando os fatos, atendendo ao interesse público e desempenhando o papel de “quarto poder”. No entanto, esses meios de comunicação, embora não diretamente sob o controle do Partido Comunista Chinês, também atuam como porta-vozes, servindo os interesses políticos do PCC e relatando apenas “as prosperidades da pátria-mãe”.
2. Controle da produção de notícias, redirecionando trabalhadores midiáticos, editoriais e conteúdo
A segunda fase é controlar os editoriais e o pessoal envolvido. Em fevereiro de 2012, o famoso vencedor do prêmio americano Pulitzer, Andrew Higgins, entrevistou Tsai Eng-meng do Want Want Group. Ele divulgou que a mídia Want Want não apenas fez grandes mudanças no seu pessoal, mas também assumiu o controlou do seu conteúdo editorial para atender ao Partido Comunista Chinês. Higgins revelou ainda as semelhanças entre a posição de Tsai e a do PCC sobre as questões do Massacre de 4 de Junho e da democracia na China. Por exemplo, Tsai disse: “Eu percebi que muitas pessoas não poderiam realmente ter morrido… [a China] é muito democrática em vários lugares… se você gosta ou não, a unificação [com Taiwan] ocorrerá mais cedo ou mais tarde.” Tsai alegou que o motivo para demitir a editora-chefe do China Times foi que ela “magoou-me ofendendo pessoas, não apenas as do continente. Em muitas coisas, as pessoas ficaram ofendidas.” Tsai acrescentou: Os jornalistas são livres para criticar, mas eles “precisam pensar cuidadosamente antes de escreverem”. [1]
Muitos intelectuais de Taiwan ficaram furiosos na época. Eles iniciaram ondas de protestos, criticando as observações de Tsai em função dos fatos conhecidos nas sociedades livres sobre o Massacre da Praça da Paz Celestial. Eles também questionaram o Want Want Media Group por demitir dissidentes, controlar funcionários e abusar da liberdade de imprensa. Também demitido pelo Want Want Group, o editor da página de opinião do China Times fez uma observação sincera em uma conferência de imprensa que ele “não tinha permissão para tratar de tópicos sensíveis, como o Massacre de 4 de Junho, o Falun Gong, o consenso de 1992, o Dalai Lama, etc.” Sob essa pressão, os repórteres caem na autocensura: “Uma vez que eles mantêm uma polícia interna em mente, os editores evitarão questões delicadas por si mesmos.” (Xu Peijun, 2012)
De fato, a mídia subserviente não apenas ignora descaradamente os códigos jornalísticos, mas do mesmo modo viola as leis. No início deste capítulo, mencionamos que Huang Huahua liderou uma delegação de negócios em Taiwan em 2010 e foi processado por advogados do Falun Gong. A maioria da grande mídia de Taiwan, incluindo o Want Want, evitou abordar esse acontecimento. Em vez disso, todos forneceram extensas reportagens sobre o “amor” de Huang por Taiwan, quão produtiva e frutífera foi sua viagem, o rápido desenvolvimento da província de Guangdong, as oportunidades de ouro para investimentos e o estreito vínculo entre Taiwan e a “pátria-mãe China”. Não foi dada atenção à grave poluição ambiental, corrupção e violações dos direitos humanos em Guangdong ou aos protestos dos empresários taiwaneses contra ele. Toda a cobertura difundida revelou-se como propaganda unilateral. De fato, cada “notícia positiva” era uma matéria paga de propaganda. Uma investigação conduzida pelo Conselho de Auditoria e Inspeção de Taiwan em novembro de 2011 confirmou que mais de uma mídia praticou a inserção de notícias (ou seja, a publicação de “propaganda disfarçada de notícia”). Essas violações, argumentam os investigadores, minam o profissionalismo jornalístico, enganam os leitores e ameaçam a segurança nacional.
O Partido Comunista Chinês manipula a mídia noticiosa de várias maneiras, incluindo a aquisição de propriedade, o controle de pessoal, a restrição da autonomia editorial, a censura da cobertura noticiosa, etc., que resultaram em uma corrupção enorme do jornalismo. A consciência dos repórteres foi suprimida e distorcida e o conteúdo noticioso se tornou mera propaganda e falsidade. O caso do Want Want Group é apenas a ponta do iceberg.
3. Controle da publicidade e benefícios; intimidação e silenciamento da mídia
Mesmo que não houvesse mudanças na estrutura de propriedade, o Partido Comunista Chinês ainda usaria incentivos econômicos, anúncios e benefícios de marketing para manipular a mídia. De fato, isso se tornou prática comum. Por exemplo, um apresentador de programa de entrevista de TV bastante popular, conhecido por seu estilo franco e fortes críticas à China, foi substituído por causa da pressão do PCC. O Apple Daily de Hong Kong, conhecido por sua postura pró-democracia e anticomunista, sofreu a revogação significativa da publicidade de empresas que mantêm vínculos comerciais com a China, resultando em uma tremenda perda de receita e uma redução de 20% no número de páginas do jornal. Outro jornal de Hong Kong, am730, uma publicação gratuita, que mantém uma posição relativamente moderada, mas que já criticou o governo de Hong Kong instalado pelo PCC, também sofreu com o cancelamento de publicidade de pelo menos três bancos chineses, resultando em um sério golpe para a empresa do jornal.
