As contas de criminalistas que têm familiaridade com o caso de Lula mostram que a pena total dele pode ser dura: seis anos em regime fechado, se consideradas apenas as possíveis condenações em processos que estão com o juiz Sergio Moro. Moro agora vai julgar o ex-presidente nos casos do sítio de Atibaia e do terreno do Instituto Lula, nos quais é acusado pelos mesmos crimes do caso do tríplex: corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Se as penas forem parecidas à primeira, de 12 anos e 1 mês, o petista somará cerca de 36 anos de prisão. E terá que cumprir um sexto dela em regime fechado.
SEM CHANCES – A possibilidade de Lula sair rapidamente da cadeia é praticamente descartada, a não ser na hipótese de ele ficar doente.
Pelas vias jurídicas, a primeira possibilidade, mais imediata, de liberdade seria a de o STF (Supremo Tribunal Federal) aprovar as ações de constitucionalidade contra a prisão após condenação em segunda instância —o que hoje parece difícil.
Passada essa chance, Lula poderia depositar esperanças em uma rediscussão do tamanho de suas penas no STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas o tribunal tem se alinhado à Lava Jato. Outra possibilidade será a unificação e consequente diminuição do total das penas por um juiz de execução penal.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A matéria de Mônica Bergamo é muito interessante, porque a maioria das pessoas só se preocupa com o processo do tríplex, que levou Lula à cadeia. Agora é a vez do sitio e da ex-nova sede do Instituto Lula. Mas há outros processos e inquéritos em andamento, que devem agravar ainda mais as penas de Lula. Apesar isso, ainda há quem acredite na candidatura dele este ano, porque sonhar ainda não é proibido nem paga imposto. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A matéria de Mônica Bergamo é muito interessante, porque a maioria das pessoas só se preocupa com o processo do tríplex, que levou Lula à cadeia. Agora é a vez do sitio e da ex-nova sede do Instituto Lula. Mas há outros processos e inquéritos em andamento, que devem agravar ainda mais as penas de Lula. Apesar isso, ainda há quem acredite na candidatura dele este ano, porque sonhar ainda não é proibido nem paga imposto. (C.N.)
17 de abril de 2018
Mônica Bergamo
Folha
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