"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

NUMA SÓ TACADA, O MINISTÉRIO PÚBLICO DENUNCIOU 443 EX-DEPUTADOS FEDERAIS

E o número poderia ter sido bem maio se não fosse o maldito foro privilegiado

No longínquo 2009, o Congresso em Foco publicou uma série de reportagens mostrando como os deputados federais faziam um mau uso das passagens aéreas as quais tinham direito. Por lei, os valores deveriam ser usados auxiliando a atividade parlamentar. Mas os congressistas abusavam do recurso para turismo nacional e internacional deles e de pessoas próximas – auxiliares e amigos.

Vergonhosos sete anos depois, o Ministério Público finalmente apresentou denúncia contra os envolvidos. E eles são muitos. Nada menos do que 443 parlamentares. Mas com um detalhe: são todos ex-deputados federais.

Porque o maldito foro privilegiado condiciona à burocracia infinita do STF investigações que atinjam as autoridades ainda em ação no legislativo ou mesmo executivo. E estes enfrentarão prazo ainda maior para um justo entendimento com a Justiça.

Ao todo, os investigadores encontraram indícios de irregularidades na emissão de R$ 70 milhões em passagens áreas. Tudo isso apenas entre 2007 e 2009. Pelo peculato, os denunciados podem pegar até 12 anos de cadeia. Se o crime não prescrever antes, claro.


04 de novembro de 2016
implicante

Nenhum comentário:

Postar um comentário