Um conjunto de propostas consta da agenda econômica desse governo
reformista que pretende implantá-las ao longo dos próximos anos. Entre elas
estão a Nova Previdência, tramitando no Senado após uma consagradora vitória
na Câmara, a Tributária, a MP da Liberdade Econômica com o texto-base
aprovado há poucos dias, as privatizações e o acordo Mercosul-União Europeia.
Neste grupo, existe outra de igual importância - a reforma Bancária - que
contribui, sobretudo, para impulsionar o PIB (Produto Interno Bruto), reduzir o
desemprego e elevar a renda.
Tenho observado que se comenta pouco sobre ela, embora isso não queira dizer que ela esteja esquecida, pelo contrário, encontra-se em andamento e continua a ser uma das prioridades da atual equipe econômica.
Outro ponto relevante nesta proposta favorece a redução do custo do capital (taxa de juros que as empresas usam para calcular, descontando ou compondo, o valor do dinheiro no tempo), o que, consequentemente alavancará a produtividade, a renda e o consumo das famílias.
Uma série de estudos publicados comprova que existe uma relação entre o desenvolvimento do mercado financeiro (crédito e de capitais) e a redução da pobreza.
Segundo relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) que aborda o caminho da recuperação do Brasil, a reforma do setor bancário deverá gerar um impacto importantíssimo para o incremento da produtividade, uma condição indispensável para se atingir o crescimento sustentável de longo prazo.
Nesta direção, conseguiremos nos igualar às economias mais avançadas do planeta. Certamente essa proposta contará com expressivo apoio da sociedade, pois ela se encaixa dentro de uma linha liberal.
Segundo uma pesquisa apresentada pelo FMI neste mesmo documento, a maioria dos brasileiros aprova a economia de mercado, portanto este é mais um ponto forte para levá-la adiante.
Outra questão é sabermos aproveitar o atual momento que a taxa Selic (taxa básica da economia) acaba de atingir - o seu patamar mínimo histórico (6% ao ano), com grandes possibilidades de outros cortes até o final do ano.
Com isso, seria aumentada a eficiência da transmissão, motivada pela redução da taxa básica de juros, o que viria a baratear o custo do crédito às pessoas física e jurídica, sendo essa uma exigência dos brasileiros.
Dentre as medidas a serem adotadas nessa reforma merecem destaque: a educação financeira, a ampliação do limite de renda para obtenção de microcrédito para os empreendedores, a Lei do Cadastro positivo recentemente aprovada e sancionada, normas de simplificação cambial e a tão propalada independência do Banco Central.
Se essas propostas forem aprovadas e com a Nova Previdência proporcionando um sólido equilíbrio fiscal, não há dúvida de que a diminuição do custo do capital será sustentável.
Através dessa redução, teremos como consequência a classe empresarial investindo, a empregabilidade ascendendo e a atividade econômica crescendo.
Atualmente a desconcentração bancária é a grande ameaça para o segmento que deverá se intensificar nos próximos anos.
Há uma enorme expectativa em torno da desburocratização adotada pelas empresas conhecidas como “fintechs” que inovam e otimizam serviços do sistema financeiro e a chegada de novos “players” que, nesse caso, são os grandes investidores que possuem um significativo capital com a capacidade de modificar a perspectiva de um país, fomentando migrações cada vez maiores de clientes para atividades tecnológicas.
O movimento digital vem demonstrando uma notável praticidade que os clientes raramente tinham nas instituições tradicionais, bem como custos mais baixos tanto para as “fintechs” como para os usuários dessas iniciativas. Apesar da tentativa de digitalização, os bancos ainda são muito tradicionais.
O Brasil é burocrático e grande parte dos serviços e produtos oferecidos pelas grandes instituições ainda têm muitas restrições. Estamos em uma curva de aprendizado e de adequação.
