E o número poderia ter sido bem maio se não fosse o maldito foro privilegiado |
No longínquo 2009, o Congresso em Foco publicou uma série de reportagens mostrando como os deputados federais faziam um mau uso das passagens aéreas as quais tinham direito. Por lei, os valores deveriam ser usados auxiliando a atividade parlamentar. Mas os congressistas abusavam do recurso para turismo nacional e internacional deles e de pessoas próximas – auxiliares e amigos.
Vergonhosos sete anos depois, o Ministério Público finalmente apresentou denúncia contra os envolvidos. E eles são muitos. Nada menos do que 443 parlamentares. Mas com um detalhe: são todos ex-deputados federais.
Porque o maldito foro privilegiado condiciona à burocracia infinita do STF investigações que atinjam as autoridades ainda em ação no legislativo ou mesmo executivo. E estes enfrentarão prazo ainda maior para um justo entendimento com a Justiça.
Ao todo, os investigadores encontraram indícios de irregularidades na emissão de R$ 70 milhões em passagens áreas. Tudo isso apenas entre 2007 e 2009. Pelo peculato, os denunciados podem pegar até 12 anos de cadeia. Se o crime não prescrever antes, claro.
04 de novembro de 2016
implicante
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