De fato, a tática do Partido Comunista Chinês de retirar propaganda da mídia já existe há muito tempo, embora tenha se tornado mais difundida, ameaçando todas as mídias destinadas a atingir um público de língua chinesa. Para sobreviver, os repórteres tiveram que ir contra sua consciência e silenciar sua voz. É realmente lamentável que a mídia em uma sociedade livre não seja mais livre.
4. Ataques violentos para provocar medo
Para aqueles meios de comunicação ou críticos não controlados pelas várias táticas do Partido Comunista Chinês nas sociedades livres, a violência intimidadora usada contra dissidentes na China foi obviamente estendida à mídia estrangeira. O primeiro capítulo do Anuário da Liberdade de Hong Kong de 2014, “Ataques violentos a repórteres ameaçam a liberdade de imprensa”, destaca que a incidência de ataques violentos a jornalistas em Hong Kong aumentou drasticamente em frequência e gravidade nos dois anos anteriores ao relatório, visando não apenas repórteres francos, mas também os proprietários das agências de notícias. O incidente mais trágico que ocorreu nos últimos anos foi o do ex-editor-chefe do Ming Pao, Lau Chun-to (Liu Jintu), que foi brutalmente esfaqueado em plena luz do dia, sofrendo ferimentos graves. O ataque chamou a atenção internacional e dezenas de organizações de direitos humanos emitiram declarações expressando sua profunda preocupação e condenando o ato. Eles declararam que a violência afeta não apenas a mídia, mas desafia o estado de direito em Hong Kong, e é uma provocação contra a imprensa e a liberdade de expressão de Hong Kong em geral.
Além disso, os incidentes de violência contra a mídia oposicionista em Hong Kong têm sido cada vez mais frequentes nos últimos anos: os portões da residência de Lai Chi-ying (Li Zhiying), presidente da Next Media Ltd., o grupo de mídia mais anticomunista em Hong Kong, foram destruídos por um carro intruso; dezenas de milhares de cópias do jornal Apple Daily foram incendiadas maliciosamente em junho de 2013. O Ming Pao já recebeu um pacote com explosivos; estabelecimentos de vendas do Sing Tao Daily e do Oriental Daily News foram danificados por criminosos; executivos do Morning Media Group Ltd. de Hong Kong foram fisicamente atacados no centro de negócios da cidade; o presidente da revista iSunAffairs.com foi atacado por dois agressores mascarados com varas de madeira; o jornal Epoch Times, criado por praticantes do Falun Gong, está sob ataque constante. No entanto, a grande maioria desses ataques violentos contra a mídia e seus trabalhadores permanece sem solução.
Além desses ataques físicos brutais, o Partido Comunista Chinês teria estabelecido um exército on-line composto de centenas de milhares de pessoas dedicadas a atacar sites de grandes empresas e agências governamentais, paralisar sites ou roubar informações internas e privadas. Esses crimes de alta tecnologia têm aumentado nos últimos anos. Por exemplo, na noite anterior a uma grande manifestação pela democracia em Hong Kong e pelos direitos de voto público, o site da Next Media foi atacado no chamado “nível nacional”, com até quarenta milhões de acessos por segundo. Como consequência do roubo de dados internos, o hacking ocorrido ameaça a segurança das informações individuais e organizacionais. Os sites de notícias criados por praticantes do Falun Gong estão sob ataque constante há muito tempo. Em resposta à invasão e ameaças eletrônicas da China, muitos países, incluindo os EUA, aumentaram suas medidas de segurança.
Conclusão: da repressão às notícias à perseguição aos direitos humanos básicos
O Partido Comunista Chinês, por meio da manipulação política, econômica e editorial, além da violência intimidadora contra o pessoal da mídia, afetou severamente a maioria da mídia nas sociedades livres. Por exemplo, o Freedom House Report de 2014 classificou a liberdade de imprensa de Hong Kong na posição 74 entre 197 países, o que a qualifica como uma cidade “parcialmente livre”. Em contraste, em 2002, Hong Kong esteve no 18º lugar e era conhecida como um dos locais mais livres da Ásia. Desde que Hong Kong voltou ao domínio chinês em 1997, tornando-se sujeita às manipulações do PCC por anos, a cidade tristemente caiu de 18º para 74º em doze anos!
A liberdade de imprensa em Taiwan, igualmente influenciada pelos crescentes “programas de intercâmbio entre a China e Taiwan”, em certa medida, também declinou ano a ano. O Relatório de Liberdade de Imprensa de 2014 divulgado pela Freedom House classificou Taiwan em 47º, à frente de Hong Kong, e classificou Taiwan como um “país livre”. No entanto, em 2007, Taiwan ficou em 32º e, desde então, caiu 15 posições! O relatório sugeriu que a aquisição da mídia de Taiwan por um magnata taiwanês-chinês, mencionada acima, prejudicou significativamente a liberdade de imprensa em Taiwan.
O professor Yu Ying-shih (Yu Yingshi), um conhecido historiador chinês e membro da Academia Sínica de Taiwan, publicou uma carta em 2012, destacando que “em Taiwan, vários políticos poderosos e empresários ricos estão determinados a atender aos desejos do PCC motivados absolutamente por interesses próprios. Eles se infiltraram em todos os cantos de Taiwan, e a compra da mídia pública é apenas uma parte disso.” Ele questionou abertamente o impacto negativo do controle da opinião pública pelo PCC comprando e assimilando a mídia de Taiwan de 2012 a 2013.
