Em junho no ano passado, Dilma deu 10% de aumento para a Bolsa Família. A linha de corte passou de R$ 70 per capita para R$ 77. Multiplicando-se pelo número de pessoas de uma família e pelos vários tipos de benefícios embutidos no programa social, foi um poderoso instrumento para a eleição da atual presidente. Talvez o mais poderoso.
Segundo o ministério do Desenvolvimento Social, o parâmetro adotado para a linha de extrema pobreza no Brasil no lançamento do Plano Brasil Sem Miséria, em junho de 2011, é o mesmo que a Organização das Nações Unidas usa para os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio: US$ 1,25 ao dia, por pessoa. O valor foi atualizado pela paridade do poder de compra.
Em junho passado, a cotação do dólar era de R$ 2,19. A R$ 77 o benefício, o beneficiário recebia U$ 1,19 por dia. Um ganho levemente abaixo da linha de extrema pobreza da ONU. Mesmo assim, um argumento espetacular de campanha que funcionou e reelegeu Dilma Rousseff. Nada foi mais forte do que 10% de aumento da Bolsa Família na abertura da corrida eleitoral.
E hoje, como está?
Com o dólar a R$ 3,80 e o benefício da Bolsa Família congelado em R$ 77,00, o valor caiu para U$ 20,3 mensais. Por dia, U$ 0,67, praticamente a metade do mínimo recomendado pela ONU.
Anotem! Hoje o beneficiário da Bolsa Família está recebendo U$ 0,67 por dia, 53% do mínimo recomendado pela ONU.
O mais importante é que, em dólar, parâmetro mundial para medir a pobreza, usado pelo governo Dilma, o benefíciário do Bolsa Família perdeu a metade do seu poder aquisitivo. Não é à toa que a popularidade da presidente desabou junto aos mais pobres. O dólar também afeta a vida dos miseráveis.
13 de setembro de 2015
in coroneLeaks
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