O ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB) afirmou ao Estado que não está preocupado com a possibilidade de ser atingido por uma delação do seu ex-secretário de Obras, Alexandre Pinto, preso nesta quinta-feira, dia 3, pela Polícia Federal na Operação Rio 40 Graus. “Não me preocupo com isso”, afirmou ele. Paes também afirmou que está “triste e envergonhado” com a ação da Lava Jato, que descobriu um suposto esquema de propina em obras da prefeitura do Rio. Os crimes teriam ocorrido durante a gestão do peemedebista (2009-2016).
Paes declarou que “confiava muito”, no seu secretário. “Ele era um quadro técnico e servidor público. Com experiência. Escolha minha”, disse. O peemedebista afirmou “não estar pensando agora” sobre consequências da ação policial sobre sua carreira política. “Agora é aguardar a investigação”, afirmou. Sobre a declaração dos procuradores de que há indícios de que o esquema pode ter sido usado em outras obras do município, Paes afirmou: “Espero que não”.
ARMAS E ESMERALDAS – Armas de grosso calibre, esmeraldas, sacos de dinheiro e obras de arte foram apreendidos na Operação ‘Rio 40 Graus’. As pedras preciosas estavam no escritório da advogada Vanuza Sampaio, presa em Niterói na manhã desta quinta-feira. Segundo o MPF, ela forjava contratos que eram usados para pagamento de propinas.
O ex-secretário Alexandre Pinto é alvo de investigação sobre suposto pagamento de propina nas obras do BRT Transcarioca e de recuperação ambiental da Bacia de Jacarepaguá. Segundo a investigação, a propina solicitada às empreiteiras alcançou R$ 27 milhões na Transcarioca e pouco mais de R$ 9 milhões na Recuperação Ambiental da Bacia de Jacarepaguá.
Em balanço, a PF relata que, além das apreensões, foram cumpridos todos os nove mandados de prisão preventiva, um de encarceramento temporário, dois de condução coercitiva e 17 de busca e apreensão autorizados pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal do Rio. A PF não revelou os locais onde o armamento, o dinheiro e as pedras preciosas foram encontradas.
TUDO DOMINADO – O Ministério Público Federal narra que ‘o esquema de cobrança de propinas comandado pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) no Rio de Janeiro, com desvio de recursos das obras bilionárias realizadas no estado, funcionava tanto na estrutura do Estado do Rio de Janeiro, comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral, com participação de secretários de estado como Hudson Braga e Wilson Carlos, assim como na Prefeitura do Rio, também comandada pelos membros do PMDB, com a participação do Secretário Municipal de Obras Alexandre Pinto da Silva’.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O próximo da fila é o ex-prefeito Eduardo Paes, que sonhava ser eleito governador ou até presidente da República, vejam a que ponto vai a desfaçatez desse político. Dentro em breve, a Interpol estará recebendo o pedido para prendê-lo e deportá-lo, para fazer companhia a seu grande amigo e chefe Sérgio Cabral. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O próximo da fila é o ex-prefeito Eduardo Paes, que sonhava ser eleito governador ou até presidente da República, vejam a que ponto vai a desfaçatez desse político. Dentro em breve, a Interpol estará recebendo o pedido para prendê-lo e deportá-lo, para fazer companhia a seu grande amigo e chefe Sérgio Cabral. (C.N.)
04 de agosto de 2017
Luiz Vassallo, Julia Affonso e Constança Rezende
Estadão
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