A partir dos exemplos citados neste capítulo, pode-se observar o controle totalitário da liberdade e da consciência na China e no exterior pelo Partido Comunista Chinês. Isso tem corroído gravemente os valores centrais do jornalismo nas sociedades livres, incluindo o relato verdadeiro dos fatos, o monitoramento do poder e a salvaguarda do interesse público. As pessoas contam com uma cobertura de notícias imparcial para obter informações sobre todos os aspectos da vida, desde a segurança e saúde pessoais até os direitos civis e políticos. As pessoas fazem escolhas dependendo de informações verdadeiras e completas, viabilizadas por meios livres e opiniões diversas. Esse fluxo livre de informações é a base para a operação saudável de uma sociedade democrática, em que o poder pode ser supervisionado, o abuso de poder pode ser exposto, os interesses do povo podem ser salvaguardados e um sistema político sólido pode se arraigar. Informações verdadeiras também são fundamentais para manter a ordem e a paz na comunidade internacional. Atualmente, a comunidade internacional tem implicado o PCC em várias ofensas, incluindo a manipulação das taxas de câmbio, a expansão agressiva das suas forças armadas, práticas abusivas de diplomacia colonial, a pilhagem de recursos minerais, violações de direitos autorais, a exportação de produtos feitos por trabalho escravo, inundar os mercados globais com alimentos e produtos tóxicos, incluindo brinquedos, etc.
Várias crianças morreram sob os prédios escolares que colapsaram em 2008 durante o terremoto de Wenchuan, na província de Sichuan, como resultado da construção de má qualidade. Numerosos bebês sofreram graves problemas de saúde, e muitos morreram, após consumirem fórmulas infantis venenosas intencionalmente contaminadas por ganância e falta de consciência. As terras, o ar, a água e as fazendas da China estão severamente contaminados, impactando tanto os produtos domésticos quanto os exportados. Muitos países pagaram um alto preço pelos crimes do Partido Comunista Chinês, enquanto inúmeras pessoas ficaram feridas e inclusive perderam a vida. No entanto, sob o bloqueio de informações e a propaganda distorcida do PCC, medidas corretivas não puderam ser abordadas, e a maioria dos cidadãos chineses nem sequer está ciente dos problemas.
O cruel abuso de poder da China comunista levou à perseguição aos praticantes do Falun Gong, pessoas de diferentes crenças e credos e todos os tipos de dissidentes. O que é ainda mais desprezível é a perda de consciência e ética médica que resultou na extração forçada de órgãos, na venda de órgãos para fins lucrativos e na cremação imediata dos corpos, vivos ou mortos, para encobrir qualquer vestígio desses crimes. Por trás de todo tipo de mal e violência sistemáticos está o abuso de poder, funcionários corruptos, injustiça social e controle da mídia característicos de um regime autocrático. Os problemas são numerosos, mas o acesso público aos fatos está impedido. Como resultado, os pais são incapazes de proteger seus filhos, os professores são incapazes de defender seus alunos, os cidadãos são incapazes de salvaguardar o meio ambiente e não há estabilidade social que permita a sobrevivência e o bem-estar da próxima geração. O Partido Comunista Chinês usa seus porta-vozes, a mídia estatal, para elogiar o Partido como sendo “Grande, Glorioso e Justo” e fazer lavagem cerebral no povo. Aqueles que não têm acesso a informações externas ecoam a propaganda do Partido e se tornam cúmplices daqueles que difamam os inocentes e violam os direitos humanos.
O problema mais profundo do regime totalitário do Partido Comunista Chinês é a ameaça que este representa para o bem-estar individual, de modo que a proteção e a satisfação das necessidades da liderança e do próprio regime superam as necessidades de todos os outros. Quando a sobrevivência é ameaçada, as pessoas optam por abandonar a consciência e sucumbem ao mal, algumas até voluntariamente se tornam cúmplices da violência. Um dos principais temas do Museu do Holocausto dos Estados Unidos, em Washington, D.C., é que as pessoas mais próximas das vítimas costumam se tornar seus agressores: “Alguns [perpetradores] eram vizinhos.” Sob as mentiras e ameaças de violência, bons amigos, bons vizinhos ou bons colegas de classe se tornam cúmplices da perseguição, transformando-se de anjos em demônios. Portanto, não é apenas a violação do jornalismo profissional, mas também a distorção mais maligna da natureza humana que testemunhamos hoje no controle da mídia pelo PCC.
A questão dos direitos humanos do Falun Gong é um bom exemplo. Sob as ameaças do Partido Comunista Chinês, a mídia em geral coopera com a mídia oficial controlada pelo PCC ou permanece em silêncio. Mesmo quando confrontada com a acusação sem precedente mencionada anteriormente contra um político chinês, a maioria da grande mídia optou por permanecer em silêncio. O que é ainda mais lamentável, alguns meios de comunicação na verdade retrataram um funcionário flagrantemente corrompido como um “bom governador que se preocupa profundamente com o povo!” Torna-se difícil para o público em geral distinguir fatos de mentiras. Como resultado, eles podem se tornar defensores do perseguidor. Os jornalistas que optam por mentir não apenas traíram sua consciência profissional, mas também se tornaram cúmplices do perseguidor. Quando não há verdade e liberdade, não se pode julgar com consciência. Portanto, ao controlar e suprimir as notícias, o regime autoritário da China não está simplesmente vitimando o grupo-alvo, mas todas as pessoas.
