Ivan Valente, Jean Wyllys e Chico Alencar, na linha auxiliar do PT |
A Executiva Nacional e a bancada do PSOL no Congresso emitiram uma nota contestando declarações da gaúcha Luciana Genro, ex-candidato a presidente pelo partido, de que não há uma tentativa de golpe em curso no país.
Em entrevista à Folha de S.Paulo na última terça (29), Luciana afirmou ser contra o impeachment da presidente Dilma, mas disse que o PT tenta se fortalecer com a tese do medo. Ela disse ainda não achar que o juiz Sergio Moro seja um fascista.
Na nota, o PSOL afirma que Luciana “fala em nome próprio”. “As últimas atitudes do juiz Sergio Moro representam claro uso político da Justiça e comprometem o trabalho desenvolvido pela Operação Lava Jato. Atitudes que possuem objetivos midiáticos rompem regras democráticas básicas e favorecem a estratégia de um golpe institucional”, diz a nota.
PSOL APOIA DILMA
Leia abaixo a íntegra da nota do PSOL:
“Em entrevista publicada nesta terça-feira (29) a ex-candidata à Presidência da República pelo PSOL, Luciana Genro, expressou suas opiniões sobre o atual momento político que o país vive. Embora falando em nome próprio, por se tratar de figura pública do PSOL, o partido e sua bancada se sentem na obrigação de registrar que a posição oficial do partido, de sua bancada federal e de dezenas de lideranças partidárias, divulgada na última semana, é a que segue abaixo:
Face à velocidade dos últimos acontecimentos e a radicalização da crise política, tomamos um posicionamento firme e sem meias palavras:
Somos oposição programática e de esquerda ao governo Dilma. Combatemos suas políticas regressivas e questionamos as concessões feitas ao grande capital. Diante da atual crise, do ajuste fiscal e da retirada de direitos, é inegável que este governo tem se afastado dos reais anseios da maioria da população.
Somos favoráveis a toda e qualquer investigação, desde que respeitado o Estado Democrático de Direito, sem seletividade ou interferências externas. É preciso que se desvendem as relações promíscuas entre os poderes da República e o grande empresariado.
As últimas atitudes do juiz Sérgio Moro representam claro uso político da Justiça e comprometem o trabalho desenvolvido pela Operação Lava Jato. Atitudes que possuem objetivos midiáticos rompem regras democráticas básicas e favorecem a estratégia de um golpe institucional.
Somos contra a saída gestada pelos partidos da oposição conservadora, pelo grande capital e pelos grandes meios de comunicação.
O impeachment, instrumento que só pode ser usado com crime de responsabilidade comprovado, se tornou uma saída para negar o resultado das urnas, com o propósito de retirar a presidenta Dilma do poder, buscando um ‘acordão’ para salvar outros citados nas investigações da Lava Jato.
A troca de governo acelerará os ajustes pretendidos pelos poderosos, retirando direitos dos trabalhadores e atingindo nossa soberania.
A saída é pela esquerda. É necessário promover uma reforma política profunda, com ampla participação popular, ter coragem de mudar radicalmente os rumos da economia, auditar a dívida pública, priorizar o consumo e a produção, taxar as grandes fortunas e baixar a taxa de juros de forma consistente.
A saída é pela esquerda. É necessário promover uma reforma política profunda, com ampla participação popular, ter coragem de mudar radicalmente os rumos da economia, auditar a dívida pública, priorizar o consumo e a produção, taxar as grandes fortunas e baixar a taxa de juros de forma consistente.
Propostas não faltam. Mas é preciso coragem para contrariar interesses do grande capital.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O comunicado do PSOL é uma homenagem ao jornalista Sergio Porto, porque a nota oficial mais parece uma recriação do “Samba do Crioulo Doido”, em versão política. Fala sério! – como dizia o Bussunda.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O comunicado do PSOL é uma homenagem ao jornalista Sergio Porto, porque a nota oficial mais parece uma recriação do “Samba do Crioulo Doido”, em versão política. Fala sério! – como dizia o Bussunda.
Como se pode considerar de esquerda um governo que permite aos banqueiros a cobrança de juros de 447,5% ao ano, nas dívidas do cartão de crédito dos brasileiros em crise? Imagine-se o que este governo faria se fosse de direita… A realidade é dura.
O PSOL de Ivan Valente, Chico Alencar e Jean Wiyllys não tem vida própria e, infelizmente, não serve de opção para os esquerdistas, porque continua sendo apenas uma linha auxiliar do PT. (C.N.)
31 de março de 2016
Deu em O Tempo
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