"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

IRMÃOS AÇOUGUEIROS BUCANEIROS DA FAMÍLIA BATISTA BRIGAM POR CONTROLE DA FABRICANTE DE CELULOSE ELDORADO


Os irmãos açougueiros bucaneiros Joesley e Wesley Batista, delatores premiados que tiveram a delação rescindida, porque mentiram, estão em conflito com a família Widjaja, dona da Paper Excellence, pelo controle da fabricante de celulose Eldorado. A disputa pode comprometer a venda do restante da companhia para a Paper Excellence e acabar sendo resolvida nos tribunais de arbitragem. No dia 2 de setembro do ano passado, ainda sob o impacto da crise de confiança instalada pela delação premiada dos irmãos delatores Batista, a J&F, holding que controla os negócios da família, anunciou a venda da Eldorado para a Paper Excellence por R$ 15 bilhões, incluindo a dívida de R$ 7,5 bilhões da empresa. O negócio, no entanto, seria concluído em etapas. Em um primeiro momento, os Widjaja compraram 13% da companhia, em seguida, adquiriram as participações dos fundos Petros e Funcef, que também eram sócios no negócio. E, alguns meses depois, mais uma fatia da participação dos corruptos e propineiros irmãos Batista, chegando a 49% das ações da Eldorado. A J&F permaneceu como sócia com 51%.

Pelas regras estabelecidas no contrato, a Paper Excellence teria um ano para levantar o financiamento bancário necessário para adquirir o restante, quitando as dívidas da empresa ou renegociando com os bancos. Os principais credores da Eldorado são o BNDES, com R$ 2,7 bilhões, e o FI-FGTS, com R$ 940 milhões. Na delação premiada, o corrupto Joesley Batista admitiu ter pago propina a políticos e funcionários públicos para conseguir esses financiamentos. O prazo está perto de acabar, mas vem gerando controvérsia. A J&F argumenta que a Paper Excellence ainda não pagou as dívidas da Eldorado, o que liberaria as garantias oferecidas pela família Batista aos bancos - no caso, um volume expressivo de ações do frigorífico JBS, o principal negócio do clã. Para os irmãos corruptos Batista, trata-se de quebra de contrato.

Os Widjaja não concordam e dizem que tem o direito de adquirir o restante da Eldorado mesmo assim. Se o negócio for desfeito, eles ficarão em situação bastante desvantajosa, pois permanecem como minoritários na empresa, sem qualquer voz na gestão da companhia. O valor estabelecido para a Eldorado, de R$ 15 bilhões, que foi considerado excelente na época que o negócio foi fechado, também vendo sendo questionado. Os resultados da empresa melhoraram significativamente por causa da alta do preço da celulose e da desvalorização do real. No segundo trimestre deste ano, a Eldorado gerou um caixa de R$ 789 milhões, 66% acima do mesmo período do ano anterior.


30 de agosto de 2018
vide versus

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