Embora o chamado “fator China”, por meio da troca de favores e interesses, tenha erodido a base do jornalismo e das sociedades democráticas, ainda existem pessoas que tentam conhecer os fatos e entender a verdade. Como essas pessoas apreciam a liberdade e mantêm a consciência, elas se levantam para expor e resistir à repressão. Um exemplo é o movimento social contra a fusão e aquisição do grupo de mídia China Times pela Want Want Corporation. Dezenas de milhares de pessoas, incluindo professores e estudantes universitários, bem como ONGs e grupos comunitários, uniram forças. Através da internet, eles formaram um movimento importante exigindo liberdade de imprensa, diversidade e reforma da mídia. Quando um grande número de cidadãos protestou espontaneamente nas ruas, o governo de Taiwan foi finalmente levado a prestar mais atenção aos regulamentos sobre a diversidade da mídia e às revisões de fusões. Além de estabelecer condições estritas que regulam a fusão pelo Comitê Nacional de Comunicações, o Legislativo Yuan de Taiwan também lançou ações de revisão da lei de antimonopólio da mídia. Finalmente, sob a pressão de uma enorme oposição civil, o grupo Want Want recuou de fusões adicionais. Este é realmente o poder da bondade que conquistou uma vitória para as liberdades civis.
Os praticantes do Falun Gong têm sido um dos grupos mais ativos do mundo, ajudando as pessoas a enxergarem além da propaganda do Partido Comunista Chinês. Por mais de 15 anos, praticantes dentro e fora da China, muitas vezes em grande risco para suas vidas, continuam dedicando seu tempo, esforços e recursos para revelar os fatos, não apenas da perseguição ao Falun Gong, mas também dos vários abusos cometidos pelo PCC. Ao distribuir folhetos de esclarecimento da verdade e outros materiais nas ruas, visitar os escritórios de congressistas e senadores, trabalhar com os tribunais e dialogar com a mídia, os praticantes do Falun Gong permitem que as pessoas conheçam os fatos e entendam a verdade. Por meio das suas atividades para resgatar os praticantes perseguidos na China e posicionando-se contra esta perseguição ilegal e imoral, os praticantes do Falun Gong capacitam as pessoas a se tornarem corajosas o suficiente para não apenas apoiarem o Falun Gong, mas também tomarem iniciativas para ajudar a acabar com a perseguição; e ao fazê-lo, elas mudam a si mesmas e o mundo.
O famoso repórter e comentarista político Walter Lippmann disse uma vez: “Sem fatos, não pode haver liberdade.” [2] Não importa como os regimes autoritários tentem suprimir a liberdade e a verdade, e quanto a mídia foi controlada e ameaçada, é realmente simples combater esse mal. Se todos nós fizermos algum esforço para entender a verdade a partir dos materiais distribuídos pelos praticantes do Falun Gong, então a verdade não será mais bloqueada e o poder dos fatos e da justiça se expandirá, então o mal e suas mentiras perderão suas bases de sustentação e ruirão.
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Capítulo 3: Suprimir a verdade é a raiz de todo mal
Por Chang Chin-hwa
Abraham Lincoln disse uma vez: “Informe o povo sobre a verdade e o país estará seguro.” O regime comunista chinês, no entanto, não apenas controla estritamente a mídia na China continental, destruindo a liberdade de expressão e a comunicação dos fatos, sua mão negra opressora alcançou até as sociedades livres. Sem liberdade, a verdade não pode ser divulgada, a consciência e a humanidade não existirão e o mal será desenfreado. De fato, a falta de liberdade é a maior desgraça de qualquer sociedade.
Vamos começar com um exemplo em Taiwan:
Mídia livre se torna porta-voz da propaganda
Em agosto de 2010, advogados taiwaneses de praticantes do Falun Gong apresentaram acusações criminais sem precedentes contra Huang Huahua, ex-governador da província chinesa de Guangdong, que estava programado para liderar uma delegação de negócios em Taiwan. As acusações apresentadas ao Supremo Ministério Público de Taiwan incluíram o crime de genocídio e violação de dois tratados da ONU: o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, que Taiwan adotou em 2009. Os advogados solicitaram que o seu papel na perseguição aos praticantes do Falun Gong fosse investigado e que ele fosse preso enquanto estivesse em Taiwan. Guangdong é uma das províncias da China onde a perseguição ao Falun Gong é mais severa. A extensão da crueldade é impressionante, com uma pesquisa recente confirmando 75 mortes e numerosos feridos como resultado de tortura. Desde que Huang assumiu o cargo de secretário do Partido Comunista em Guangzhou, a capital da província de Guangdong, ele esteve diretamente envolvido no comando, conspiração e organização da perseguição. Um exemplo é que um praticante taiwanês do Falun Gong foi detido durante sua visita à família na China continental.
Taiwan sempre afirmou ser uma nação “fundada nos direitos humanos”. No entanto, três em cada quatro principais jornais de Taiwan não cobriram as acusações feitas contra Huang e todas as principais emissoras comerciais de televisão também não apresentaram nenhuma reportagem.
De fato, não é incomum que a mídia de Taiwan e até as sociedades ocidentais deixem de denunciar a brutal perseguição ao Falun Gong. Alguns até se tornam porta-vozes do Partido Comunista Chinês (PCC) ao espalhar as mentiras do Partido.
Por que a mídia não está relatando os fatos sobre o Falun Gong? Por que a imprensa não é mais livre em uma sociedade livre? Que meios a China vermelha empregou para forçar a mídia em uma sociedade livre a sucumbir ao seu poder? Que impacto isso tem na sociedade? Vamos primeiro discutir a questão do controle do PCC sobre a mídia em uma sociedade livre.
