"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

LAVA JATO INVESTIGA PAPEL DE COMPADRE NOS NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS DE LULA


FORÇA-TAREFA DEVASSA OS INTERESSES QUE LIGAM TEIXEIRA A LULA


A força-tarefa da Operação Lava Jato investiga quais as relações do advogado Roberto Teixeira, compadre do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a compra e a reforma do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP). O negócio foi formalizado no fim de 2010, no escritório de Teixeira, na capital paulista, conforme revelou ontem o Estado com base nas escrituras de compra e venda da propriedade.

O sítio de Atibaia está em nome de Fernando Bittar, filho do ex-prefeito de Campinas (SP) Jacó Bittar, fundador do PT e amigo pessoal de Lula, que deixou o partido sob suspeita de irregularidades, e do empresário Jonas Suassuna - sócio de um dos filhos do ex-presidente. Teixeira é amigo de Lula desde os anos 1980 e padrinho do filho caçula do ex-presidente, Luis Cláudio - que mora em um apartamento registrado em nome de uma empresa da família do advogado, também nos Jardins.

A família de Lula usa frequentemente o sítio, que foi totalmente reformado em 2011, após sua compra. As suspeitas da Polícia Federal e do Ministério Público Federal são de que pelo menos duas empreiteiras acusadas de cartel e corrupção na Petrobras - OAS e Odebrecht - tenham executados os serviços, de maneira irregular. Bittar e Suassuna podem ter servido para ocultar os verdadeiros donos do sítio, que tem 173 mil metros quadrados, lago, piscina e uma ampla residência, suspeitam os investigadores.

A PF solicitou ao Cartório de Registros de Imóveis de Atibaia cópia da matrícula e do contrato de compra e venda do sítio. Segundo o registro, foram pagos por Bittar e Suassuna R$ 1,5 milhão pelo sítio.

O negócio formalizado em 29 de outubro de 2010, dois dias antes da eleição da presidente Dilma Rousseff, no 19º andar de um prédio de escritórios na Rua Padre João Manuel, nos Jardins, zona sul de São Paulo, onde funciona o Teixeira, Martins e Advogados.

Topógrafo
O elo de Teixeira com o sítio foi descoberto após o topógrafo Cláudio Benatti, identificado pela Polícia Federal como responsável pelas medições e plantas do Sítio Santa Bárbara, ter afirmado ao Estado, no dia 12 de janeiro, que o compadre do ex-presidente Lula era quem indicava os serviços a serem feitos na propriedade em Atibaia.

"Todos os serviços que foram executados, meus, de topografia, sempre foram o Roberto Teixeira. 'Ó fulano está precisando que você faça isso"', afirmou Benatti, na época. A Lava Jato já apurava a reforma no Sítio Santa Bárbara desde abril de 2015.


06 de fevereiro de 2016
diario do poder

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