"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

SUIÇA CONFIRMA TER BLOQUEADO DINHEIRO DE JOÃO SANTANA



Charge do Márcio Moura, reprodução da Tribuna do Interior





















O Ministério Público da Suíça confirma que “montante substancial” foi congelado em nome de João Santana em um banco do país. Em um email à reportagem do Estado, a procuradoria suíça indicou que não daria nem o nome do banco e nem os valores congelados. Mas confirmou que o dinheiro está bloqueado. “Um montante substancial foi congelado por uma instituição financeira da Suíça”, indicou o Ministério Público. “Nenhuma informação suplementar será dada neste momento”, completou.
Os suíços já congelaram mais de 300 contas relativas aos escândalos da Petrobrás e ampliaram as investigações diante de indícios de irregularidades com contas relativas à Odebrecht. No total, mais de US$ 400 milhões haviam sido identificado nos bancos suíços com origem suspeita, o que levou o MP local a admitir que o sistema financeiro havia sido afetado.
As suspeitas sobre o financiamento de campanhas haviam surgido ainda em meados do ano passado na Suíça. Em agosto, procuradores brasileiros estiveram em Lausanne e informaram aos suíços que estavam em busca de indícios de um suposto pagamento de propinas para a campanha de Dilma Rousseff, em 2010. Eles ainda apuravam indícios de que a rede de pessoas beneficiadas por subornos seria maior do que se conhecia até aquele momento.
EMPRESAS OFFSHORE
Parte do inquérito estava dirigido contra as empresas offshore supostamente criadas pela Odebrecht e com contas na Suíça. Desde então, a construtora passou a atuar nos tribunais suíços para tentar impedir que os extratos e documentos fossem enviados ao Brasil.
Um dos casos que também passou a ser examinado na Suíça se refere às revelações do ex-diretor da Petrobrás, Pedro Barusco na CPI no primeiro semestre de 2015 sobre um pagamento que teria servido para “reforçar” a campanha eleitoral em 2010. Segundo ele, US$ 300 mil teria sido enviado pela SBM Offshore para o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
“Em 2010, foi solicitado à SBM um patrocínio de campanha, mas não foi dado a eles diretamente. Eu recebi e repassei o dinheiro para a campanha presidencial de 2010, em que disputavam José Serra e Dilma Rousseff”, disse. “Foi ao PT, ao João Vaccari”, explicou.
Ao Estado, procuradores apontaram que esse de fato havia sido um dos pontos examinados na visita de agosto. O que a investigação tenta determinar é se esse suposto pagamento usou também contas na Suíça.

24 de fevereiro de 2016
Jamil Chade
Estadão

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