Supressão da mídia livre: quatro métodos empregados pelo PCC para controlar a mídia no exterior
1. Adquirir propriedade e transformar a mídia em sua porta-voz
O Want Want Media Group em Taiwan é um bom exemplo. Em 2008, o China Times, um dos jornais populares de Taiwan, declinava rapidamente devido à concorrência acirrada, ao rápido desenvolvimento da internet e a sua própria má administração. Tsai Eng-meng, um magnata de Taiwan que vive na China continental, comprou a empresa a um preço (surpreendentemente) alto. Tsai era originalmente um empresário cujos conglomerados comerciais compreendem lanches, bebidas, imóveis, seguros, serviços financeiros, administração, hospitais, hotéis, etc., mais de 90% do seu lucro vem do mercado chinês continental (Legislatura, 2011). A revista Forbes o listou recentemente como o homem mais rico de Taiwan e um dos mais ricos da China continental. No entanto, de acordo com um artigo da revista The Economist publicado em abril de 2013, o Want Want foi listado como uma das maiores empresas financiadas por subsídios do governo chinês. Segundo a revista britânica, o subsídio que o Want Want recebeu do Partido Comunista Chinês totalizou 11,3% do lucro líquido da empresa em 2011. Podemos ver a estreita relação entre o incentivo do PCC e o sucesso do grupo Want Want.
Uma reportagem especial publicada na edição de fevereiro de 2009 da World Magazine de Taiwan citou um diálogo em uma publicação interna da Want Want: “Informando o diretor, nós compramos a China Times [Corporation].” Segundo esta reportagem, Tsai gastou NT$ 20,4 bilhões (cerca de US$ 70 milhões) para adquirir a China Times Corporation (que inclui seus jornais, um canal de notícias a cabo e um canal de TV sem fio). Ele relatou isso a Wang Yi, o diretor do Escritório China-Taiwan, um mês após a transição. Tsai também disse que o grupo de mídia seguiu exemplarmente suas “ordens superiores” para propagar a prosperidade da pátria-mãe (isto é, da China continental). Wang Yi respondeu: “Se você tiver alguma necessidade no futuro, nosso escritório certamente fará o possível para apoiá-lo.” (Lin Xingfei, 2009)
O diálogo acima mostra que o Want Want, como uma corporação subsidiada pela China, pagou um preço alto para adquirir a mídia, não apenas para fins comerciais, mas também políticos, para servir os interesses corporativos e do governo chinês. A academia se refere a essa relação como mídia “subserviente”. De fato, isso aconteceu não apenas em Taiwan, mas também em Hong Kong e outros países. Nos últimos anos, a aquisição completa ou de participação controladora das mídias de língua chinesa no exterior foram gradualmente consolidadas por esses empresários subservientes. Nas sociedades livres e democráticas, a mídia enfatiza a objetividade e a neutralidade, relatando os fatos, atendendo ao interesse público e desempenhando o papel de “quarto poder”. No entanto, esses meios de comunicação, embora não diretamente sob o controle do Partido Comunista Chinês, também atuam como porta-vozes, servindo os interesses políticos do PCC e relatando apenas “as prosperidades da pátria-mãe”.
2. Controle da produção de notícias, redirecionando trabalhadores midiáticos, editoriais e conteúdo
A segunda fase é controlar os editoriais e o pessoal envolvido. Em fevereiro de 2012, o famoso vencedor do prêmio americano Pulitzer, Andrew Higgins, entrevistou Tsai Eng-meng do Want Want Group. Ele divulgou que a mídia Want Want não apenas fez grandes mudanças no seu pessoal, mas também assumiu o controlou do seu conteúdo editorial para atender ao Partido Comunista Chinês. Higgins revelou ainda as semelhanças entre a posição de Tsai e a do PCC sobre as questões do Massacre de 4 de Junho e da democracia na China. Por exemplo, Tsai disse: “Eu percebi que muitas pessoas não poderiam realmente ter morrido… [a China] é muito democrática em vários lugares… se você gosta ou não, a unificação [com Taiwan] ocorrerá mais cedo ou mais tarde.” Tsai alegou que o motivo para demitir a editora-chefe do China Times foi que ela “magoou-me ofendendo pessoas, não apenas as do continente. Em muitas coisas, as pessoas ficaram ofendidas.” Tsai acrescentou: Os jornalistas são livres para criticar, mas eles “precisam pensar cuidadosamente antes de escreverem”. [1]
Muitos intelectuais de Taiwan ficaram furiosos na época. Eles iniciaram ondas de protestos, criticando as observações de Tsai em função dos fatos conhecidos nas sociedades livres sobre o Massacre da Praça da Paz Celestial. Eles também questionaram o Want Want Media Group por demitir dissidentes, controlar funcionários e abusar da liberdade de imprensa. Também demitido pelo Want Want Group, o editor da página de opinião do China Times fez uma observação sincera em uma conferência de imprensa que ele “não tinha permissão para tratar de tópicos sensíveis, como o Massacre de 4 de Junho, o Falun Gong, o consenso de 1992, o Dalai Lama, etc.” Sob essa pressão, os repórteres caem na autocensura: “Uma vez que eles mantêm uma polícia interna em mente, os editores evitarão questões delicadas por si mesmos.” (Xu Peijun, 2012)
De fato, a mídia subserviente não apenas ignora descaradamente os códigos jornalísticos, mas do mesmo modo viola as leis. No início deste capítulo, mencionamos que Huang Huahua liderou uma delegação de negócios em Taiwan em 2010 e foi processado por advogados do Falun Gong. A maioria da grande mídia de Taiwan, incluindo o Want Want, evitou abordar esse acontecimento. Em vez disso, todos forneceram extensas reportagens sobre o “amor” de Huang por Taiwan, quão produtiva e frutífera foi sua viagem, o rápido desenvolvimento da província de Guangdong, as oportunidades de ouro para investimentos e o estreito vínculo entre Taiwan e a “pátria-mãe China”. Não foi dada atenção à grave poluição ambiental, corrupção e violações dos direitos humanos em Guangdong ou aos protestos dos empresários taiwaneses contra ele. Toda a cobertura difundida revelou-se como propaganda unilateral. De fato, cada “notícia positiva” era uma matéria paga de propaganda. Uma investigação conduzida pelo Conselho de Auditoria e Inspeção de Taiwan em novembro de 2011 confirmou que mais de uma mídia praticou a inserção de notícias (ou seja, a publicação de “propaganda disfarçada de notícia”). Essas violações, argumentam os investigadores, minam o profissionalismo jornalístico, enganam os leitores e ameaçam a segurança nacional.
