"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

PF APREENDEU COM IRMÃO DE DIRCEU "CADERNO DE PAGAMENTOS DO ESQUEMA

IRMÃO DO EX-MINISTRO TINHA ANOTAÇÕES DAS PROPINAS DO ESQUEMA


LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA E SILVA, O IRMÃO DE JOSÉ DIRCEU: O CADERNO FOI APREENDIDO NA CASA DELE. (FOTO: JÚNIOR PINHEIRO/ESTADÃO CONTEÚDO)


A Polícia Federal apreendeu na casa do irmão de José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil do Governo Lula, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, um caderno com indicações de pagamentos vinculados a obras da Petrobras e empreiteiras cartelizadas. Os federais também encontraram uma planilha de controle de valores provenientes da empreiteira Engevix, além de notas fiscais emitidas pela JD Assessoria e Consultoria - empresa de Dirceu.

Os documentos embasam pedido de prisão preventiva de Luiz Eduardo, alvo da Operação Pixuleco, 17º capítulo da Operação Lava Jato, feito pela Procuradoria da República nesta quarta-feira, 12. O irmão do ex-ministro foi preso no dia 3 de agosto em regime temporário. Na sexta-feira, 7, o juiz federal Sérgio Moro prorrogou por mais cinco dias a custódia temporária de Luiz Eduardo.

Ao requerer a preventiva do irmão do ex-ministro, o Ministério Público Federal destacou trechos do caderno que citam a UTC Engenharia. A empreiteira é apontada como líder do cartel da Petrobras. Seu presidente, Ricardo Pessoa, fez delação premiada e confessou os crimes de corrupção na estatal petrolífera.

A força-tarefa da Lava Jato assinala que a JD Assessoria firmou contrato de prestação de serviços 'com indícios de simulação com a UTC, além de ter recebido cerca de R$ 2,8 milhões da empreiteira'.

Ainda segundo a Procuradoria, as contas da JD Assessoria receberam créditos da UTC, até 22 de outubro de 2014), 'em época bem posterior à deflagração da Operação Lava Jato'.

"Há elementos de prova no sentido de que os recebimentos em favor de JD Assessoria tenham sido provenientes das construtoras cartelizadas e tinham origem em propina decorrente de contratos da Petrobras. Também, há fundadas razões de que Luiz Eduardo não só tinha conhecimento dessas movimentações como executava atos em relação a tais valores. Há anotações em caderno apreendido com ele pelas quais se infere que Luiz Eduardo tinha controle sobre tais montantes vinculados a essas empreiteiras cartelizadas, inclusive da própria UTC", .

Segundo o Ministério Público Federal, a JD Assessoria recebeu da Engevix cerca de R$ 1,1 milhão, 'com base em contratos com indícios de serem ideologicamente falsos'.

Para a defesa de Luiz Eduardo, "a manifestação do Ministério Público Federal revela uma verdadeira confusão entre questões de mérito, que ainda devem ser apuradas, com requisitos de cautelaridade para uma prisão preventiva".



13 de agosto de 2015
diário do poder

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