"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

APROXIMAÇÁO DE TEMER A DORIA MOSTRA A BAIXEZA QUE HOJE REINA NA POLÍTICA


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Temer e Alckmin: aliança altamente espúria
O ex-prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), se encontrou com o presidente Michel Temer em São Paulo na tarde desta sexta-feira, 20,  para discutir o cenário eleitoral nacional e de São Paulo, onde Doria é pré-candidato e pode enfrentar o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, do MDB, mesmo partido do presidente.
Questionado se veio pedir apoio de Temer para uma aliança dos dois partidos no Estado, Doria disse apenas que veio solicitar “uma boa conversa” e que o diálogo “evolui positivamente”. “Skaf segue sua candidatura assim como nós a nossa. Mas sempre com o interesse de, mais à frente e quem sabe, construir candidatura de coalizão, somando forças pelo bem de São Paulo e do Brasil”, afirmou.
POSSÍVEL ALIANÇA – Segundo uma fonte ligada à campanha de Doria disse ao Estadão/Broadcast, o ex-prefeito foi conversar com Temer sobre uma possível aliança com o MDB na eleição estadual.
“As portas estão abertas para uma coligação. A tentativa acontece porque Temer é muito simpático a uma candidatura de Doria”, disse um dos integrantes da pré-campanha do PSDB. “Ele [Doria] espera uma sinalização do MDB nacional para convencer o partido no Estado a formar uma aliança”, comentou a fonte.
Doria e Skaf lideram a disputa em São Paulo, segundo última pesquisa Datafolha, com 29% e 20% das intenções de voto, respectivamente. Os dois também são líderes em rejeição, com 33% e 34%.
ANUÊNCIA – Segundo disseram ao Estadão/Broadcast fontes ligadas à campanha do tucano, o ex-prefeito gostaria que Temer desse anuência para que o PSDB continue tentando convencer o diretório estadual a aceitar uma aliança.
Na quinta, Skaf comunicou à coordenação da campanha de Doria que mantém a candidatura e que descarta, no momento, uma aliança. Os tucanos ofereceram uma das vagas ao Senado para o MDB, mas Skaf estaria resistente porque acredita na possibilidade de um bom desempenho este ano.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– A que ponto chegamos… Em tradução simultânea, Doria trai Alckmin para apoiar Temer, que então trai Skaf e apoia Doria em São Paulo. Na ânsia de se reeleger, o presidente da República não se envergonha de fazer entendimentos com políticos de outros partidos que já têm candidatos, como o PSDB. E o pior é que o tucano João Doria agendou a reunião, traindo o ex-amigo e padrinho Geraldo Alckmin, que lutou muito e se desgastou para colocá-lo na política como candidato à Prefeitura. Traduzindo: a desfaçatez reina na política brasileira, em aliança com a falta de caráter e a indignidade.(C.N.)


23 de abril de 2018
Marcelo Osakabe e Daniel Weterman
Estadão

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