Um dia depois de a Câmara dos Deputados barrar a denúncia contra o presidente Michel Temer, o ministro Luis Roberto, Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a “Operação Abafa” contra a Lava Jato é uma realidade visível e ostensiva atualmente. Sem citar nomes diretamente, o jurista afirmou ainda que existe uma legião de pessoas que gostaria que o Brasil continuasse a ser “o País feio e desonesto que criamos”.
“A Operação Abafa é uma realidade visível e ostensiva no Brasil de hoje. Há muita resistência às mudanças que precisam ser feitas”, disse o ministro, que participou do 6º Simpósio de Direito Empresarial da Aliança de Advocacia Empresarial (Alae).
ELES TÊM ALIADOS – “Há os que não querem ser punidos e há um lote pior, os que não querem ficar honestos nem daqui para frente, que depois da ação penal 470 e de três anos de Operação Lava Jato continuam com o mesmo modus operandi de achaque”, notou. “Estas pessoas têm aliados importantes em toda parte, nos altos escalões da República, na imprensa e nos lugares onde a gente menos imagina.”
O ministro do STF, no entanto, se mostrou otimista. “Hoje a fotografia do momento pode dar a impressão de que o crime compensa. Mas acho que esta é uma impressão enganosa. O Brasil já mudou e nada será como antes”, afirmou.
LEI ELEITORAL – Barroso defendeu que, para minimizar a corrupção no sistema político brasileiro, é preciso mudanças na lei eleitoral no sentido de reduzir o custo das eleições e aproximar mais o eleitor do político eleito. “Do jeito que está, o sistema eleitoral frauda a vontade do eleitor”, disse.
Além de Barroso, também participaram do evento o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) e o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Quem denunciou a “Operação Abafa”, em setembro do ano passado, foi o então ministro Medina Osório, da Advocacia-Geral da União. Todas as acusações feitas pelo jurista gaúcha se concretizaram e hoje não há mais a menor dúvida. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Quem denunciou a “Operação Abafa”, em setembro do ano passado, foi o então ministro Medina Osório, da Advocacia-Geral da União. Todas as acusações feitas pelo jurista gaúcha se concretizaram e hoje não há mais a menor dúvida. (C.N.)
04 de agosto de 2017
Deu em O Tempo(Agência Estado)
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