"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

EMPRESÁRIOS CONFIRMAM CONTRATOS FICTÍCIOS NO CAIXA 2 DE EUNÍCIO OLIVEIRA


Eunício diz que todas as contas foram aprovadas
Empresários ouvidos pela Polícia Federal confessaram ter feito contratos fictícios para receber dinheiro irregular para a campanha ao governo do Ceará do atual presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). Eles prestaram depoimento à PF na operação Tira-Teima. A operação, deflagrada na terça (10), investiga pagamentos de vantagens indevidas por um grupo empresarial a políticos.
Os depoimentos foram prestados em investigação sobre Eunício no Supremo Tribunal Federal (STF). O inquérito foi aberto a partir da delação de Nelson Melo, ex-diretor de relações institucionais da Hypemarcas, hoje Hypera Pharma. Ele é um dos delatores da Operação Lava Jato.
DEPOIMENTO – O site da revista “Veja” traz vídeo do depoimento da empresária Maurenízia Alves, sócia do Instituto Campus. Ela admitiu contratos feitos com ao menos quatro empresas e que objetivo era receber por serviços na campanha de Eunício ao governo do Ceará. O pedido foi feito a ela por Paulo Alves, marido da empresária, que trabalhou na campanha.
No depoimento, a que a TV Globo teve acesso, Maurenízia disse que a empresa dela foi contratada pela Hypermarcas, pela M. Dias Branco, pela Corpus Segurança e pela JBS — e que não houve nenhuma prestação de serviço. Apesar disso, ela diz ter havido recebimento de dinheiro e emissão de notas, mas os contratos não foram formalizados.
A M. Dias Branco foi um dos alvos da operação Tira-Teima. Executivos da JBS e da Hypermarcas já haviam confirmado essas informações na delação e apresentado os contratos fictícios.
“ÚNICA FORMA” – Ao depor, Paulo Alves disse que a coordenação de campanha de Eunício afirmou que essa era a única forma de resolver “os problemas de atrasos” de pagamentos. E que houve ainda outros contratos fictícios.
A assessoria do senador Eunício Oliveira disse que as contas da campanha dele em 2014 foram aprovadas pela Justiça Eleitoral e que todas as empresas citadas fizeram doações dentro da lei vigente à época.
A M. Dias Branco declarou que não realizou qualquer pagamento ao Instituto Campus ou ao Campus Centro de Estudos e Pesquisas. A Corpus Segurança não quis se manifestar. A Hypera Pharma e a JBS informaram que estão colaborando com as investigações.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Como sempre, ninguém participou, ninguém sabe de nada. Mas as empresas que fizeram acordo de delação premiada confirmam tudo, e isso é que interessa(C.N.)


13 de abril de 2018
Camila Bomfim
TV Globo, Brasília

Nenhum comentário:

Postar um comentário