O Partido Comunista Chinês manipula a mídia noticiosa de várias maneiras, incluindo a aquisição de propriedade, o controle de pessoal, a restrição da autonomia editorial, a censura da cobertura noticiosa, etc., que resultaram em uma corrupção enorme do jornalismo. A consciência dos repórteres foi suprimida e distorcida e o conteúdo noticioso se tornou mera propaganda e falsidade. O caso do Want Want Group é apenas a ponta do iceberg.
3. Controle da publicidade e benefícios; intimidação e silenciamento da mídia
Mesmo que não houvesse mudanças na estrutura de propriedade, o Partido Comunista Chinês ainda usaria incentivos econômicos, anúncios e benefícios de marketing para manipular a mídia. De fato, isso se tornou prática comum. Por exemplo, um apresentador de programa de entrevista de TV bastante popular, conhecido por seu estilo franco e fortes críticas à China, foi substituído por causa da pressão do PCC. O Apple Daily de Hong Kong, conhecido por sua postura pró-democracia e anticomunista, sofreu a revogação significativa da publicidade de empresas que mantêm vínculos comerciais com a China, resultando em uma tremenda perda de receita e uma redução de 20% no número de páginas do jornal. Outro jornal de Hong Kong, am730, uma publicação gratuita, que mantém uma posição relativamente moderada, mas que já criticou o governo de Hong Kong instalado pelo PCC, também sofreu com o cancelamento de publicidade de pelo menos três bancos chineses, resultando em um sério golpe para a empresa do jornal.
De fato, a tática do Partido Comunista Chinês de retirar propaganda da mídia já existe há muito tempo, embora tenha se tornado mais difundida, ameaçando todas as mídias destinadas a atingir um público de língua chinesa. Para sobreviver, os repórteres tiveram que ir contra sua consciência e silenciar sua voz. É realmente lamentável que a mídia em uma sociedade livre não seja mais livre.
4. Ataques violentos para provocar medo
Para aqueles meios de comunicação ou críticos não controlados pelas várias táticas do Partido Comunista Chinês nas sociedades livres, a violência intimidadora usada contra dissidentes na China foi obviamente estendida à mídia estrangeira. O primeiro capítulo do Anuário da Liberdade de Hong Kong de 2014, “Ataques violentos a repórteres ameaçam a liberdade de imprensa”, destaca que a incidência de ataques violentos a jornalistas em Hong Kong aumentou drasticamente em frequência e gravidade nos dois anos anteriores ao relatório, visando não apenas repórteres francos, mas também os proprietários das agências de notícias. O incidente mais trágico que ocorreu nos últimos anos foi o do ex-editor-chefe do Ming Pao, Lau Chun-to (Liu Jintu), que foi brutalmente esfaqueado em plena luz do dia, sofrendo ferimentos graves. O ataque chamou a atenção internacional e dezenas de organizações de direitos humanos emitiram declarações expressando sua profunda preocupação e condenando o ato. Eles declararam que a violência afeta não apenas a mídia, mas desafia o estado de direito em Hong Kong, e é uma provocação contra a imprensa e a liberdade de expressão de Hong Kong em geral.
Além disso, os incidentes de violência contra a mídia oposicionista em Hong Kong têm sido cada vez mais frequentes nos últimos anos: os portões da residência de Lai Chi-ying (Li Zhiying), presidente da Next Media Ltd., o grupo de mídia mais anticomunista em Hong Kong, foram destruídos por um carro intruso; dezenas de milhares de cópias do jornal Apple Daily foram incendiadas maliciosamente em junho de 2013. O Ming Pao já recebeu um pacote com explosivos; estabelecimentos de vendas do Sing Tao Daily e do Oriental Daily News foram danificados por criminosos; executivos do Morning Media Group Ltd. de Hong Kong foram fisicamente atacados no centro de negócios da cidade; o presidente da revista iSunAffairs.com foi atacado por dois agressores mascarados com varas de madeira; o jornal Epoch Times, criado por praticantes do Falun Gong, está sob ataque constante. No entanto, a grande maioria desses ataques violentos contra a mídia e seus trabalhadores permanece sem solução.
