"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 16 de junho de 2019

O QUE O PARTIDO DEMOCRATA DOS EUA DEFENDE?

Parece-me bastante significativo alguns comentários em meus textos sobre política americana que demonstram a total incompreensão da política americana e do que representa e defende cada um dos dois grandes partidos políticos protagonistas do jogo de poder nos Estados Unidos. Não vou aqui fazer um apanhado histórico sobre cada um dos partidos – até porque seria pretencioso e grande demais para um artigo – e sim falar do que é o Partido Democrata, essa agremiação tão bem estimada pela mídia e por alguns desinformados.

Que não seja colocado na conta dos democratas a ligação com a KKK, a defesa das Jiw Crow (legislações segregacionistas que vigoraram por bastante tempos nos EUA), dois presidentes simpatizantes dos totalitarismos do século XX e a profunda divisão da sociedade americana atual é um sintoma inegável de paixão partidária da mídia e dos analistas políticos. Mas não é só nisso que o Partido Democrata foi e é a agremiação política mais desprezível dos últimos tempos.

O partido é um antes de Woodrow Wilson e outro depois dele. Tem que se levar em conta o fato de que os reformadores sociais e progressistas americanos eram grandes entusiastas dos modelos totalitários na Itália e na Alemanha
Wilson, o presidente americano durante a Primeira Guerra Mundial, foi o responsável pelo crescimento exorbitante do Estado e responsável pela maior burrada da história econômica americana: a criação do FED, uma espécie de banco central. 
E o que isso tem a ver com o fascismo e o nazismo, levando em conta que Wilson governou antes dos mesmos surgirem? Simples: ambos os totalitarismos precisam de uma imposição dos valores de guerra sobre a sociedade, algo que a organize de forma eficiente. Em sociedades livres, as pessoas fazem o que querem e dificilmente irão obedecer a algum líder autoritário. A guerra traz o maravilhoso fator de unificação em torno de um propósito comum, tão necessário a qualquer aspirante a ditador. Woodrow Wilson valeu-se do propósito de guerra para aumentar o poder do Estado e lançou as bases do liberalismo moderno nos EUA – que nada tem a ver com o clássico.

O modo de ação dos democratas desde então é justamente este: união da sociedade sob o julgo do Estado em torno de um propósito comum. Não à toa os grandes presidentes democratas são conhecidos por algum programa governamental de grandes ambições. O New Deal de Franklin Delano Roosevelt e a Great Society de Lyndon Jhonson são alguns exemplos.

Mudar a sociedade também é um objetivo dos democratas. Na época do nazifascismo, onde os totalitarismos ganhavam força e a crença na morte da democracia liberal era forte, os progressistas americanos saudavam os nazistas e fascistas como exemplos de reformadores sociais. 
O comunismo soviético também foi tratado como outra forma de experimentação. Como diria Stuart Chase, um dos entusiastas mais convictos do New Deal, ‘’por que só os russos podiam se divertir com refazer o mundo, e nós não?’’.

Uma vez estabelecido o intervencionismo econômico e a crença de que o governo faz coisas ótimas – impossíveis de se realizar por indivíduos isolados -, há nitidamente uma quebra na tradição americana do autogoverno. ]
Se uma tradição é quebrada, então a porta está escancarada para o resto ser dilacerado também. A moral cristã também é um dos pilares americanos, presente de forma nítida na Constituição daquele país. O que você acha que iria acontecer com ela? Óbvio que os progressistas iriam tentar destruí-la.

As políticas identitárias, iniciadas na década de 1960, são a base do Partido Democrata de hoje. E todas elas têm no marxismo cultural sua base teórica. Sendo então a sociedade uma constante luta de classes, existem mecanismos para os ‘’opressores’’ manterem sob seu julgo os ‘’oprimidos’’. A religião cristã seria um deles.

Ou vocês acham que aborto, casamento gay, feminismo e eugenismo são compatíveis com a moral cristã? É claro e evidente que para fazerem todas essas pautas avançarem nos EUA, os democratas precisam subverter tudo aquilo que fez do país exatamente o que ele é.
Ambas andam de mãos dadas e fazem o coração de milhões de militantes baterem mais forte com o sonho de uma New Age. Uma era sem racismo, machismo, homofobia e sexismo. Uma era sem que o homem tenha nenhum defeito ou desvio de caráter. Todas as mudanças provenientes desse espírito serão boas, e ai de quem contestá-las.

Claro que não poderia faltar o bom e velho antiamericanismo. O Partido Democrata é uma série de erros, mas antes dos anos 1960 ainda continha patriotas apaixonados, americanos com orgulho de serem o que eram. Depois da geração hippie, que foi às ruas culpar os EUA pela Guerra do Vietnã, o ódio aos EUA dá o tom entre os progressistas. Querem um exemplo? O antigo pastor e conselheiro religioso de Barack Obama, Reverendo Jeremiah Wright, gritou aos quatro cantos o seguinte: ‘’Deus amaldiçoe a América!’’.

O Partido Democrata é a agremiação do totalitarismo, da mentalidade revolucionária, do relativismo moral e da destruição dos princípios da civilização ocidental. Diagnóstico óbvio para os que conhecem tal partido, e necessário para os meus eleitores entenderem meus textos sem maiores dificuldades.


Referências: [1][2][3][4][5]

16 de junho de 2019
renova mídia

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