Tudo claro: cabeça de grêmio estudantil. Vamos lá. Discursando para sindicalistas, Lula sentenciou: "A economia a gente resolve amanhã ou depois de amanhã. Mas evitar o golpe é hoje". Tradução: para ele o que importa é ficar no poder, por piores que sejam as consequências para os
brasileiros.
Ora, "evitar o golpe"! O PT na oposição SEMPRE teve a agenda de derrubar governos - Sarney, Collor, Itamar e FHC. Aí não era golpe, engraçadinho! Ademais, o espírito com que opositores apoiam o impeachment de Dilma não vem ao caso: o que importa é se a regra é respeitada, eis que o impeachment está previsto na Constituição da República. E até aqui, sim, tudo segue a norma. Por sinal, o STF - porque foi provocado, havendo o PT judicializado a política - avançou na seara do legislativo e definiu o rito do impeachment. Alguém dirá que o STF está metido num golpe?
Mas Lula foi além: "Dilma tem consciência de que não dá para continuar com a política econômica. Toda vez que a gente fala em corte, a gente está falando em diminuir a capacidade de investimento do Estado" e por aí afora. A tigrada aplaudiu como se ele houvesse marcado um gol de placa.
Que pretendem Lula e sua turma? Simples, para salvar o PT essa gente topa qualquer coisa, inclusive destruir a economia. Quem não entendeu que olhe para a tragédia da Venezuela, rascunho do futuro que o PT (obediente às diretrizes do Foro de S. Paulo) reserva para o Brasil. Lá, a criminosa ditadura fundada por Hugo Chávez arrasou a rica economia do país e mergulhou o povo numa carestia sem precedentes - faltam alimentos, remédios, produtos de limpeza e até papel higiênico; emprego não há, mas sobra explicação governista... Aqui, de vagar e sempre o Brasil tem caminhado na direção do mesmo abismo.
Mas tudo indica que o PT já era: a maioria dos brasileiros não o quer. Ainda falta ver se essa maioria compreendeu que não é admissível confiar a complexidade da economia nem a condução da política a figuras que raciocinam como guris de grêmio estudantil. Se não compreendeu, corre o risco de tirar o PT, mas entregar o país ao neopetismo, o que seria
"mais do mesmo".
Renato Sant'Ana é Psicólogo e Bacharel em Direito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário