No Supremo, o ministro Gilmar Mendes há um ano revelou ter conversado com Michel Temer e José Serra sobre o semiparlamentarismo. Naturalmente, o regime ideal para eles se refastelarem. Temer, esse criminoso patológico, na cara de pau disse a Putin na Rússia que governava num semiparlamentarismo. Ninguém da mídia brasileira disse nada, “nem tossiram nem mugiram”. Agora aparece Gilmar Mendes falando da multiplicidade de partidos. Mas o ministro esquece que, quando presidente do STF, vetou a “Cláusula de Barreiras”, em que somente sete partidos sobreviveriam. Agora fala em multiplicidade de partidos para justificar o parlamentarismo.
Talvez Gilmar Mendes nem saiba que o parlamentarismo surgiu embrionariamente na Inglaterra em 1215, com a Revolução das Baronias, tendo João Sem Terra que assinar a Carta Magna. Passaram-se 600 anos até se efetivar. É regime próprio de países unitários. O Brasil tem apenas 500 anos de existência. Compará-lo com nações com mais de 2 mil anos de formação é de uma estupidez amazônica.
Transformar o regime presidencialista brasileiro em parlamentarista comandado por Temer, Gilmar, Serra, Eunício e toda a bandidagem do PMDB, PP, PSDB, PR, SD, PT (alguns petistas vão topar) é uma brutalidade contra o povo. Por que não votam a Cláusula de Barreiras? Com o tempo, reduzirá a quantidade de partidos. Para isso têm que proibir a partir de agora a criação e fusão de novos partidos.
TRISTEZA E MEDIOCRIDADE
Willy Sandoval
Willy Sandoval
Essa situação surreal que vivemos é de uma tristeza e mediocridade absurdas. A grande questão não é se saber se cai o Temer ou não cai. O que me surpreende mesmo á a falta de propostas para se evitar que situações como a que vivemos hoje se repitam no futuro. Depois do artigo que escrevi aqui na “Tribuna da Internet” há vários meses, já se cogita a implantação do parlamentarismo, que necessariamente teria que ser bem para o futuro(2022), para não se ter nenhum resquício de casuísmo.
Poderíamos estar agora discutindo uma proposta de emenda constitucional que se seria do tipo parlamentarista. A proposta seria de que, caso se tivesse que se tirar um Presidente da República através de um necessário plebiscito, obrigatoriamente teria que cair também todo o Congresso e se convocariam novas eleições para presidente, senadores e deputados federais.
Ninguém deve ter tempo de mandato garantido. Se isso não vale para Presidente da República não deve valer também para nenhum senador ou deputado. Está aí mais uma proposta, mas quem é que se interessa? Até quando vamos continuar vivendo essa situação esdrúxula? Aliás, dentro do quadro atual, se tirarmos o Temer, coloca-se quem no lugar?
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CONGRESSO CORRUPTO INVIABILIZAFrancisco Bendl
CONGRESSO CORRUPTO INVIABILIZAFrancisco Bendl
O parlamentarismo precisa de um gabinete confiável, cuja intenção seja precipuamente o povo, o país, o bem comum, o desenvolvimento, exatamente as necessidades ignoradas pelo político, razão pela qual o caos atualmente na economia, na política e socialmente!
Enquanto não mudarmos os moradores do Congresso, que é venal, corrupto, inútil, perdulário e antro de vadiagem, falar em parlamentarismo é jogar conversa fora, perda absoluta de tempo, em face da corrida desenfreada que os partidos se dedicarão para conquistar o gabinete, porque na função de primeiro-ministro o poder pode trocar mais facilmente de mãos.
Nossos parlamentares somente se preocupariam em eliminar os opositores, em manterem a impunidade, deixando de lado o cidadão e seus problemas, o Brasil e suas necessidades mais prementes.
19 de julho de 2017
Antonio Santos Aquino
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