PRECISAMOS ACABAR COM A CULTURA DE textão pós-debate politico. O que tem de palpiteiro aí incapaz de fazer seu próprio candidato manter o percentual de votos numa semana (que dirá ganhar uns 10% pro sagrado) dizendo que neguinho foi melhor, que caboclo foi pior, que a outra lá deveria ter dito Y, e não X…
Facebook é só achismo e auto-exibição é uma sensação coletiva de que você está fazendo algo importante, e não gastando o tempo em que você deveria estar no quinto volume de Em Busca do Tempo Perdido conversando com mocorongos de nariz empinado, ok, sempre soubemos, mas alguns óbvios sai ululantes demais para serem ignorados.
Em primeiro lugar, todo mundo tem uma capacidade estupenda e inata para ver apenas aquilo que quer ver. Sabe a mãe que posta mil fotos do filho ou cachorro no Facebook achando que são os mais lindos e inteligentes do mundo? Então, política funciona com o mesmo instinto.
O Luís Nassif VAI achar que Haddad arrasou no debate. A Universal VAI crer que Crivella tratorou todos com seu intelecto. A Carta Capital VAI garantir que não existe gente mais moral e inteligente do que Lula e Dilma. A Lúcia Guimarães VAI dizer que Donald Trump foi racista, fascista, misógino e fascista independentemente se ele foi ao debate ou não. Mesmo se for num “textão” de 140 caracteres.
05 de outubro de 2016
flavio morgenstern, senso incomum
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