Além desses ataques físicos brutais, o Partido Comunista Chinês teria estabelecido um exército on-line composto de centenas de milhares de pessoas dedicadas a atacar sites de grandes empresas e agências governamentais, paralisar sites ou roubar informações internas e privadas. Esses crimes de alta tecnologia têm aumentado nos últimos anos. Por exemplo, na noite anterior a uma grande manifestação pela democracia em Hong Kong e pelos direitos de voto público, o site da Next Media foi atacado no chamado “nível nacional”, com até quarenta milhões de acessos por segundo. Como consequência do roubo de dados internos, o hacking ocorrido ameaça a segurança das informações individuais e organizacionais. Os sites de notícias criados por praticantes do Falun Gong estão sob ataque constante há muito tempo. Em resposta à invasão e ameaças eletrônicas da China, muitos países, incluindo os EUA, aumentaram suas medidas de segurança.
Conclusão: da repressão às notícias à perseguição aos direitos humanos básicos
O Partido Comunista Chinês, por meio da manipulação política, econômica e editorial, além da violência intimidadora contra o pessoal da mídia, afetou severamente a maioria da mídia nas sociedades livres. Por exemplo, o Freedom House Report de 2014 classificou a liberdade de imprensa de Hong Kong na posição 74 entre 197 países, o que a qualifica como uma cidade “parcialmente livre”. Em contraste, em 2002, Hong Kong esteve no 18º lugar e era conhecida como um dos locais mais livres da Ásia. Desde que Hong Kong voltou ao domínio chinês em 1997, tornando-se sujeita às manipulações do PCC por anos, a cidade tristemente caiu de 18º para 74º em doze anos!
A liberdade de imprensa em Taiwan, igualmente influenciada pelos crescentes “programas de intercâmbio entre a China e Taiwan”, em certa medida, também declinou ano a ano. O Relatório de Liberdade de Imprensa de 2014 divulgado pela Freedom House classificou Taiwan em 47º, à frente de Hong Kong, e classificou Taiwan como um “país livre”. No entanto, em 2007, Taiwan ficou em 32º e, desde então, caiu 15 posições! O relatório sugeriu que a aquisição da mídia de Taiwan por um magnata taiwanês-chinês, mencionada acima, prejudicou significativamente a liberdade de imprensa em Taiwan.
O professor Yu Ying-shih (Yu Yingshi), um conhecido historiador chinês e membro da Academia Sínica de Taiwan, publicou uma carta em 2012, destacando que “em Taiwan, vários políticos poderosos e empresários ricos estão determinados a atender aos desejos do PCC motivados absolutamente por interesses próprios. Eles se infiltraram em todos os cantos de Taiwan, e a compra da mídia pública é apenas uma parte disso.” Ele questionou abertamente o impacto negativo do controle da opinião pública pelo PCC comprando e assimilando a mídia de Taiwan de 2012 a 2013.
A partir dos exemplos citados neste capítulo, pode-se observar o controle totalitário da liberdade e da consciência na China e no exterior pelo Partido Comunista Chinês. Isso tem corroído gravemente os valores centrais do jornalismo nas sociedades livres, incluindo o relato verdadeiro dos fatos, o monitoramento do poder e a salvaguarda do interesse público. As pessoas contam com uma cobertura de notícias imparcial para obter informações sobre todos os aspectos da vida, desde a segurança e saúde pessoais até os direitos civis e políticos. As pessoas fazem escolhas dependendo de informações verdadeiras e completas, viabilizadas por meios livres e opiniões diversas. Esse fluxo livre de informações é a base para a operação saudável de uma sociedade democrática, em que o poder pode ser supervisionado, o abuso de poder pode ser exposto, os interesses do povo podem ser salvaguardados e um sistema político sólido pode se arraigar. Informações verdadeiras também são fundamentais para manter a ordem e a paz na comunidade internacional. Atualmente, a comunidade internacional tem implicado o PCC em várias ofensas, incluindo a manipulação das taxas de câmbio, a expansão agressiva das suas forças armadas, práticas abusivas de diplomacia colonial, a pilhagem de recursos minerais, violações de direitos autorais, a exportação de produtos feitos por trabalho escravo, inundar os mercados globais com alimentos e produtos tóxicos, incluindo brinquedos, etc.
Várias crianças morreram sob os prédios escolares que colapsaram em 2008 durante o terremoto de Wenchuan, na província de Sichuan, como resultado da construção de má qualidade. Numerosos bebês sofreram graves problemas de saúde, e muitos morreram, após consumirem fórmulas infantis venenosas intencionalmente contaminadas por ganância e falta de consciência. As terras, o ar, a água e as fazendas da China estão severamente contaminados, impactando tanto os produtos domésticos quanto os exportados. Muitos países pagaram um alto preço pelos crimes do Partido Comunista Chinês, enquanto inúmeras pessoas ficaram feridas e inclusive perderam a vida. No entanto, sob o bloqueio de informações e a propaganda distorcida do PCC, medidas corretivas não puderam ser abordadas, e a maioria dos cidadãos chineses nem sequer está ciente dos problemas.
O cruel abuso de poder da China comunista levou à perseguição aos praticantes do Falun Gong, pessoas de diferentes crenças e credos e todos os tipos de dissidentes. O que é ainda mais desprezível é a perda de consciência e ética médica que resultou na extração forçada de órgãos, na venda de órgãos para fins lucrativos e na cremação imediata dos corpos, vivos ou mortos, para encobrir qualquer vestígio desses crimes. Por trás de todo tipo de mal e violência sistemáticos está o abuso de poder, funcionários corruptos, injustiça social e controle da mídia característicos de um regime autocrático. Os problemas são numerosos, mas o acesso público aos fatos está impedido. Como resultado, os pais são incapazes de proteger seus filhos, os professores são incapazes de defender seus alunos, os cidadãos são incapazes de salvaguardar o meio ambiente e não há estabilidade social que permita a sobrevivência e o bem-estar da próxima geração. O Partido Comunista Chinês usa seus porta-vozes, a mídia estatal, para elogiar o Partido como sendo “Grande, Glorioso e Justo” e fazer lavagem cerebral no povo. Aqueles que não têm acesso a informações externas ecoam a propaganda do Partido e se tornam cúmplices daqueles que difamam os inocentes e violam os direitos humanos.
