É escancarado. É grotesco. É estarrecedor. Luciana Lóssio, advogada da campanha de 2010 de Dilma Rousseff que faz papel de ministra do TSE, simplesmente faltou a sessão desta manhã que decidiria pelo prosseguimento da ação movida pelo PSDB contra a chapa de Dilma e Michel Temer de 2014.
Pedir vista na última sessão, quando o Brasil venceu por 4 a 1, não foi o suficiente.
Diante da reportagem de hoje do Estadão sobre mensagens indicativas de repasses de dinheiro do petrolão para a campanha da mulher sapiens do PT, Lóssio teve de chutar a bola pro mato de novo.
Sua tese de defesa foi desmascarada pelos fatos. “Hoje eu estava lendo nos jornais e certamente penso que as partes, os advogados, deverão carrear para o processo os indícios para produzirem as provas”, disse o corregedor-geral eleitoral do TSE, João Otávio Noronha, segundo O Globo, na sessão que, infelizmente, marcou sua despedida.
“Mas a ação não está madura para ser julgada, ela tem que ser processada para que as investigações concluam se houve ou não houve financiamento irregular na campanha.”
A ministra pró-Dilma Maria Thereza de Assis será a nova corregedora e assumirá a relatoria de ao menos uma das ações contra a suposta presidente, embora a estratégia petista seja a de juntar todas elas em suas mãos.
“Qualquer ministro do Tribunal Superior Eleitoral está apto a conduzir. Não muda em nada”, amenizou Noronha.
A FAVOR DO PT
Essa foi a parte protocolar do seu discurso, que também incluiu críticas ao governo do PT. Mas a gente sabe que não pode confiar em Luciana Lóssio nem em Maria Thereza. Lóssio já tomou decisões contrárias à cassação dos prefeitos Paulo Alfredo Polis e Almir Fernandes, ambos do PT, e do vice-prefeito, Reginaldo Mendes Leite, também do PT, além de ter rejeitado liminarmente, sem entrar no mérito da questão, o pedido de dois advogados para suspender a participação de Dilma nas eleições, como mostrei aqui um ano atrás.
Thereza, muito querida pelo Planalto, é a ministra que arquivou outra ação da oposição contra Dilma.
O Brasil, de fato, depende do TCU, porque, no TSE, elas furam a bola se for necessário.
(artigo enviado pelo comentarista Mário Assis)
01 de outubro de 2015
Felipe Moura Brasil
Veja
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