"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 10 de março de 2016

STF PROÍBE MEMBROS DO MP NO EXECUTIVO E MINISTRO DA JUSTIÇA DEVE SAIR

POR 10X1, MINISTROS SUSPENDEM A NOMEAÇÃO DE WELLINGTON CESAR

O EX-QUASE MINISTRO DA JUSTIÇA (À DIR.), AO CUMPRIMENTAR O PRESIDENTE DO STF, RICARDO LEWANDOWSKI. (FOTO: GIL FERREIRA/CNJ)


A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou nesta quarta (9) pela proibição de um membro do Ministério Público assumir cargos no Executivo. A análise foi provocada por ação movida pelo PPS para suspender a nomeação do novo ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva, procurador do Ministério Público da Bahia.

Dos 11 magistrados da Corte, nove acompanharam o relator do caso, ministro Gilmar Mendes, e aceitaram recurso do PPS. Para eles, Lima e Silva, por ter cargo vitalício de procurador do Ministério Público da Bahia (MP-BA), não pode ocupar o cargo e se colocar como subordinado da presidente Dilma Rousseff. Somente o ministro Marco Aurélio Mello foi contra o impedimento, mas por entender que a ação usada pelo PPS não era adequada para o pedido.

Nomeado após a saída de José Eduardo Cardozo, que foi para a Advocacia Geral da União, Lima e Silva tomou posse na última semana. Ele foi indicado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. Cardozo pediu demissão por, segundo ele, não aguentar mais pressões do PT e do próprio ex-presidente Lula por ele não “segurar” a Operação Lava Jato.

O entendimento valerá também para promotores e outros procuradores que ocupam cargos executivos nos estados. Os ministros acordaram que em até 20 dias após a publicação da ata do julgamento -- que ocorrerá na próxima segunda (14) -- eles devem deixar os cargos no Executivo ou abrir mão da carreira no Ministério Público.

"Ao exercer cargo no Poder Executivo, o membro do Ministério Público passa a atuar como subordinado ao chefe da administração. Isso fragiliza a instituição Ministério Público, que pode ser potencial alvo de captação por interesses políticos e de submissão dos interesses institucionais a projetos pessoais de seus próprios membros", afirmou Gilmar Mendes.



09 de março de 2016
diario do poder

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