O problema mais profundo do regime totalitário do Partido Comunista Chinês é a ameaça que este representa para o bem-estar individual, de modo que a proteção e a satisfação das necessidades da liderança e do próprio regime superam as necessidades de todos os outros. Quando a sobrevivência é ameaçada, as pessoas optam por abandonar a consciência e sucumbem ao mal, algumas até voluntariamente se tornam cúmplices da violência. Um dos principais temas do Museu do Holocausto dos Estados Unidos, em Washington, D.C., é que as pessoas mais próximas das vítimas costumam se tornar seus agressores: “Alguns [perpetradores] eram vizinhos.” Sob as mentiras e ameaças de violência, bons amigos, bons vizinhos ou bons colegas de classe se tornam cúmplices da perseguição, transformando-se de anjos em demônios. Portanto, não é apenas a violação do jornalismo profissional, mas também a distorção mais maligna da natureza humana que testemunhamos hoje no controle da mídia pelo PCC.
A questão dos direitos humanos do Falun Gong é um bom exemplo. Sob as ameaças do Partido Comunista Chinês, a mídia em geral coopera com a mídia oficial controlada pelo PCC ou permanece em silêncio. Mesmo quando confrontada com a acusação sem precedente mencionada anteriormente contra um político chinês, a maioria da grande mídia optou por permanecer em silêncio. O que é ainda mais lamentável, alguns meios de comunicação na verdade retrataram um funcionário flagrantemente corrompido como um “bom governador que se preocupa profundamente com o povo!” Torna-se difícil para o público em geral distinguir fatos de mentiras. Como resultado, eles podem se tornar defensores do perseguidor. Os jornalistas que optam por mentir não apenas traíram sua consciência profissional, mas também se tornaram cúmplices do perseguidor. Quando não há verdade e liberdade, não se pode julgar com consciência. Portanto, ao controlar e suprimir as notícias, o regime autoritário da China não está simplesmente vitimando o grupo-alvo, mas todas as pessoas.
Embora o chamado “fator China”, por meio da troca de favores e interesses, tenha erodido a base do jornalismo e das sociedades democráticas, ainda existem pessoas que tentam conhecer os fatos e entender a verdade. Como essas pessoas apreciam a liberdade e mantêm a consciência, elas se levantam para expor e resistir à repressão. Um exemplo é o movimento social contra a fusão e aquisição do grupo de mídia China Times pela Want Want Corporation. Dezenas de milhares de pessoas, incluindo professores e estudantes universitários, bem como ONGs e grupos comunitários, uniram forças. Através da internet, eles formaram um movimento importante exigindo liberdade de imprensa, diversidade e reforma da mídia. Quando um grande número de cidadãos protestou espontaneamente nas ruas, o governo de Taiwan foi finalmente levado a prestar mais atenção aos regulamentos sobre a diversidade da mídia e às revisões de fusões. Além de estabelecer condições estritas que regulam a fusão pelo Comitê Nacional de Comunicações, o Legislativo Yuan de Taiwan também lançou ações de revisão da lei de antimonopólio da mídia. Finalmente, sob a pressão de uma enorme oposição civil, o grupo Want Want recuou de fusões adicionais. Este é realmente o poder da bondade que conquistou uma vitória para as liberdades civis.
Os praticantes do Falun Gong têm sido um dos grupos mais ativos do mundo, ajudando as pessoas a enxergarem além da propaganda do Partido Comunista Chinês. Por mais de 15 anos, praticantes dentro e fora da China, muitas vezes em grande risco para suas vidas, continuam dedicando seu tempo, esforços e recursos para revelar os fatos, não apenas da perseguição ao Falun Gong, mas também dos vários abusos cometidos pelo PCC. Ao distribuir folhetos de esclarecimento da verdade e outros materiais nas ruas, visitar os escritórios de congressistas e senadores, trabalhar com os tribunais e dialogar com a mídia, os praticantes do Falun Gong permitem que as pessoas conheçam os fatos e entendam a verdade. Por meio das suas atividades para resgatar os praticantes perseguidos na China e posicionando-se contra esta perseguição ilegal e imoral, os praticantes do Falun Gong capacitam as pessoas a se tornarem corajosas o suficiente para não apenas apoiarem o Falun Gong, mas também tomarem iniciativas para ajudar a acabar com a perseguição; e ao fazê-lo, elas mudam a si mesmas e o mundo.
O famoso repórter e comentarista político Walter Lippmann disse uma vez: “Sem fatos, não pode haver liberdade.” [2] Não importa como os regimes autoritários tentem suprimir a liberdade e a verdade, e quanto a mídia foi controlada e ameaçada, é realmente simples combater esse mal. Se todos nós fizermos algum esforço para entender a verdade a partir dos materiais distribuídos pelos praticantes do Falun Gong, então a verdade não será mais bloqueada e o poder dos fatos e da justiça se expandirá, então o mal e suas mentiras perderão suas bases de sustentação e ruirão.
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