É evidente que somos um celeiro de oportunidades e a tendência é que isso se intensifique cada vez mais. Particularmente, vejo que o mundo está cheio de grandes ideias e boas intenções, mas tenho a convicção de que a arte está na gestão e na capacidade de fazer acontecer.
20 de agosto de 2019
Arthur Jorge Costa Pinto é Administrador, com MBA em Finanças pela UNIFACS (Universidade Salvador).
Tenho observado que se comenta pouco sobre ela, embora isso não queira dizer que ela esteja esquecida, pelo contrário, encontra-se em andamento e continua a ser uma das prioridades da atual equipe econômica.
Outro ponto relevante nesta proposta favorece a redução do custo do capital (taxa de juros que as empresas usam para calcular, descontando ou compondo, o valor do dinheiro no tempo), o que, consequentemente alavancará a produtividade, a renda e o consumo das famílias.
Uma série de estudos publicados comprova que existe uma relação entre o desenvolvimento do mercado financeiro (crédito e de capitais) e a redução da pobreza.
Segundo relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) que aborda o caminho da recuperação do Brasil, a reforma do setor bancário deverá gerar um impacto importantíssimo para o incremento da produtividade, uma condição indispensável para se atingir o crescimento sustentável de longo prazo.
Nesta direção, conseguiremos nos igualar às economias mais avançadas do planeta. Certamente essa proposta contará com expressivo apoio da sociedade, pois ela se encaixa dentro de uma linha liberal.
Segundo uma pesquisa apresentada pelo FMI neste mesmo documento, a maioria dos brasileiros aprova a economia de mercado, portanto este é mais um ponto forte para levá-la adiante.
Outra questão é sabermos aproveitar o atual momento que a taxa Selic (taxa básica da economia) acaba de atingir - o seu patamar mínimo histórico (6% ao ano), com grandes possibilidades de outros cortes até o final do ano.
Com isso, seria aumentada a eficiência da transmissão, motivada pela redução da taxa básica de juros, o que viria a baratear o custo do crédito às pessoas física e jurídica, sendo essa uma exigência dos brasileiros.
Dentre as medidas a serem adotadas nessa reforma merecem destaque: a educação financeira, a ampliação do limite de renda para obtenção de microcrédito para os empreendedores, a Lei do Cadastro positivo recentemente aprovada e sancionada, normas de simplificação cambial e a tão propalada independência do Banco Central.
Se essas propostas forem aprovadas e com a Nova Previdência proporcionando um sólido equilíbrio fiscal, não há dúvida de que a diminuição do custo do capital será sustentável.
Através dessa redução, teremos como consequência a classe empresarial investindo, a empregabilidade ascendendo e a atividade econômica crescendo.
Atualmente a desconcentração bancária é a grande ameaça para o segmento que deverá se intensificar nos próximos anos.
Há uma enorme expectativa em torno da desburocratização adotada pelas empresas conhecidas como “fintechs” que inovam e otimizam serviços do sistema financeiro e a chegada de novos “players” que, nesse caso, são os grandes investidores que possuem um significativo capital com a capacidade de modificar a perspectiva de um país, fomentando migrações cada vez maiores de clientes para atividades tecnológicas.
O movimento digital vem demonstrando uma notável praticidade que os clientes raramente tinham nas instituições tradicionais, bem como custos mais baixos tanto para as “fintechs” como para os usuários dessas iniciativas. Apesar da tentativa de digitalização, os bancos ainda são muito tradicionais.
O Brasil é burocrático e grande parte dos serviços e produtos oferecidos pelas grandes instituições ainda têm muitas restrições. Estamos em uma curva de aprendizado e de adequação.
É evidente que somos um celeiro de oportunidades e a tendência é que isso se intensifique cada vez mais. Particularmente, vejo que o mundo está cheio de grandes ideias e boas intenções, mas tenho a convicção de que a arte está na gestão e na capacidade de fazer acontecer.
20 de agosto de 2019
Arthur Jorge Costa Pinto é Administrador, com MBA em Finanças pela UNIFACS (Universidade Salvador).
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